Relatório da CAICT, Academia Chinesa de Tecnologia da Informação e Comunicação, estatal,publicou documento intitulado "2022 Blockchain Whitepaper" avaliando que mais de 1.400 empresas blockchain estão sediadas na China continental e, ao lado dos EUA, representam uma participação de mercado de 52% em termos de empresas globais blockchain, com o detalhe que, apesar das proibições parciais de criptomoedas o governo chinês incluiu blockchain na política oficial de desenvolvimento do estado. O CAICT revelou que 48 instituições de ensino superior na China introduziram diplomas e certificações relacionadas à “engenharia blockchain”, detalhando no relatório, 4 tipos de blockchain com grande potencial de aplicação. Primeiramente "cadeias de liquidação" permitiriam publicação transparente de taxas de telecomunicações para empresas como China Mobile e China Unicom, em segundo lugar, Zhejiang Cold Chains permite consumidor verificar origem de alimentos escaneando os códigos QR dos produtos, em terceiro lugar, a plataforma de pagamento internacional da Trusple ajuda compradores e vendedores obter informações de due diligence sobre suas contrapartes e, por fim, as plataformas de monitoramento blockchain podem ajudar o regulador financeir detectar irregularidades de pedidos entre diferentes bolsas, daí, Tencent, Ant Financial, Huawei e Alibaba, criarem "alianças blockchain" para suas respectivas operações.
A China permite posse de criptomoedas e tokens não fungíveis, ou, NFTs, com legalidade protegida nos tribunais, no entanto, proibiu a emissão de ofertas iniciais de moedas, trocas digitais e mineração de criptomoedas. O governo chinês incluiu desenvolvimento blockchain na agenda nacional oficial, com o Conselho de Estado da República declarando que priorizaria "computação em nuvem, blockchain e IA" como melhoria no gerenciamento de dados e serviços governamentais, anunciando a partir de 1º de janeiro de 2023, lançamento de bolsa nacional para negociação de NFTs e direitos autorais de ativos digitais. Neste clima chinês, a Cryptorank, plataforma de análise de preços de criptoativos, avança o “Top 10 criptomoedas mais populares de 2022” onde o Bitcoin continua dominando o cenário entre entusiastas. Uma dessas métricas que se tornou relevante nos últimos meses é o ranking geral das moedas mais populares do setor cripto, com o Bitcoin (BTC), rei do mercado, apesar de negociar com desempenho anual negativo, as consultas de informações sobre Bitcoin atingiram mais de 1,6 milhão de vezes durante 2022.. Com pouco mais de um milhão de visitas sobre o token SOL no Cryptorank, a Solana tem chamado atenção pela perda crescente de valor neste ano, que chega a mais de 90%. Em terceiro STEPN (GMT), melhora seu protocolo e agrega valor à comunidade, com o projeto permanecendo na terceira posição das criptos mais populares de 2022 no Cryptorank com 970.128 visitas em sua página. Em quarto o Protocolo NEAR (NEAR), projeto homônimo com quase 900 mil visitas ao site no Cryptorank e, em quinto, a Ethereum (ETH), já que o Ethereum Merge não foi tão popular ao ecossistema, muito menos para sua moeda, apesar da importância que este evento representou no setor. No entanto, vale ressaltar que Cardano e Polkadot são ecossistemas com maior valor no nível de desenvolvimento, devido a consistência na construção de infraestrutura blockchain escalável para complementar o ecossistema Ethereum, daí, a Polygon (L2 Ethereum) é grande exemplo de como o projeto se construiu ativamente em 2022, após ser incorporado como solução blockchain por importantes marcas como Amazon, Disney, Coca-Cola e etc.
Moral da Nota: relatório intitulado Accenture Life Trends 2023 identifica que macro movimentos globais no comportamento humano, moldarão negócios, cultura e sociedade, daí, os consumidores estão obtendo melhor acesso a tecnologias emergentes como Web3 e tokenização, fatores impulsionando a próxima geração de criatividade, comunidade e privacidade de dados. Com base nos insights da rede global de designers, sociólogos, tecnólogos, criativos e antropólogos da Accenture Song, a previsão anual inclui tendências e ações que as empresas precisarão considerar em 2023. Neste conceito, as Carteiras digitais serão mais utilizadas, surge a importância dos intangíveis do trabalho e as carteiras digitais podem acabar com a crise da identidade digital. A Web3 com o controle de dados revertido ao usuário, escala carteiras digitais contendo tokens representando métodos de pagamento, documentos de identidade, cartões de fidelidade etc. O CEO e Presidente Criativo da Accenture Song. conclui que as “mudanças de controle acabam levando a mudanças de poder, e essas mudanças aparentemente pequenas, mas profundas no comportamento humano, alterarão a dinâmica de poder entre indivíduos e organizações”.