A Agência de Proteção Ambiental dos EUA, EPA, está em processo de liberar propostas de padrões de emissões federais à veículos leves e, caso implementadas, restrições mais rígidas mudam na próxima década o mercado automotivo americano para veículos elétricos. Padrões de desempenho de gases efeito estufa se iniciariam com veículos leves de um ano modelo 2027 e aumentariam gradualmente até o ano modelo 2032, aí, as regras representariam 64-67% das vendas de carros novos em veículos elétricos dos EUA, especulando-se ir além da meta Biden de metade das vendas de veículos novos serem movidos a eletricidade até 2030. Um ano depois que reguladores do ambiente da Califórnia votaram pela proibição da venda de carros novos movidos a gasolina até 2035 e estabeleceram metas provisórias para que modelos fósseis fossem eliminados gradualmente, emerge a proposta da EPA delineando alcançar objetivos ambientais, sendo que a proposta final pode incluir opções mais brandas ou mistura de vários cenários. Neste ambiente o Wall Street Journal avalia que as regras são tão rígidas que a maioria das montadoras será incapaz de acompanhar o cronograma, com empresas refazendo linhas de montagem para produzir mais veículos elétricos, no entanto, precisam de tempo e suporte à transição e, segundo o jornal, "a mudança da indústria à veículos elétricos dependerá de fatores fora do seu controle como disponibilidade insuficiente de estações de recarga para veículos elétricos públicos e privados e potencial escassez de matérias-primas”.
O plano da Agência de Proteção Ambiental, o mais rígido sobre emissões automotivas, pode determinar com que rapidez e baixo custo os americanos comprarão veículos elétricos e aumentarão o que agora é pequena fração do mercado automotivo do país. Ambientalistas veem as regras de emissões como importantes ao cumprimento das metas climáticas dos EUA, tendo o setor de transporte como maior fonte de gases que aquecem o planeta e o modo mais rápido de lidar com as mudanças climáticas. A nova proposta estabeleceria requisitos de redução de emissões que as montadoras teriam que aumentar a participação dos veículos elétricos no mercado entre 54% e 60% até 2030 e, segundo o New York Times, com pico de vendas de VEs em 64% a 67% até o final desse período. Regras como essa levam tempo para concluir pós envolvimento de partes interessadas, como grupos ambientais, indústria automobilística, defensores do consumidor e empresas de energia, sendo que ambientalistas, instam o governo ir rápido garantindo avanços completos e legalmente sólidos. O "DERA", Diesel Emissions Reduction Act Program, criado sob a Energy Policy Act de 2005, deu à EPA concessão e autoridade de empréstimo para promover reduções de emissões à diesel e dotações autorizadas à Agência de até US$ 200 milhões/ano. A Lei de Política Energética estabelece que 70% da apropriação do DERA deve ser para concessões e descontos financiando projetos que usam tecnologias de redução de emissões à diesel verificadas ou certificadas pela EPA ou CARB, California Air Resources Board e, 30% da dotação do DERA, se destina aos estados e territórios para financiar programas e projetos de redução de emissões à diesel, distribuído na fórmula de participação geral. A Lei Americana de Recuperação e Reinvestimento de 2009, ARRA, forneceu US$ 300 milhões à programas de implementação da tecnologias de redução de emissões de diesel verificadas e certificadas. A Lei de Redução de Emissões de Diesel de 2010 autorizou subsídios do DERA a entidades elegíveis para projetos que reduzem emissões de motores à diesel, autorizando até US$ 100 milhões/ano à mecanismos de financiamento, incluindo descontos.
Moral da Nota: emissões à diesel impactam saúde humana, ambiente, clima global e justiça ambiental, sendo que a exposição ao escapamento de diesel leva a asma e doenças respiratórias, piora doenças cardíacas e pulmonares em crianças e idosos, aumentando atendimentos de emergência, ausências do trabalho, escola, internações hospitalares e mortes prematuras. No Ambiente, emissões à diesel contribuem à produção de ozônio no solo danificando plantações, árvores e vegetações, produz chuva ácida que afeta o solo, lagos e riachos entrando na cadeia alimentar humana. A EPA fornece o mesmo grau de proteção contra riscos ambientais, de saúde e acesso, igual tomada de decisões para manter ambiente saudável, buscando segundo a EPA, reforçar compromisso de reduzir danos à saúde e ambiente causados pelas emissões de diesel nas comunidades do país.