quarta-feira, 7 de junho de 2023

Namíbia

A Namíbia possui um dos piores desempenhos em termos de desigualdade social, colocando no momento suas fichas na produção de hidrogênio verde, vista na Conferência do Clima da ONU, com a Presidente da Comissão Europeia e o Presidente do país assinando acordo estratégico delineando cooperação nas áreas de geração de hidrogênio e recursos naturais,  mostrando que o projeto pretende ser entendido como um dos pilares do European Green Deal e como eixo central na transição energética do continente. A UE avalia que o hidrogênio verde pode se tornar motor ao desenvolvimento econômico dentro e fora da Namíbia, com o  presidente do país enxergando a tecnologia apoiada em investimentos estrangeiros que criarão empregos e garantirão prosperidade conjunta. Joint ventures multinacionais estão planejando usinas na costa da Namíbia, de onde, a partir de 2025, será embarcada amônia usada como portadora de energia ao hidrogênio verde tanto a nível de UE quanto em estados membros, com investimentos em infraestrutura de hidrogênio através do governo alemão contando com a tecnologia para atingir neutralidade climática até 2045.

Diante disso, a UE deve, além de seus próprios objetivos climáticos e de fortalecer a posição econômica, se concentrar em liberar potencial transformador da tecnologia de hidrogênio verde melhorando padrões de vida em países fornecedores potenciais, como a Namíbia, sendo crucial que questões sociais, ecológicas e econômicas sejam ponderadas e que o roteiro à implementação do acordo em 2023 e 2024 seja definido em conformidade.  A  UE e Namíbia devem estabelecer padrões concretos, definir medidas para alcançá-los e atribuir responsabilidade pela supervisão como condições ao investimento estatal do Team Europe, devendo garantir que a cooperação seja um sucesso para ambas as partes. A abordagem inicial com  anuncio de  empregos nos mercados da Namíbia e, quando necessário, treinamento para colocar candidatos locais em funções havendo  lacuna de habilidades entre qualificações de graduados namibianos e demandas do mercado de trabalho, portanto, um aumento na transferência de conhecimento e desenvolvimento nas áreas especializadas da cadeia de valor do hidrogênio verde representa importante passo na tentativa de longo prazo de melhorar qualificações do mercado de trabalho da Namíbia. Programa de bolsas para jovens estudantes namibianos que buscam educação técnica no setor de hidrogênio acordado entre Berlim e Windhoek, iniciativas, intensificadas, que podem liberar potencial transformador da tecnologia de hidrogênio verde à economia namibiana em sentido mais amplo, espalhando-se para outros setores estabelecendo tendência de longo prazo.

Moral da Nota: a Alemanha se associa a Portugal, Espanha e França no projeto do H2Med, gasoduto ibérico que  pretende ligar a Península Ibérica ao resto da Europa. O anúncio feito pelo presidente francês, acrescentando existir "uma vontade" de promover o hidrogênio verde a nível europeu enquanto o governo espanhol, em comunicado, anunciou o acordo para "a Alemanha se unir ao H2MED". Em outubro de 2022, Portugal e Espanha acordaram com a França a construção de novas ligações para transportar hidrogênio verde, entre Celorico da Beira e Zamora, CelZa, e Barcelona e Marselha, BarMar, num projeto batizado H2MED. Em agosto de 2022, o primeiro-ministro alemão defendeu a construção de 'pipeline' pan-europeu, de Portugal à Alemanha, reduzindo dependência do continente ao gás russo e diversificando fontes de energia. Na Índia,  o governo central aprovou a Missão Nacional de Hidrogênio Verde  dando ao Ministério das Energias Novas e Renováveis, MNRE,  a tarefa de formular diretrizes do esquema à implementação dos respectivos componentes. A capacidade de produção de hidrogênio verde da Índia atingirá pelo menos 5 MMT/ano, com a adição de capacidade de energia renovável associada de cerca de 125 GW,  metas até 2030 que renderão mais investimentos esperando que cerca de 50 MMT por ano de emissões de CO2 sejam evitadas até 2030. Na China, cientistas criam um novo eletrolisador que produz hidrogênio com água do mar sendo que os resultados da pesquisa foram publicados na revista Nature e o novo dispositivo demonstrou mais eficiência que os anteriores, bem como maior resistência à corrosão e reações secundárias. Nas negociações climáticas da COP28, o presidente pediu financiamento “disponível e acessível” às economias em desenvolvimento mais vulneráveis aos impactos destrutivos de um planeta em aquecimento. O presidente da COP 28,  chefe da empresa nacional de petróleo dos Emirados Árabes Unidos, disse que pediu aos ministros do clima e meio ambiente do G7 no Japão priorizar o apoio aos países mais pobres.