A ferramenta IA chamada Midjourney divulgou imagens relacionadas às mudanças climáticas, explicando condições das cidades após os piores e melhores cenários climáticos. Relatório da Organização para Agricultura e Alimentação dos EUA, informa que a Índia tem diversidade agroecológica e a agricultura fornece 70% de seu sustento respondendo por 19% a 29% das emissões de gases efeito estufa. Já o relatório “Lancet Countdown on Health and Climate Change” estima que mais de 330 mil pessoas perderam suas vidas em 2020 pela ação de combustíveis fósseis ou 1,2 mortes a cada dois minutos. IA, de acordo com pesquisa global de 2022, ajudou países lidar com os principais problemas relacionados ao clima e descrita como tecnologia emergente que "ajudaria no desenvolvimento sustentável em escala e modernização". A Ministra indiana das Finanças enfatiza a importância da IA em termos de mudança climática afirmando que "as startups precisam encontrar solução para combater o problema da mudança climática e melhorar as condições dos agricultores". Na Índia, 8% das emissões de gases efeito estufa vêm de veículos e o aumento de 333% nas vendas de VEs no primeiro semestre de 2022 reflete o progresso indiano nessa direção, no entanto, foram necessários esforços combinados de governo e empresas privadas, enquanto relatório de Pesquisa realizada pelo Boston Consulting Group, BCG, informa que 67% do setor privado indiano culpa o governo pela falta de apoio em resolver a crise climática.
“A IA é baseada em código-fonte aberto e focada em algoritmos” e, segundo a startup de tecnologia climática Satsure, “o governo indiano forneceu suporte suficiente a empresas privadas, devido ao fator não regulamentado”. Relatório da BloombergNEF, avalaia que empresas de tecnologia climática focadas na inovação tecnológica do clima arrecadaram US$ 165 bilhões em 2021 nos mercados público e privado, com setores de energia e transporte atraindo US$ 68 bilhões cada, seguido por agro-tecnologia com US$ 15 bilhões e, nos últimos cinco anos, segundo o relatório, 120 startups indianas de tecnologia climática levantaram mais de 200 rodadas de financiamento de 272 investidores únicos. Microsoft, Bosch e Wipro trabalharam para combater mudanças climáticas, além de empresas indianas, como Wipro, UltraTech e Reliance, conversam cada vez mais com acionistas sobre tecnologia verde e sustentabilidade. Empresários indianos trabalham em projetos desde a troca de baterias e carregadores de veículos elétricos a contabilidade de carbono e métodos para aumentar eficiência agrícola e conscientização pública. Da Alemanha, Reino Unido e EUA, espera-se impacto positivo da Greentech, principalmente em setores de engenharia climática, biotecnologia, hidrogênio e células de combustível, considerando que China e Índia, aguardam impacto positivo na sociedade de 5G, IA e IoT, conforme pesquisa feita pela Bosch Tech Compass. A IA pode executar modelos em áreas maiores e gerar informações quase em tempo real e ser usada para medidas de mitigação, como medir emissões em vários níveis no mundo, pois, medir emissões, é o primeiro passo para identificar e implementar intervenções, podendo ser usado em adaptação e resiliência prevendo eventos localizados e regionais de longo prazo e eventos climáticos imediatos e extremos, auxiliando com medidas preventivas e gerenciamento de perdas humanas e financeiras. Quando combinados com dados de satélite, os modelos de IA geram informações de nível mínimo/menor sobre estudos de mudanças climáticas e fornecem informações sobre mudanças no uso da terra, vegetação, desmatamento, níveis de poluentes oceânicos e práticas de pesca ilegal.
Moral da Nota: o índice de desempenho ambiental da Índia está entre os piores em 40 indicadores, como mudança climática, vitalidade do ecossistema e biodiversidade, indicando longo caminho a percorrer. Relatório da Deloitte, mostra que uma ação rápida sobre a mudança climática ajudaria a Índia ganhar US$ 11 trilhões até 2070 com IA como ferramenta para essa transição, destilando dados brutos em informações acionáveis, melhorando previsões, otimizando sistemas complexos, bem como como acelerando modelagem científica e descoberta impactando na transição. O governo indiano aborda mudança climática por meio da IA com Iniciativas como Digital India e AI for Agriculture, por exemplo, levando a projetos em nível estadual e central. O Plano de Ação Nacional à Mudanças Climáticas iniciado em 2008, concentra-se em áreas-chave como habitat e agricultura sustentável, missão verde da Índia, etc, focando soluções à mudanças climáticas. A nível estadual, áreas rurais com práticas agrícolas sustentáveis, onde dados e IA estão no centro dos projetos, por exemplo, Projeto de Agricultura Resiliente ao Clima, PoCRA, do Governo de Maharashtra trazendo o poder da análise de dados geoespaciais à tomada de decisões permitindo agricultura sustentável. Organizações governamentais e privadas devem se concentrar em primeira abordagem de ação climática na estratégia de desenvolvimento e crescimento, levando à construção de ecossistema alinhado ao uso de IA para mitigar/minimizar impacto das mudanças climáticas. Entre nós, o Banco Mundial emprestará US$ 500 milhões para ajudar o Brasil atingir metas climáticas e expandir financiamento vinculado à sustentabilidade e fortalecer capacidade do setor privado acessar mercados de crédito de carbono e ajudar o país conter o desmatamento. Em colaboração com o Banco do Brasil, adota abordagem de empréstimos vinculados à sustentabilidade a atingir metas climáticas e oferecer benefícios de mitigação. O financiamento vinculado à sustentabilidade, SLF, permite custos de financiamento mais baixos quando exigências ambientais, sociais e de governança, ESG, são atendidas pela empresa, mas não exige que os fundos sejam utilizados para fins favoráveis ao clima. O Banco Mundial e parceiros lançou sistema de rastreamento global para limpar o mercado opaco de créditos de carbono e ajudar países em desenvolvimento levantar financiamento climático de forma rápida e mais barata. Os créditos de carbono gerados por atividades como plantio de florestas ou a retirada de CO2 prejudicial ao clima são vendidos aos poluidores para compensar emissões como forma de ajudá-los atingir emissões líquidas zero e limitar o aquecimento global. O Banco Mundial informa que "90 milhões de tCO2e em reduções de emissões são esperados até 2030, equivalente a 4,5% do que o Brasil precisa para se manter no caminho certo com compromissos de zero emissões líquidas". Por fim, espera-se que o projeto mobilize 1,4 bilhão de dólares em capital privado através do aumento do financiamento pelo Banco do Brasil e investidores privados.