quarta-feira, 3 de maio de 2023

Implementação blockchain

Estima-se que  90% do comércio internacional seja mobilizado através do transporte marítimo constituindo variável de modificações, por exemplo, na África, os importadores dependem de frotas de bicicletas e motocicletas para transportar documentos do processo de abastecimento e, com a modernização, minimizaria esse tipo de terceirização e consequente redução de custos. A Espanha demonstra interesse na implementação de tecnologias  blockchain decorrente benefícios que oferece à problemas reais com a iniciativa espanhola Chaingo, associada a AECHAIN,  promovendo um sistema denominado ChainGO Freight,  software logístico cujas empresas de transporte e logística partilham e gerenciam documentação e informação ao transporte de mercadorias, modo mais ágil, rápido e seguro, garantindo rastreabilidade entre agentes em ambiente Blockchain, criando cadeia de suprimentos mais eficiente. As propostas blockchain da Chaingo permitem redução de custos associados a penalizações por atrasos e processos burocráticos na área logística, colocando em pé de igualdade com a rede promovida pela Maersk e IBM. A CargoSmart analisa oportunidades oferecidas pelo GSBN, gerando valor entre colaboradores, exemplo de PoCs como são conhecidos, a eTradeConnect, blockchain de financiamento comercial fornecido pela Autoridade Monetária de Hong Kong. O PoC demonstrou que o GSBN e suas tecnologias trazem benefícios reais à indústria,  demonstrando como a combinação de operadoras de terminais e operadoras GSBN fornecem perspectiva mais equilibrada, apresentando  ideias para transformar o setor,  além do modelo de negócios convencional centrado na operadora. Esta alternativa rivaliza com a rede TradeLens da IBM, que aglomera não só armadores, portos e terminais, mas se caracteriza pela capacidade de modernizar trâmites de logística e distribuição internacional.

Na ideia de implementação blockchain, Hong Kong quer tornar-se hub cripto, apesar da crise do setor, supervisionando o mercado de criptomoedas e liberando o potencial de tecnologias como a Web 3.0, com o governo comprometido no desenvolvimento da infraestrutura cripto apesar da crise do colapso da FTX. Em evento na Radio Television Hong Kong, RTHK, organizado pela incubadora estatal Cyberport, o Secretário Financeiro Paul Chan Mo-po avisa que Hong Kong tornou-se base que conecta empresas de ativos virtuais de alta qualidade. Disse que o governo de Hong Kong recebeu pedidos para estabelecer sede de empresas relacionadas a criptomoedas, já que expressaram interesse em expandir operações para lá ou listar ações nas bolsas de valores locais. Legisladores de Hong Kong aprovaram o estabelecimento de sistema de licenciamento para provedores de serviços de ativos virtuais, sendo que a nova estrutura regulatória foi projetada para trazer o mesmo grau de reconhecimento do mercado às exchanges de criptomoedas que atualmente é aplicado às instituições financeiras tradicionais. Observou que autoridades e reguladores de Hong Kong conduzem projetos-piloto para testar vantagens potenciais dos ativos virtuais e explorar aplicações relacionadas como a emissão de títulos verdes tokenizados pelo governo de Hong Kong para subscrição por investidores institucionais. Hong Kong lançou ainda fundos negociados em bolsa, ETFs, para futuros de criptomoedas, levantando mais de US$ 70 milhões antes da estreia, logo após o chefe da Comissão de Valores Mobiliários e Futuros anunciar que Hong Kong está disposta a distinguir abordagem regulatória da proibição de criptomoedas pela China em 2021.

Moral da Nota:  o governo de Hong Kong está cada vez mais comprometido com o desenvolvimento de infraestrutura de criptomoeda, diferenciando da proibição cripto da China  e, no final de março,  notícias online sugeriram que algumas empresas de criptomoedas em Hong Kong vem atraindo crescente interesse dos bancos estatais chineses. Apesar de grandes empresas do setor de logística como a Maersk encerrarem projetos blockchain, Bertrand Chen, CEO da GSBN, está confiante que a tecnologia ainda não pegou e sua adoção pode levar mais uma década e, segundo o executivo, blockchain tem potencial de ajudar a indústria se transformar em resposta a gatilhos de  abastecimento como o da pandemia. Sugeriu que a China está assumindo a liderança na logística blockchain porque está investindo, reconhecendo que muitas soluções locais blockchain até agora foram muito específicas da China.