Associações de criptomoedas suíças e de Dubai se unem em parceria blockchain tendo como objetivo conectar empresas e promover crescimento do setor. A Crypto Valley Association, sediada na Suíça, tornou-se parceira do Crypto Oasis de Dubai colaborando no desenvolvimento contínuo da indústria blockchain em ambos os países. A CVA, Crypto Valley Association, no autoproclamado "vale criptográfico" do cantão suíço de Zug, lidera a parceria com a contraparte em Dubai para conectar grupo de comunidades blockchain na Suíça e Oriente Médio, com ambas associações fundadas por Ralf Glabischnig que desempenhou papel no estabelecimento de Zug como centro à organizações blockchain e criptomoeda, sendo que a nova parceria deve estabelecer conexões e compartilhamento de informações entre empresas em ambos os países. O cofundador da Crypto Oasis lidera iniciativa da CVA em Dubai, com mais de 1.100 organizações sediadas nos EAU envolvidas no ecossistema e destaca esforços de Dubai para emular adoção e promoção de negócios, produtos e serviços blockchain de Zug em declaração do anúncio: A CVA realizou iniciativa semelhante criando um capítulo latino-americano que explora o setor de criptomoedas e blockchain na América do Sul e, de acordo com o anúncio, estendeu convite ao Dubai International Financial Centre para visitar Zug e identificar organizações blockchain que podem migrar aos EAU e reforçar o crescente ecossistema. O Dubai Crypto Oasis procura aumentar o número de empresas blockchain e criptomoeda no ecossistema para 1.500, em contraste, o ecossistema da CVA levou quase seis anos para ultrapassar a marca de 1.000, valendo lembrar que Dubai introduziu leis para melhorar proteção dos investidores e criar padrões de governança à negócios relacionados a criptomoedas operarem em sua jurisdição, com Binance e FTX recebendo licença para operar e estabelecer sedei.
Na ideia de disrupção, vale lembrar que há 14 anos era apresentada à lista de emails dos cypherpunks, programadores de tecnologias relacionadas à criptografia, o bitcoin, e, desde então, a data tomou conta do Halloween, ou, às 14h10 de 31 de outubro de 2008, Satoshi Nakamoto, escreveu que “esteve trabalhando em novo sistema de dinheiro eletrônico totalmente peer-to-peer, sem intermediários de confiança". Apresentou como características a prevenção do gasto duplo com rede peer-to-peer, sem banco central ou intermediário de confiança, cujos participantes podem ser anônimos e que as novas moedas são criadas por proof-of-work ao estilo Hashcash decorrente ao fato que a proof-of-work para geração de novas moedas empodera a rede para prevenir gasto duplo.” O artigo que pode ser lido no Nakamoto Institute, chamou atenção de criptógrafos e recebeu as primeiras críticas dando oportunidade a Satoshi ser responsivo sobre as dúvidas dos primeiros a conhecer o Bitcoin. O criador do Bitcoin se manteve anônimo não só na rede descentralizada que havia dado início, mas, na internet, e 3 anos depois de sumir, fóruns on-line deixou de dar o seu ponto de vista sobre o Bitcoin, sumiço, importante para provar que o protocolo era descentralizado e não dependia do criador para continuar operando de modo funcional e evoluindo tecnologicamente, sendo que outros desenvolvedores passaram a atualizar o software e os usuários mantiveram rodando até hoje. Além do Dia das Bruxas, no 31 de outubro em 1517, Lutero publicou “as 95 Teses”, documento que daria início a Reforma Protestante e contribuiria à separação entre igreja e Estado e, 4 anos depois, 3 de janeiro de 1521, Lutero foi excomungado pelo Papa Leão X, coincidentemente, Satoshi escolheu o 3 de janeiro de 2009 para minerar o bloco gênesis do Bitcoin, minerando a primeira criptomoeda descentralizada. O Bitcoin funciona independente de bancos centrais resistindo à censura, sobrevivendo tentativas de proibições governamentais, sendo esperado que promova a separação entre dinheiro e Estado. O white paper do Bitcoin já causou mudanças positivas e talvez irreversíveis no mercado financeiro, o bloco gênesis deu pontapé no funcionamento do Bitcoin já que circulava na lista de e-mails o documento “Peer-to-Peer Electronic Cash System” e, após 14 anos, essa mesma ideia é um ativo de mais de US$ 400 bilhões em valor de mercado. Narrativas sobre Bitcoin mudaram com o passar dos anos, apresentado à comunidade de tecnologia e ideais libertários como ‘dinheiro de computador’ chamou atenção do mainstream em menos de 10 anos após sua primeira menção na internet. Dos menos de 100 endereços ativos vistos no início de 2010, o Bitcoin ultrapassou 1,3 milhão nesta métrica em abril de 2021, do preço onde eram necessários 10 mil BTC para comprar 2 pizzas, atingiu a primeira máxima histórica de US$ 20 mil e chegou a US$ 69 mil menos de 4 anos depois. O mercado Bitcoin passou figurar em derivativos de 2 das maiores corretoras tradicionais do mundo e em fundos de investimento negociados na bolsa, ETFs, com portais de notícia, que nem se lembravam da sua existência passando publicar sobre o ecossistema que o Bitcoin floresceu. O Bitcoin foi barrado, mais de uma vez, nas maiores economias do mundo, declarado morto 464 vezes, muitas vezes classificado como ferramenta para lavar dinheiro ainda que dados apontassem o contrário, mais que isso, levou esperança como doação em momentos difíceis, apresentou serviços financeiros a pessoas desbancarizadas e, de apenas alguns investidores se tornou ativo de algumas empresas, agora, é aceito como moeda de curso legal em um país, por enquanto, talvez.
Moral da Nota: o apresentador do canal BitNada e cofundador do Cripto Select, avalia que a liberdade do Bitcoin ultrapassa a esfera financeira e tem a ver com governança explicando que trata-se do “único sistema não vertical de governança na história. Não dependemos de um banco central ou país para termos uma economia funcionando, isso é disruptivo, estamos vivendo esse momento!”, enquanto outro cofundador do Cripto Select e fundador do canal do YouTube, esclarece que começou como forma de reduzir o poder que os bancos tem de imprimir dinheiro, agora, “grande revolução que está só no começo” concluindo que “após 14 anos estudando o Bitcoin, é possível, ficar surpreso com a tecnologia. Principalmente se considerarmos que, desde o bloco gênese, o Bitcoin funciona sem grandes alterações”. O analista do MB Research comenta até mesmo os impactos que o Bitcoin teve no mundo, abrindo caminho à implementação de novas tecnologias, como o Ethereum e os contratos inteligentes, avalia que “blockchain, por não ter intermediários, é poderosa, e as pessoas foram descobrindo isso aos poucos” e “a publicação do white paper é uma data feliz ao mundo cripto”, considerando que em apenas 14 anos, o Bitcoin tornou-se sinônimo de inovação e liberdade no sistema financeiro.