domingo, 2 de abril de 2023

Energia e clima

O continente africano é promissor à energia renovável incluindo solar, eólica e hídrica, no entanto, partes do continente não têm acesso à eletricidade  conforme relatório do Fórum Econômico Mundial de 2018, sendo que a  blockchain pode corrigir problemas de energia considerando que apenas algumas nações na África asseguram 12 horas ininterruptas de eletricidade. A Nigéria com população de quase 200 milhões de pessoas, tem déficit de eletricidade de 173 mil MW, enquanto toda a nação precisa de pelo menos 180 mil MW sendo que a escassez de energia tornou o país depósito de geradores de energia barulhentos e poluentes de todos os tipos. O WEF relata que além da Nigéria países da África Subsaariana enfrentam escassez de eletricidade ainda mais grave com apenas 18% da população rural de Ruanda, onde vivem mais de 70% dos cidadãos do país, tem acesso à eletricidade. Residências e edifícios rurais de Ruanda não conectados à rede elétrica estatal ou moradores urbanos conectados à rede não têm promessa de fornecimento de eletricidade 24 horas por dia, 7 dias por semana apesar do governo dizer que planeja alcançar a eletrificação completa até 2024. Startups com visão de futuro criam soluções de eletricidade blockchain e energia verde com o BTCManager informando que a WALA,  fintech sul-africana, fez parceria com o governo de Uganda para desenvolver economia de energia limpa em escala de gigawatt em blockchain para melhorar o fornecimento de energia do país.

O Zimbabwe luta contra efeitos das alterações climáticas trabalhando com  agricultores de modo aumentar a produção através da expansão do acesso à mecanização e irrigação, por vezes, via parcerias público-privadas. A gama de programas do governo garante que agricultores obtenham rendimentos produzindo alimentos ao país e suas famílias,  com programas incluindo Esquema de Apoio Presidencial à Prova do Clima,  Esquema Nacional de Produtividade Agrícola Aprimorada e construção de barragens, sendo Marowanyati a mais recente, como forma de aumentar a produção agrícola. Apresentação na Universidade de Defesa Nacional do Zimbábue sobre inovações climáticas para melhorar a produção agrícola em busca da Visão 2030, Terras, Agricultura, Pesca, Água e Desenvolvimento Rural, o vice-ministro disse que o governo intensifica planos para contra balançar efeitos das mudanças climáticas através da aquisição de equipamentos à irrigação. Duas startups do Zimbábue, Flexid e Uhuru Wallet, lançaram plataforma que oferece identidade digital e serviços de remessa à migrantes que vivem e trabalham na África do Sul descrevendo como a “primeira colaboração entre as duas empresas”. A Flex ID e a Uhuru Wallet, plataforma de remessa Whatsapp baseada na África do Sul, disseram que a plataforma oferece “serviços combinados de identidade digital e remessa à imigrantes do Zimbábue na África do Sul”, no comunicado, o Flex ID, utiliza a blockchain Algorand, enquanto a Uhuru Wallet é baseada na blockchain Stellar. Desafios que esperam superar através da nova parceria incluem "oferecer experiência de remessa segura e contínua" para imigrantes por meio desse acordo de trabalho, administrar ou superar o problema das altas taxas de remessa, acesso limitado a serviços financeiros formais e problemas de verificação de identidade. Embora a África do Sul esteja entre os maiores remetentes de remessas na África subsaariana, custa entre 5% e 20% enviar dinheiro ao Zimbábue usando agências de transferência de dinheiro registradas, por sua vez, força migrantes do Zimbábue usar alternativas como mensageiros ou plataformas de remessa não registradas. O surgimento de solução em blockchain expande opções à imigrantes do Zimbábue e ajuda reduzir o custo médio das remessas.

Moral da Nota: o CEO da Flex ID diz que “alavancar blockchain, fornece modo seguro e eficiente aos usuários verificarem identidade e acessar serviços financeiros, não importa onde estejam”. O vice Ministro do Zimbábue explica que "a mudança climática veio para ficar e não podemos fugir dela. Enfrentando chuvas erráticas e até mesmo mudança nas próprias estações e´às vezes com chuvas inesperadas. Esses são alguns dos efeitos" e continua,  "outra parte da importância do desenvolvimento da irrigação é que nossos agricultores devem ter duas estações por ano, porque uma grande parte de nossa terra é cultivada uma vez por ano, o que é uma pena" conclui,  “a seleção de sementes é importante porque melhora a produção. Os agricultores devem escolher variedades melhoradas que suportam condições adversas e se adaptam às condições climáticas existentes”.