segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Reconhecimento facial

A tecnologia de reconhecimento facial utilizada  no estado da Louisiana nos EUA, levou à prisão equivocada de Randall Reid, negro de 28 anos,  após identificado em mandato de fuga como culpado pelo roubo de sacolas na loja de penhores no valor de mais de US$ 10 mil.  Reid explica que "disseram que tinha um mandado de prisão em Jefferson Parish e.perguntou,  'o que é Jefferson Parish?'", lembra Reid, assegurando que nunca esteve naquele estado, muito menos que é culpado de roubo. O  The Times-Picayune/The New Orleans Advocate, informa que Randall Reid  no Condado de DeKalb, na Geórgia, em um mandado de fuga, segundo seu advogado, Tommy Calogero, depois de ser ligado ao roubo da  bolsa em junho nas cidades de Jefferson Parish e Baton Rouge, Louisiana,  Um detetive do Departamento de Polícia de Baton Rouge aceitou a identificação do Gabinete do Xerife de Jefferson para obter um mandado de prisão, justificando que Reid estava entre três envolvidos em outro roubo na mesma semana. Depois de passar 6 dias sob custódia, preso em 25 de novembro e solto em 1º de dezembro, Reid foi libertado. De acordo com Calogero, o xerife do condado de Jefferson Parish admitiu o erro retirando o mandado de prisão, segundo o advogado,  "perceberam que pegar criminosos com reconhecimento facial é arriscado". Diferenças na aparência física, como verruga no rosto de Reid, levaram as autoridades anular a ordem judicial, segundo o advogado, que destacou diferença de 18 quilos entre seu cliente e o ladrão flagrado no vídeo de vigilância. O caso chamou a atenção para a utilização de tecnologias de reconhecimento facial, que Calogero diz destacar disparidades raciais. Além disso, estudos mostram que a utilização de recursos de Reconhecimento Facial resultam em taxa maior de erros de identificação à pessoas de cor que brancas.

No caso do sistema financeiro, a análise blockchain pode ser ferramenta de combate ao crime, já que é possível visualizar tanto datas e valores das transações quanto carteiras às quais os recursos são enviados. A adoção em massa de Criptomoedas graças ao surgimento de modos de uso na web3 e esforços para regular esta classe de ativos nascente, no entanto, o aumento na adoção cripto significa que o crime relacionado aumenta. Há um equívoco comum que combater crime em criptomoeda é tarefa exclusiva de agências de aplicação da lei no país ou unidades de elite de crimes cibernéticos. Os golpes são a maior forma de crime em criptomoeda, com mais de US$ 26 bilhões roubados entre 2017 e 2021 e,  em 2022,  golpistas arrecadaram mais de US$ 3 bilhões, sendo que em 2022, a transferência média de uma vítima à carteira fraudulenta é de pouco mais de US$ 1 mil, o que  nos diz duas coisas,  a fraude criptográfica está afetando milhões de vítimas e a  maioria dessas vítimas são pessoas comuns que investiram algum dinheiro em criptomoeda. Outro caso de uso, nos leva a empresa SICPA, da República Dominicana, que desenvolveu e executa no país caribenho, sistema de rastreabilidade de bebidas alcoólicas e cigarros através da blockchain para prevenir evasão e comércio ilícito. Na República Dominicana, a adulteração e falsificação se tornaram problema e ameaça à saúde e à economia local, lançando bases à busca pelo desenho e desenvolvimento de ferramentas ou soluções que, permitem contrariar o avanço e o impacto deste problema no comércio. O acompanhamento e colaboração com autoridades pelo SICPA, projetou e implementou o TRAFICO, sistema de identificação, marcação, identificação e rastreabilidade em blockchain que busca neutralizar problemas do comércio dominicano.

Moral da Nota: a  prisão de Reid traz atenção ao uso de tecnologia que os críticos dizem resultar em taxa mais alta de identificação incorreta de pessoas de cor que de pessoas brancas, trazendo atenção renovada ao uso de ferramentas de reconhecimento facial na Louisiana e em outros lugares. Sistemas de reconhecimento facial enfrentaram críticas por causa de recursos de vigilância em massa, que levantam preocupações com a privacidade e porque alguns estudos mostraram que a tecnologia tem mais probabilidade de identificar erroneamente negros e outras pessoas de cor que brancos, o que resultou em prisões equivocadas. A polícia de Nova Orleans diz que o reconhecimento facial pode ser usado apenas para gerar pistas e que policiais devem obter aprovação do departamento antes de fazer solicitação através do Louisiana State Analytic and Fusion Exchange em Baton Rouge.  Regras da cidade exigem que, correspondências possíveis, devem passar pela revisão de outros investigadores de reconhecimento facial. Fato é que, a Legislação para restringir uso de reconhecimento facial em todo o estado, morreu em sessão legislativa de 2021.