O novo relatório, descrito pelo Secretário geral da ONU como apelo aos líderes para descarbonizar países desenvolvidos até 2040 e em desenvolvimento até 2050, mostra que “o limite de 1,5 º C é alcançável, "mas um salto quântico na ação climática”. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas concluiu que governos nacionais não fizeram o suficiente para impedir o aquecimento global nos 7 anos desde que assinaram o Acordo Climático de Paris e, como resultado, o mundo está ficando sem opções para desarmar a “bomba- climática”. O relatório concluiu que no contexto de estudos recentes, cada aumento adicional do aquecimento amplifica os impactos que já ameaçam vidas e meios de subsistência de milhões no mundo.
O 6º Relatório de Avaliação, AR6, pontua um ciclo periódico de revisões da ciência climática pelo IPCC, incumbido pelos governos nacionais em 1988 de fornecer atualizações científicas regulares para orientar negociações climáticas globais em andamento sob a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, UNFCCC . O relatório marca a primeira atualização completa desde 2014, quando o 5º Relatório de Avaliação, AR5, foi publicado a tempo de fornecer estrutura científica ao Acordo de Paris, sob o qual 196 países concordaram cortar emissões em esforço para evitar o caos climático global. O trabalho do IPCC com cientistas, a maioria voluntários, analisando ciência do clima revisados por pares e organizando informações de modo relevantes à sociedades e governos. Cada ciclo inclui três relatórios principais, com o primeiro cobrindo a ciência física, que mostra o que causa o aquecimento global e como leva ao derretimento do gelo, aumento do nível do mar, secas, ondas de calor e incêndios florestais, o segundo mostra como isso afeta pessoas, plantas, animais e abastecimento de água e alimentos, bem como quais áreas são mais vulneráveis e como se adaptar e o terceiro relatório de cada ciclo foca mitigação, ou seja, como fazer parar. No ciclo mais recente, relatório de 2018 sobre os impactos de aquecimento superior a 1,5 º C galvanizou movimento pelo clima que levou milhões a protestos de rua no mundo, enquanto as pessoas tentavam responsabilizar os governos. Um Resumo de 40 páginas para formuladores de políticas, será a nova base científica à futuras negociações climáticas, começando na Conferência de Mudanças Climáticas de Bonn em junho de 2023 e na COP28 em Dubai em novembro de 2023. O novo relatório do IPCC mostra que ondas de calor mortais, secas e inundações se intensificarão a cada aumento do aquecimento e décimo de grau importa na corrida para limitar danos às comunidades e ecossistemas. O relatório mostra que impedir a febre da Terra requer cortes nas emissões de combustíveis fósseis e a falta de progresso em relação a esses cortes, desde o Acordo de Paris, não é impedida pela ciência com o “fracasso em alcançar metas climáticas que o mundo estabeleceu para si mesmo é político e econômico”. Os problemas começam quando a ciência encontra a política, disse o cientista pesquisador sênior do Instituto Internacional de Pesquisa para Clima e Sociedade da Columbia Climate School cujas avaliações do IPCC “produzem a melhor ciência possível, mas a questão é o que as pessoas fazem com essa informação”, mesmo os documentos resumidos, tão complexos, que os especialistas em políticas do governo precisam traduzir informações “em algo que seja acionável e possa informar as políticas”. Impactos climáticos estão se multiplicando descrevendo a trilha de destruição em partes da África Oriental nas últimas semanas causada pelo tufão tropical Freddy. O novo relatório “mostra que a mudança climática induzida pelo homem está aumentando a frequência e intensidade desses eventos extremos, que realmente afetam as pessoas e sistemas de produção da sociedade”. O relatório captura o estado do clima do planeta, concluindo que “aceleração rápida e distante com Transições contínuas são necessárias para alcançar reduções de emissões profundas e sustentadas e garantir futuro habitável e sustentável para todos.” O IPCC pede transformações sociais dramáticas na forma como comemos, trabalhamos e nos movimentamos e a ciência não está excluída dessas mudanças.
Moral da Nota: "a primeira vez em 46 anos que o mundo se une sobre a questão da água em conferência organizada pela Holanda e Tadjiquistão será realizada de 22 a 24 de março. “A cúpula da água leva a ambicioso programa de ação que lhe dê o compromisso que merece”, disse o secretário-geral da ONU, com 6.500 participantes esperados em Nova York aos mais de 500 eventos da conferência, incluindo 20 Chefes de Estado e de Governo, dezenas de ministros e centenas de representantes da sociedade civil e do mundo empresarial. A última conferência data de 1997 em Mar del Plata, no entanto, as evidências são claras "quebramos o ciclo da água" e "estamos tirando muita água do solo, poluindo o restante e agora há tanta água na atmosfera que está afetando nossas economias e o povo por causa da mudança climática." Segundo a ONU, 2,3 bilhões de pessoas vivem em países com escassez de água e, além disso, em 2020, 2 bilhões de pessoas não tinham acesso à água potável, 3,6 bilhões não tinham instalações sanitárias e 2,3 bilhões não podiam lavar as mãos em casa. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável adotados pela ONU em 2015, incluem a garantia de acesso generalizado a serviços de água e saneamento geridos de forma sustentável até 2030. Centenas de projetos foram registrados no site da conferência, desde a construção de banheiros de baixo custo à milhões de pessoas no mundo, passando pela melhoria da irrigação agrícola na Austrália ao acesso à água potável em Fiji. “Garantir água às sociedades em 2030 custaria pouco mais de 1% do PIB global “e os retornos seriam imensos, desde economias em crescimento até aumento da produção agrícola e melhoria da vida de comunidades pobres e vulneráveis”.