quinta-feira, 13 de julho de 2023

América Latina

Impulsionado pelo consumo e recuperação do mercado de trabalho, a América Latina e o Caribe cresceram 3,6% em 2022, no entanto, a atividade econômica enfraqueceu no fim do ano pela desaceleração do crescimento global e restrições financeiras. Perspectivas econômicas à 2023 incluíram aumento das taxas de juros pelo FED, reativação econômica da China e redução de importações, segundo o banco Mundial, fatores que afetam o crescimento econômico estimado em 1,3% para 2023. O relatório do Banco Mundial indicou que em  2023,  “o Brasil cresceria 0,8%, sendo que juros altos freiam investimentos e crescimento das exportações ao passo que o México cresceria 0,9%, decorrente condições monetárias apertadas, inflação persistente e queda nas exportações reduzindo atividade econômica.  O PIB argentino foi estimado pelo Banco Mundial em  2% em 2023, decorrente inflação que prejudica atividade econômica, a Colômbia  1,3% em 2023 e o Chile se contrairá ao longo do ano, já que  a redução da renda real corrói o consumo à medida que a desaceleração da economia reduz exportações e entrada de remessas. O relatório termina afirmando que  “de forma geral, projeções indicam estagnação dos padrões de vida na primeira metade da década de 2020, com PIB per capita crescendo 0,6% em média ao ano entre 2020 e 2024,  dificultando combate a problemas sociais e agravando obstáculos que impedem desenvolvimento sustentado na América Latina e  Caribe”.                               

No Brasil,  emergiu com  82% o uso de cartões de crédito visto em estudo da Rapyd que analisa e compara formas de pagamento preferidas e adoção da tecnologia fintech em 7 países da AL.  O comércio transfronteiriço regional é oportunidade acessível à empresas locais na AL decorrente peculiaridades, com o estudo realizado pela Rapyd mostrando que o Brasil, por exemplo, lidera o ranking no uso de cartões de crédito ​​tendo utilizado tal forma de pagamento com destaque ao Pix como meio de pagamento preferencial, ao passo que revela que pagamentos digitais,  criptomoeda e cartões de crédito/débito que suportam criptomoeda, mostraram crescimento e dominam o setor de pagamentos. Cartão de débito bancário é produto financeiro de maior penetração na AL; com 70% confirmando ter um, sendo que os maiores usuários são chilenos com 86% de propriedade do produto, seguidos por argentinos com 78% e mexicanos com 71%, enquanto 67% dos brasileiros afirmam  preferir como meio de pagamento. Decorrente ao fato que grande parte da população é desbancarizada, o Brasil aparece com 69% da população com conta corrente ou poupança, sendo que países com maior índice de acesso a banco são Argentina e Colômbia com 70%, México em último lugar dos 7 países pesquisados ​​com 47% afirmando ter conta poupança. A Argentina é líder em investimento cripto entre os 6 mercados pesquisados,  revelando-se o país que mais confia neste ramo, com 41% dos inquiridos afirmando que investem em criptomoedas através de aplicação, devido à situação econômica do país e, no Brasil, esse número é de 26%. O Diretor de Marketing da Rapyd afirmou que “na região, o Brasil destaca o Pix como meio de pagamento preferido e o mais utilizado, tecnologia inovadora, simples e acessível”, além do fato que 60% ​​se consideram "exploradores" em tecnologias de pagamento estando abertos a explorar e adotar tecnologias inovadoras.  No Brasil, 74% dos entrevistados disseram ter hábito de usar aplicativos bancários, atrás dos chilenos, com 79% e eWallets aparecem em destaque, com Argentina e Brasil mais utilizadas, 73%, seguidos pelo Chile, 67%, Peru, 62%, e México, 54%, ao passo que  colombianos usam menos esses aplicativos, 48%. Por fim, a segurança de dados continua  prioridade do consumidor digital ao considerar provedor de pagamento com segurança dos dados, 76%,  em segundo está “receber o pagamento no mesmo dia” e “receber notificação do status do pagamento”,  com 61% das menções.

Moral da Nota: inaugurada a primeira estação refuncionalizada na localidade de Volcán, ao norte de Jujuy, Argentina, cujas formações são equipadas com baterias de lítio recarregadas em usinas solares a serem construídas em pontos ao longo do percurso. Um trem turístico recarregável movido a energia solar começa operar a partir de outubro de 2023 no norte de Jujuy,  com baterias de lítio, ligando a cidade de Volcán à Quebrada de Humahuaca, pretendendo tornar-se produto turístico marcantes do norte argentino. As obras da primeira estação ferroviária de Jujeno foram inauguradas na cidade de Volcán, onde a formação ferroviária começa operar com percurso de 46 kms por 6 municípios incluindo Volcán, Tumbaya, Purmamarca, Maimará , Tilcara e Humahuaca. O governador de Jujuy, Gerardo Morales, ao liderar a inauguração das novas instalações explicou que  "a estação é de onde partirá o trem turístico, esperando terminar as outras em breve", disse ainda que "tem que estar funcionando em outubro" e confirmou compra de "dois trens elétricos a bateria de lítio" que chegam ao país em junho e serão transferidos à província para realização de  testes em setembro. Comentou que "é modelo desenhado para Jujuy, de bitola estreita", aludindo aos 2 pares adquiridos, fabricados na China e equipados a baterias de lítio, recarregadas em usinas solares construídas em pontos ao longo do rota, enquanto a estação inaugurada em Volcán conta com plataforma à permanência de pessoas, além de barracas para feiras,  bar e banheiros, acrescentando a recuperação e transformação em museu da antiga estação da vila.