Protagonista do projeto Musselblock, o Mexilhão da Galícia, é rastreado visando segurança alimentar na cadeia de valor do mexilhão certificado. O Musselblock é coordenado pelo Cluster Alimentar Galego, Clusaga, e, além do DOP, participam entidades parceiras Perfect Numbers, Triple Alfa, Elige Data e a colaboração do associado Tastelab. Iniciativa financiada pelo Ministério da Indústria, Comércio e Turismo através do concurso 2022B do programa de apoio aos AEIs, Grupos Empresariais Inovadores. O foco do projeto é desenvolver sistema seguro e confiável na cadeia de valor do mexilhão certificado garantindo veracidade e inalterabilidade da informação associada à rastreabilidade e segurança alimentar, incluindo automatização de dados coletados através de sensorização, IoT, e aplicação de técnicas artificiais de inteligência à modelos de análise preditiva. Significa avanço na melhoria nos processos através dos procedimentos documentais e de integração da cadeia de valor em solução digital blockchain, melhorando eficiência, competitividade e rentabilidade de valor do mexilhão certificado com modelo de análise preditiva, oferecendo estimativas de volumes e rendimentos futuros além de permitir antecipar colheitas, decisões de compra ou planejamento de produção.
Nesta ideia, a EPA, Agência de Proteção Ambiental dos EUA propõe o primeiro padrão nacional de água potável à 6 produtos químicos causadores de câncer conhecidos como substâncias polifluoralquil, PFAS, proposta que é marco na estratégia da EPA para combater "produtos químicos eternos" produzidos pelo homem, encontrados na água, no ar e alimentos, que causam dezenas de milhares de doenças no país. Sob o novo padrão, a agência exige que sistemas públicos de água monitorem 6 produtos químicos PFAS, informando ao público se os níveis de PFAS excedem padrões no abastecimento de água potável para reduzir os níveis de PFAS. As empresas químicas vendem PFAS para uso em produtos que variam de papel a panelas, tornando-os resistentes a manchas, repelentes à água e à prova de gordura sendo usados em processos industriais e descartados em cursos d'água. O governo dos EUA destinou US$ 10 bilhões às comunidades reduzirem PFAS e outros contaminantes através da Lei de Infraestrutura Bipartidária, sendo esta a primeira vez desde 1996 que os padrões de água potável foram propostos para um novo produto químico sob a Lei da Água Potável Segura. Do outro lado do Atlântico, a EEA, Agência Europeia do Ambiente, exortou reduzir uso de pesticidas lamentando que continuem sendo vendidos na UE apesar de contaminarem o ambiente e favorecerem desenvolvimento de doenças. Estudo realizado na Espanha, Letônia, Hungria, República Checa e Holanda, entre 2014 e 2021, revelou detecção de pelo menos 2 pesticidas no organismo de 84% dos participantes e, em 2020, um ou mais pesticidas ultrapassou limites de preocupação em 22% dos locais de monitoramento localizados em rios e lagos. O inseticida imidaclopride e o herbicida metolachlor são os que mais ultrapassaram limites em números absolutos na Europa, principalmente no nordeste da Espanha e norte da Itália e águas subterrâneas o herbicida atrazina foi o que mais ultrapassou o limite, apesar de proibido desde 2007. O relatório da EEA adverte que humanos expostos a pesticidas químicos, via alimentos ou pelo ar, em regiões com agricultura intensiva, têm maior probabilidade de desenvolver doenças cardíacas, respiratórias, neurológicas e cânceres. Menciona, entre outras coisas, o declínio das populações de insetos, que por sua vez ameaça seu papel fundamental na produção de alimentos, sendo que estudo alemão citado no relatório descobriu que pesticidas foram responsáveis pela queda de 76% no número de insetos voadores em áreas protegidas nos últimos 27 anos. A agência europeia exorta aos 27 reduzirem dependência de agrotóxicos e recomenda adoção de modelos agrícolas alternativos como a agroecologia.
Moral da Nota: relatório mostra que 60% das cidades indianas pesquisadas tinham poluição quase 7 vezes superior aos padrões da OMS. Divulgado pela IQAir, empresa suíça de tecnologia de qualidade do ar, que coletou dados de mais de 30 mil estações de monitoramento da qualidade do ar em 7.323 locais em 131 países, sendo que 5 países mais poluídos em 2022 incluem Chade, Iraque, Paquistão, Bahrein e Bangladesh. A qualidade do ar na Índia é pior que os padrões estabelecidos pela OMS com o 5º Relatório Anual da Qualidade do Ar Mundial, revela que embora Nova Deli seja a 2ª capital mais poluída do mundo não é a cidade mais poluída da Índia, sendo a cidade de Biwadi no Rajastão a mais poluída em 2022. A cidade possui nível anual de Matéria Particulada 2,5, PM 2,5, de 92,7, e quase 60% das cidades da Índia pesquisadas para o relatório tinham poluição 7 vezes superior aos padrões da OMS. A Índia em 2022 se comprometeu redefinir metas do Programa Nacional de Ar Limpo visando reduzir concentrações de material particulado em 40% até 2026, no entanto, o relatório destaca decisões políticas incluindo relaxamento de regulamentos ambientais para minas de carvão permitindo aumento na produção de material particulado. O relatório enfatiza que, embora o número de países e regiões com monitoramento da qualidade do ar tenha aumentado constantemente nos últimos 5 anos, ainda existem lacunas na instrumentação regulatória operada pelo governo em muitas partes do mundo.