domingo, 25 de junho de 2023

Paquistão

A estrutura política mostra disposição no Paquistão de integrar IA para melhoria pública e nacional, estabelecendo 15 metas com prazos de 2023 a 2028, pretendendo produzir um milhão de graduados em TI treinados em IA até 2027. Depois de anunciar que criptomoedas "nunca serão legalizadas" no país, o Ministério de TI e Telecomunicações do Paquistão elaborou política para impulsionar crescimento da  IA, com o presidente pedindo mais treinamento na tecnologia Blockchain. A política nacional de IA evoluirá no Paquistão à economia baseada no conhecimento, aprimorando o capital humano em IA e tecnologias relacionadas, entre outros investimentos e iniciativas. Acredita em abordagem inclusiva à formulação de políticas eficazes, atualizado no interesse dos cidadãos criando  Fundo Nacional de IA com "recursos subutilizados" do Ministério de TI e Telecomunicações. Casos de uso previstos para IA no Paquistão incluem previsão do tempo, otimização da cadeia de suprimentos agrícola e transformação da saúde, com abordagem integrativa à formulação de políticas IA, pois o governo está aberto à contribuições públicas em geral. Em painel de especialistas, o presidente do País disse que o pool de talentos do Paquistão deve estar pronto para atender necessidades da 4ª Revolução Industrial, que inclui  utilização Blockchain nos setores público e privado e, segundo o presidente, a tecnologia pode ser usada como ferramenta à rastrear transações, além de diminuir corrupção e aumentar transparência. Relatório publicado pela Chainalysis mostrou que o Paquistão tinha a 3ª maior taxa de adoção de criptomoedas em 2021, atrás do Vietnã e Índia, com transferências de mais de US$ 10 milhões ao país respondendo por 28% das transações, sendo que o banco central avisou em 2021 que estava estudando implementação de  moeda digital emitida pelo banco central.

No Brasil, o Banco Central avisou em workshop organizado na sede do banco em Brasília que o futuro do sistema financeiro nacional será com Real Digital, blockchain, DeFi e Tokens. O evento, intitulado  'Tokenização das finanças: dos criptoativos às moedas digitais de bancos centrais’, realizado em parceria com a Fenasbac  focou em tópicos como moedas digitais de bancos centrais, dinheiro programável, ecossistemas de pagamentos instantâneos, etc. Os temas mais evidentes foram moedas digitais de bancos centrais; dinheiro programável; ecossistemas de pagamentos instantâneos; operações transfronteiriças; regulação financeira da economia digital, impactos sociais decorrentes, soluções tecnológicas voltadas à inovação das finanças com foco do debate em inclusão e educação financeira. Houve certa unanimidade de entendimento na robustez do processo de inovação no SFN, Sistema Financeiro Nacional, e o papel de protagonista desempenhado pelo BC na promoção de ambiente inovador, destacou implementação do Pix pelo BC, Open Finance e Real Digital. Trata-se de esforço crítico necessário para que atores de cada uma das áreas, tecnologia da informação, direito e economia, entendam particularidades da perspectiva de outras áreas, processo complicado. O diretor de Regulação do BC enfatizou que o objetivo é sistema financeiro eficiente e inclusivo prevendo "tokenização" completa de ativos financeiros e contratos no futuro. Sobre o Real Digital, Central Bank Digital Currency, CBDC, afirmou que o projeto tem fases bem definidas até a implementação prevista para fins de 2024, alinhada com o coordenador da Iniciativa do Real Digital,  consultor do Deban, Departamento de Operações Bancárias e Sistema de Pagamentos.

Moral da Nota: no estudo chamado The Future of Payments, a Mastercard identifica 9 tendências que acredita definir o futuro dos pagamentos em três áreas específicas que definirão o modo como compramos, vendemos e interagimos daqui até fins da década.  No relatório como moldará a "Próxima Economia" reimagina dinheiro, como seu uso é redefinido a partir da irrupção de ativos não tradicionais; experiências inteligentes que aborda interseção dos mundos físico e virtual e futuros sustentáveis onde fica evidente como o consumo com propósito afeta o design dos produtos e valor da empresa. As tendências enumeradas pela Mastercard dentro de cada área são Web 3 ameaçada por Web 2.5 e regulamentos, adverte executivo reimaginando o dinheiro, Tokenização, de acordo com estudo publicado a noção de dinheiro continua evoluir para incluir ativos tokenizáveis, incluindo pontos, fidelidade, dados, direitos e novas moedas, portanto, estender a tecnologia à ativos reais transformará nos próximos 5 anos ideia de valor e que usamos à pagar. Seguem segundo a Mastercard, pagamentos programáveis, IA, contratos inteligentes, APIs e soluções para simplificar pagamentos comerciais e,  conforme explicaram, novas formas de programar e fluxos de pagamentos injetarão eficiência resultando em redução de custos operacionais. A Mastercard avalia que carteiras onipresentes são a próxima geração de carteiras digitais nos permitindo gerenciar identidade e finanças, incluindo valores Tokenizados, apontando que a “super carteira” do futuro se tornará o centro de comando do dia a dia, permitindo acessar serviços e pagamentos em qualquer canal, alertando que IA sobre-humana chegará em uma década. Enumera finanças conectadas destacando como as vendas omnichannel transformaram a forma como compramos, onde novas tecnologias ampliam modos de pagamento em lojas, estádios, estações, metaverso, etc, com capacidade instantânea de acessar serviços financeiros em escala permitindo consumidores fazerem transações bancárias e pagarem de qualquer lugar por meio de qualquer canal. A Mastercard indica que é fato a interoperabilidade de pagamentos transfronteiriços, esperando que opções de aceitação aumentem mais nos próximos 2 anos, beneficiando lojistas e clientes em velocidade e conveniência, impactando inclusão financeira, permitindo que mais pessoas resolvam questões práticas como transporte público ou acesso para shows e estádios. O Crédito inclusivo, segundo a empresa, aos não-bancarizados no curto prazo, será acelerado por meio de bancos, fintechs e players digitais, impulsionando crescimento econômico global, com o consumidor privilegiando empresas alinhadas a princípios éticos, sociais e ambientais que atendem critérios ESG ou Emissões Zero. Por fim, decorrente o aumento de fraudes e roubos de identidade, o estudo da Mastercard revela que a confiança será o principal fator de diferenciação entre empresas, fazendo com que conquistem o consumidor e retenham a maior parte dos fluxos de pagamento.