No campo do marketing, IA tem impacto enquanto nos perguntamos se os algoritmos podem substituir a criatividade humana ou se acabaremos seguindo as mesmas estratégias propostas pelo ChatGPT, Bard ou demais ferramentas, com empresas buscando modos de se proteger ao adotar essa tecnologia. Essas ferramentas fornecem meio de facilitar decisões em dados ao coletar e analisá-los rapidamente, com IA tomando decisões táticas ágeis que exigiriam tempo e esforço dos humanos, no entanto, à medida que os algoritmos tomam decisões surgem questões éticas a serem consideradas, pois afetam estratégia de marketing e, em última análise, negócios. Com o aumento do uso da IA, grandes quantidades de dados estão sendo coletadas e analisadas e as marcas devem garantir que têm o devido consentimento dos usuários com segurança e confidencialidade dos dados coletados, devendo ser transparentes sobre como são usados e oferecer opções para controlar privacidade. Os dados usados para treinar algoritmos quando tendenciosos ou refletirem vieses existentes, correm o risco que decisões algorítmicas perpetuem e amplifiquem discriminação e as marcas precisam ciência desse problema e trabalhar garantindo que seus algoritmos sejam justos e imparciais.
Neste clima, a IBM firma compromisso com IA focada em negócios sobre arquitetura distribuída no evento Think Madrid. Destaca-se no compromisso com computação quântica, disciplina, com roteiro marcado que culminará em 2033 com um supercomputador de 100 mil qubits, além das principais posições em nuvem . No Think, evento com parceiros e clientes na Caja Mágica de Madri, a IBM aproveitou os avanços nas três disciplinas, com o protagonista, a IA , com a empresa defendendo foco voltado à soluções mais à empresas que ao público em geral. Destaque de como as empresas podem gerar seus próprios modelos básicos de IA com base no Watsonx, plataforma de IA e dessa tecnologia fundamental, destacando versatilidade para operar em todos os tipos de linguagens, dados, código ou química com 2 exemplos de áreas com o Watsonx ajudando as organizações, ou, a NASA com modelos geoespaciais para medir o impacto do clima e a Moderna com modelos genéticos. A IBM demonstra compromisso com tecnologia aberta e nuvem híbrida, já que "é a arquitetura definitiva de como todo o edifício da IA e computação quântica será construído", sendo esse o desafio ou “uma arquitetura que funcione em ambientes diversos”. O marco do evento foi inaugurar a cloud region em Madri com infraestrutura composta por 3 centros de dados que operam de modo coordenado em Alcobendas, Las Rozas e Madrid visando atrair clientes e o carro-chefe deste patamar tem sido o Caixa Bank que anunciou investimento neste projeto em 2021 e que seria o seu primeiro cliente. Esta infraestrutura garante cumprimento dos regulamentos europeus “é o primeiro passo ao que chamamos de “nuvem soberana”, buscando não usar dados para treinar algoritmos sendo enviados a uma Administração se houver decisão de um tribunal europeu". Outro elemento que se destaca para convencer clientes do sul da Europa sobre as vantagens dessa região de nuvens é a velocidade e "mesmo se viajar na velocidade da luz, haverá latência e, a cada 100 km, 0,3 milissegundos de latência são adicionados e, para alguns aplicativos, 0,3 milissegundos é a chave."
Moral da Nota: para garantir que o advento da IA não entre em conflito com valores e os 450 milhões de cidadãos da UE, a Comissão Europeia, mais da metade dos Estados-Membros e 128 parceiros alocaram 220 milhões de euros para estabelecer 4 centros de testes e instalações experimentais, chamados TEFs. Atuarão como filtros e salvaguardas entre provedores de tecnologia e a sociedade garantindo que a UE continue sendo o lugar onde a excelência em IA prospera, do laboratório ao mercado, de modo confiável à todos os cidadãos. As instalações de teste físicas e virtuais foram lançadas em 27 de junho de 2023 abreviadas no evento de lançamento como xTEF em Copenhaguem, Dinamarca. O TEF para Cidades e Comunidades Inteligentes é colaboração entre 33 parceiros em 11 países, liderada pela Universidade Técnica da Dinamarca, DTU, em colaboração com Confederação da Indústria Dinamarquesa, DI, e TEF DK, organização industrial sem fins lucrativos de provedores de TEF. Os TEFs são instalações permanentes na UE onde tecnologias digitais complexas são testadas em ambientes do mundo real, fisicamente e por meio de simulação, de robôs e IA a protocolos de rede, processamento e gerenciamento de dados. O modo mais fácil de entender o que os TEFs fazem é vê-los como espécie de filtro de segurança entre tecnologias digitais emergentes como IA, robótica, quantum e etc. e os cidadãos europeus e além. Esse filtro, os 4 TEFs iniciais, testa tecnologias em ambientes da vida real e nos chamados "laboratórios vivos" antes de atingirem infraestrutura, sociedade, empresas e consumidores visando transformar tecnologia complexa em algo mais suave e mais pronto à sociedade e para o ser humano. Pode-se olhar aos TEFs como versão digital do sistema de teste de colisão Euro NCAP, Programa Europeu de Avaliação de Carros Novos, que testa segurança dos veículos, sendo que as 4 instalações de teste lidam com diferentes áreas como manufatura, saúde, agricultura e alimentação e cidades e comunidades. O AI-Matters TEF visa aumentar a resiliência e a flexibilidade do setor manufatureiro europeu, implantando desenvolvimentos em IA e robótica e sistemas inteligentes e autônomos para produção flexível. O TEF-Health desenvolve o setor de saúde, desde o aprendizado de máquina em imagens médicas a simulações cerebrais complexas e robôs para intervenção e reabilitação com dados de saúde confidenciais e produtos médicos em foco. O agrifoodTEF lida com o setor agrícola e produção de alimentos, desde testar trator robótico até usar IA para otimizar produção agrícola, sendp que as 4 instalações teste estarão abertas à negócios em janeiro de 2024, com alguns serviços começando já em julho de 2023.