O Vietnam e Cingapura assinaram, MOU, on Carbon Credits Collaboration ou Memorandos de Entendimento para colaborar em créditos de energia e carbono, o primeiro a ser assinado entre Cingapura e um estado membro da ASSEAN, Associação das Nações Sudeste Asiático. Sinaliza compromisso em colaborar com projetos pilotos de crédito de carbono que apoiariam no cumprimento das metas climáticas. O MOU sobre Cooperação Energética abrange áreas de desenvolvimento e financiamento de energia renovável, desenvolvimento de interconectores para aumentar a resiliência da rede, estabilidade e comércio de eletricidade, além de pesquisa, desenvolvimento e implantação de tecnologias e soluções de energia de baixo carbono, como hidrogênio, amônia, sistemas de armazenamento energia, redes inteligentes e infraestrutura. O Ministro do Comércio e Indústria de Cingapura avisa que "ambos os países são parceiros próximos e comprometidos em apoiar a transição energética, bem como descarbonização regional". O MOU abrirá caminho ao comércio transfronteiriço de eletricidade , desenvolvimento e financiamento de tecnologias de baixo carbono com o compromisso de trabalhar em projetos pilotos de crédito de carbono alinhados ao Artigo 6 do Acordo de Paris, que permite países cumprirem parcialmente suas metas climáticas comprando créditos de compensação representando cortes de emissões por outros . Sob o MOU serão realizados intercâmbios sobre impostos de carbono, créditos de carbono e questões climáticas, sendo que Cingapura pretende antecipar sua meta de zero líquido para “por volta de meados do século”, alinhando as metas com o Pacto Climático de Glasgow em meio a desenvolvimentos internacionais em tecnologia e mercados de carbono. Anteriormente, Cingapura anunciou que atingiria emissões líquidas zero "assim que viáveis" na segunda metade do século sob sua estratégia de desenvolvimento de baixas emissões de longo prazo, comprometeu atingir o pico de emissões em 2030 e reduzir pela metade emissões em relação ao pico até 2050.
Cingapura tem meta de reduzir pela metade as emissões de pico até 2050 e atingir zero emissões líquidas 'assim que viáveis' na 2ª metade do século Tal movimento é parte da estratégia de desenvolvimento de baixa emissão de longo prazo, LEDS, ao passo que aumenta a contribuição nacionalmente determinada, NDC, para atingir o pico de emissões no equivalente a 65 milhões de toneladas de CO2 em 2030 e expandir o escopo da promessa de incluir um sétimo gás efeito estufa, trifluoreto de nitrogênio, dentro do teto. Este fato se insere no acordo com o NDC existente de Cingapura definido em 2015, onde o governo promete que, até 2030, reduziria a intensidade das emissões em 36% em relação a 2005. O desenvolvimento do NDC e LEDS aprimorados foi guiado por "abordagem de princípios" "considerada, comprometida e coletiva". Para alcançar seu LEDS, Cingapura adotará estratégia baseada em transformações na indústria, economia e sociedade, com base em tecnologias como captura de carbono, bem como colaboração internacional em áreas como mercados de carbono que funcionam bem. Embora o impacto de Cingapura nas emissões globais seja pequeno com gases efeito estufa gerados representando 0,11% das emissões globais e o efeito das mudanças climáticas no país "desproporcionalmente grande e existencial", levando a "desafio assimétrico" nações insulares sendo que o país precisa planejar a "perspectiva real" que o nível do mar subirá até 2100. Cingapura tomou medidas elevando o nível da plataforma dos projetos de recuperação ainda mais alto para novas instalações importantes, além de no orçamento 2020 emergir novo fundo de proteção costeira contra inundações de US $ 5 bilhões para combater o risco 'significativo' de aumento do nível do mar.
Moral da Nota: na COP 26 foram acordadas regras aos mercados de carbono nas negociações climáticas, potencialmente liberando trilhões de dólares para proteger florestas, construir instalações de energia renovável e outros projetos para combater mudanças climáticas. O acordo final adotado por quase 200 países implementa o Artigo 6 do Acordo de Paris de 2015, permitindo que países cumpram parcialmente suas metas climáticas comprando créditos de compensação que representam cortes de emissões por outros. As empresas, assim como países com vasta cobertura florestal, pressionaram por acordo sobre mercados de carbono na esperança de legitimar mercados voluntários globais de compensação de rápido crescimento. Os críticos temem que a compensação possa permitir que países continuem emitindo gases que aquecem o clima, tornando alguns cautelosos com um acordo precipitado. O Ministério do Meio Ambiente do Brasil teria dito que o país abriga grande parte da floresta amazônica e tem potencial para construir usinas eólicas e solares, se preparando para tornar-se "exportador" de créditos de carbono.