A Inflação impulsiona o combate ao desperdício alimentar e, segundo estudo da consultoria portuguesa DECO Proteste, a inflação no país deixou 63 produtos em média 10% mais caro e a consciência sobre o desperdício de alimentos aumentou nos últimos dois anos, passando de 33% à 72% do consumidor. Por exemplo, aumentou para 8,7% em junho e a alimentação é o setor que as famílias portuguesas sentem mais o aumento de preço, em média, 10% mais caro, ou, o máximo em quase 30 anos. No entanto, estudo realizado pelo Capgemini Research Institute, em junho de 2022 e divulgado pela Associaçáo de Defesa do Consumidor, a consciência em Portugal sobre desperdício de alimentos, aumentou, comparando dados dos últimos dois anos, passando de 33% à 72%, com 56% dos consumidores assumindo combatê-lo para economizar custos, além de questões de sustentabilidade, com o aumento dos preços dos alimentos apontado como um dos principais motivos do crescente interesse em reduzir o desperdício. O estudo sugere que 91% dos consumidores preferem comprar alimentos de marcas e empresas que tomam medidas com políticas e soluções para reduzir o desperdício. A empresa Too Good To Go, permite utilizadores adquirir a preços reduzidos de comida que de outra forma não seria vendida, por não estar dentro de parâmetros standard, sendo que 1/3 das encomendas adquiridas na aplicação, ao longo dos últimos meses, provém de supermercados. Em Portugal, a Too Good To Go contabiliza mais de 1 milhão de utilizadores e, através da aplicação, salvaram mais de 1.6 milhão de refeições do desperdício.
A startup brasileira WhyWaste., que reduz desperdício alimentar em 75%, entra em Portugal e já evitou a perda de mais de 2 toneladas de alimentos. Estima-se que milhões de toneladas de alimentos sejam desperdiçadas na fase de retalho devido a rudimentaridade dos métodos de monitorização de validade dos produtos, com consequências indo de perdas econômicas aos estragos no planeta. Aposentando o velho bloco de notas e dando lugar à IA e Big Data, reduzir desperdício alimentar nos supermercados até 75%, método utilizado pela WhyWaste, vencedora da categoria de soluções tecnológicas do Programa Banco Montepio, acreditando que, em 2022 evitou desperdício de mais de 2 toneladas de alimentos e se preparando para ajudar supermercados lusos serem mais sustentáveis e eliminarem perdas com artigos vencidos. Presente em 19 países, em grandes empresas de retalho como a alemã Makro, a espanhola Dia e a britânica Co-Op, a startup oferece solução digital que acompanha o tempo de vida dos produtos, via combinação de base de dados, onde são inseridas datas de validade dos alimentos e de sistema de IA, que identifica quando um produto está na data crítica, tendo em conta indicadores como sazonalidade e procura. O country general manager da WhyWaste explica que "o objetivo é avaliar variáveis e ajustar o preço, resolvendo desafio de convencer o cliente que aquele é um bom preço, sem destruir margem ou imagem da retalhista". Apesar do "trabalho contínuo" exige "grande curva de aprendizagem", com resultados imediatos, "informação certa, compreendendo quais produtos geram prejuízo e, por exemplo, ajustando quantidades de produção." A integração da tecnologia da startup nas cadeias de supermercados passa, inicialmente, por período de teste de dois a três meses, possibilitando aplicação de medidas e compreendendo comportamento do consumidor. Após avaliação do impacto observa-se sentido de continuar o serviço da WhyWaste, com a garantia deixada pelo gestor de redução de 40% a 60% da perda de produto por validade e 90% do tempo dos colaboradores dedicados a esta função.
Moral da Nota: o momento de inovar na forma como utilizamos a internet e criar startup, seria hercúleo e quase impossível, mas investigadores da Universidade Stanford sabiam que, no âmbito das pesquisas, encontraram forma mais fácil, simples e rápida de viajar pela internet, com Larry Page e Sergey Brin arriscando e apostando no processo de simplificarem vidas e resolverem de modo inovador um problema, ou, como encontrar o que procuramos na internet, embora parecesse simples, envolvia matemática e, depois de horas em quebra-cabeças, nascia o Google. A inovação é motor que alimenta o ecossistema do empreendedorismo, transformando a economia através da ciência para desenvolver propostas de valor até então inalcançáveis. A Sensei, Defined ou UnBabel são startups que lideram agendas mobilizadoras à inovação com propostas de investimento de mais de 170 milhões de euros, para outras que estabelecem parcerias com empresas mais consolidadas implementando projetos de transformação disruptiva na saúde, alimentação ou mobilidade elétrica. Tal como os dois fundadores do Google que depararam com colegas desconfiados à iniciativa é indispensável quebrar barreiras entre ciência e economia, necessitando que empreendedores se aproximem de investigadores e vice-versa, que lhes apresentem problemas que tentam resolver para que as soluções sejam diferenciadas de outros concorrentes a nível global,atribuindo vantagem competitiva em mercado global e competitivo pela obtenção de recursos, clientes e propostas inovadoras.