O Conselho da União Européia aprovou a MICA, Lei de Mercados na Regulamentação de Criptoativos que consiste no estabelecimento de um marco legal ao Bitcoin, BTC, e outras criptomoedas, além de exigir que exchanges e provedores de carteiras criptográficas dos países membros do bloco tenham licença oficial para operar, impõe requisitos de capital à provedores de serviços criptográficos no intuito de evitar colapsos como o do Terra, além de resguardar investidores de problemas de liquidez gerando mercado sólido em nível regional. A UE anunciou que questões relacionadas com criptomoedas terão lugar de destaque nas reuniões com o FMI e Banco Mundial, sendo que a chefe do FMI, tem posição desfavorável à ativos como BTC, no entanto, observa sua crescente adoção no mundo. Funcionários da UE consideram essencial alinhar com as demais potências criando estrutura regulatória criptográfica confiável e consistente.
Ainda na Europa cripto, o Reino Unido avança com projeto de lei buscando fortalecer a visão sobre criptomoedas, intitulado Financial Services and Markets Bill, propondo medidas para “manter e melhorar a posição inglesa como líder mundial em serviços financeiros”. Parlamentares que redigiram o projeto explicam que o foco é garantir que o setor cripto melhore serviços individuais e empresariais na região e que a própria legislação reforce a intenção nacional de se tornar “centro global de criptomoedas”. Uma das medidas de destaque do projeto é a substituição do termo “criptoativos” por “ativos de liquidação digital, DSA”, mesma terminologia das stablecoins , uma vez que o Governo reconhece seu “potencial para tornar-se meio de pagamento generalizado”, nesse ponto, o projeto visa regulamentar esses ativos. O primeiro ministro Rishi Sunak no cargo anterior de Chanceler do Tesouro, estava aberto ao mercado cripto e ajudou apresentar a Lei de Mercados e Serviços Financeiros e, após sua posse como primeiro-ministro, o produtor de moedas nacional, o Royal Mint, foi encarregado de criar coleção de NFTs, tokens não fungíveis, que ainda não se concretizou. Fato é que a Vaculug, empresa independente líder em vendas e substituição de pneus da Europa, anunciou que aceitará criptomoedas tornando-se a primeira empresa do setor adicionar pagamentos cripto, sendo que a medida, segundo a empresa, atende necessidades dos clientes citando vantagens como transações instantâneas e lucrativas. A maioria das empresas globais está incorporando pagamentos com criptomoeda para atrair clientes em pagamentos instantâneos, por exemplo, a indústria relojoeira de luxo, através da TAG Heuer e Hublot, está entre as marcas que aceitam pagamentos em cripto. No setor hoteleiro global a popularidade e interesse pelas criptomoedas no turismo emerge com a Kessler Collection, rede de hotéis de luxo nos EUA, aceitando Bitcoin, BTC, e demais cripto como meio de pagamento, após parceria com o BitPay incorporando sua plataforma de pagamento digital.
Moral da Nota: a TripleA, empresa de pagamentos criptográficos, publicou relatório sobre a adoção de ativos digitais no mundo, informando que a Ásia lidera o cenário global com mais de 130 milhões de usuários. A África destaca como região que mais surpreende, com 53 milhões de cripto investidores superando a América do Norte, 51 milhões, e a América Latina, 27 milhões, atrás da Europa, 43 milhões, e à frente da Oceania, 1 milhão. A TripleA determinou que as taxas globais de propriedade de criptomoedas ficaram na média de 4,2% em 2022, equivalente a 320 milhões de dólares, sendo que os EUA lideram o ranking de países com mais de 46 milhões de usuários de criptomoedas, com Índia e Paquistão completando o pódio com 27 e 26 milhões de pessoas, respectivamente. Entre empresas americanas, 85% priorizam no futuro permitir pagamentos com criptomoedas, além disso, resultados das que já o fizeram são animadores com retorno de investimento de 327%, em média, além de aumentarem sua base de clientes em 40%. Especialistas que desenvolveram o relatório, avisam que a curva de adoção de criptomoedas de 2014 até o presente é semelhante à da Internet na década de 1990, como exemplo, observaram que entre 2012 e 2021, o Bitcoin, BTC, cresceu 540 mil % em capitalização de mercado total e “alcançou taxa de crescimento anual de 60% em 2021 esperando-se que o mercado cripto cresça a taxa composta anual de 56,4% entre 2019 e 2025”, segundo o relatório da TripleA.