quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Envelhecimento

Seguindo o critério que 'Depressão Menor' decorre entre 2 a 4 sintomas por duas ou mais semanas, considerando como estado deprimido ou anedonia e distimia 3 ou 4 sintomas como estado deprimido durante dois anos, no mínimo e,  'Depressão Maior' entre 5 ou mais sintomas por duas semanas ou mais incluindo estado deprimido ou anedonia. Pesquisadores estimam que nos EUA uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens têm um episódio de depressão maior quando chegam aos 65.2, no entanto, avaliam que  o risco de depressão aos 75 anos nos EUA era de 30% em 2005.  Em outros países de alta renda estudos sugerem números mais altos, com  Holanda e Austrália em que estimativas apontam a 40% nas mulheres e 30% nos homens. Pacientes tendem entrar e sair de episódios depressivos sendo que as  chances de ter um episódio de depressão são maiores que a cifra de 2 a 6%. Um meio de estimar risco de depressão ao longo da vida é perguntar ao idoso se já teve depressão na vida, baseia em auto-relato,  diagnosticada com base em sintomas relatados ao profissional, no entanto, alguns não se  dispõe compartilhar seus sentimentos e consequente sintomas. Isto importa   às gerações mais velhas, que viveram grande parte de suas vidas em época que o reconhecimento e a  aceitação da doença mental eram menores, relacionado a um segundo problema em que pessoas de diferentes gerações podem estar menos dispostas a relatar sintomas. Outro fato é a dificuldade de  obter estimativas em nível global porque esses dados faltam em muitos países,  especialmente verdadeiro países de baixa renda. 

Estudo da Global Burden of Disease constata que apenas um quarto dos países e territórios tinha dados diretos sobre a prevalência de depressão maior entre 2005 e 2015, daí, descobertas vêm principalmente de um pequeno número de países de alta renda onde esses estudos foram feitos. Em países onde os dados existem há ainda o desafio de esquecer episódios anteriores de depressão especialmente se aconteceram há muito tempo,  chamado de “viés de lembrança” e é mais um problema que dificulta confiar no auto-relato das pessoas sobre sintomas de depressão. Estudo de Jamie Tam e colegas com base nos auto-relatos de depressão em suas vidas em 2021, juntamente com taxas de erro de recordação, estimaram que uma em cada três mulheres, 33%, e um em cada cinco homens, 19%, maior que 65 anos nos EUA tem depressão sendo que a parcela que esqueceu episódios anteriores aumenta vertiginosamente as estimativas de outros países de alta renda. Estudo de 2005 que utilizou dados da Holanda e Austrália estima que 40% das mulheres e 30% dos homens têm um episódio de depressão maior aos 65 anos, após correção de vieses. Deve ser lembrado que, após os 65 anos, as taxas de depressão ao longo da vida diminuem, porque quem teve depressão têm menos probabilidade de sobreviver até idade mais avançada. Concordam que o risco de depressão ao longo da vida é alto e muito maior que as estimativas feitas ao pedir aos idosos que se lembrem da depressão em suas vidas. O risco significativo de depressão ao longo da vida é uma das principais razões pelas quais é importante  compreender, reconhecer e abordar, sendo que a depressão não é incomum e as pessoas que a experimentam não estão sozinhas.

Moral da Nota : o Pentágono enfrenta crescentes taxas de suicídio nas fileiras militares, com o Secretário de Defesa anunciando criação de um comitê independente para revisar programas militares de saúde mental e prevenção ao suicídio. Dados do Departamento de Defesa informam que os suicídios entre membros do serviço ativo aumentaram mais de 40% entre 2015 e 2020 e 15% somente em 2020, sendo que em postos de longa data como o Alasca em que a taxa dobra nos membros do serviço e famílias em isolamento extremo e clima severo. Estudo de 2021 do Cost of War Project concluiu que quatro vezes mais militares e veteranos morreram por suicídio que em combate,  detalhou fatores de estresse específicos da vida militar com  "alta exposição ao trauma, mental, físico, moral e sexual, ou,  estresse e esgotamento, com influência da cultura masculina hegemônica de militares, acesso contínuo a armas e dificuldade de reintegrar-se à vida civil".  O Pentágono estabeleceu o Escritório de Prevenção ao Suicídio de Defesa em 2011 que mostrou insuficiente e, em 2021, emitiu diretrizes sobre como lidar com problemas de saúde mental nas fileiras,  com slides de instruções e roteiro, sendo que os soldados temem estigma de admitir problemas de saúde mental na cultura militar interna de autossuficiência.  Assim como a questão da insegurança alimentar nas famílias militares,  formou-se  rede de organizações beneficentes adjacentes tentando preencher lacunas com programas e esforços de divulgação. Alguns são puramente recreativos, como torneio anual de pesca no Alasca, outros são focados no autocuidado como um programa da Armed Services YMCA oferecendo assistência infantil gratuita para que pais militares possam participar de sessões de terapia.