Calamidades Naturais como ondas de calor extrema ou incêndios florestais em larga escala, são prova dos impactos das mudanças nas condições climáticas. Pesquisa publicada pelo, IFPRI, International Food Policy Research Institute, informa que a temperatura média na Índia aumentará de 2,4 º C a 4,4º C até o ano 2100 e as ondas de calor no verão dobrarão ou quadruplicarão no período em questão. As conclusões do relatório revelam que o sul da Ásia está atrasado em termos de reformas e mitigação das mudanças climáticas, além disso, a pandemia de Covid garantiu redução nos investimentos relacionados ao clima. O relatório prevê que eventos extremos como ondas de calor, secas prolongadas e inundações estão ocorrendo com mais frequência e intensidade, a ponto de especialistas afirmarem que tais ações climáticas extremas influenciarão na saúde e doença humanas de modos diversificados. Alertam que ameaças à saúde se intensificarão aumentando a interrogação de como a saúde humana e o clima se relacionam.
O ambiente e o clima em constante mutação levam a temperaturas mais elevadas, mudanças na precipitação pluviométrica, aumento na frequência ou intensidade de eventos climáticos extremos e aumento do nível do mar, mudanças, que afetam alimentos, água, ar e o clima que vivemos. A OMS, informa que entre 2030 e 2050, espera que mudanças climáticas causem 250 mil mortes adicionais/ano, por desnutrição, malária, diarreia e estresse térmico, alertando que custos de danos diretos à saúde, ou, excluindo custos em setores determinantes da saúde como agricultura, água e saneamento são estimados entre US$ 2-4 bilhões/ano até 2030. Especialistas alertam que habitantes dos países em desenvolvimento podem ser mais vulneráveis aos riscos à saúde globalmente, no entanto, mudanças climáticas representam ameaças significativas à saúde mesmo em países desenvolvidos como os EUA. O Fundo Monetário Internacional nos avisa que emissões de um país afetam todos os demais, aumentando o estoque de gases que aquece a atmosfera, de onde surge o efeito estufa. No relatório do FMI de 2020, alerta que países de baixa renda estão em risco, com desastres climáticos causando além de sofrimento humano, danos econômicos e ecológicos anuais, sendo que na última década, estima-se que os danos diretos desses desastres somaram US$ 1,3 trilhão ou 0,2% do PIB mundial, em média, por ano. Já, relatório de 2021 do Swiss Re Institute revela que o maior impacto das mudanças climáticas é eliminar até 18% do PIB da economia mundial até 2050 se as temperaturas globais aumentarem 3,2°C, revelando ainda que o impacto das mudanças no clima foi previsto para ser o mais difícil às economias asiáticas e, no melhor cenário, atingindo 5,5% no PIB e 26,5% em cenário severo.
Moral da Nota: estudo da Universidade Azim Premji avisa que apenas três de cada mil perguntas feitas no Parlamento indiano nos últimos 20 anos diziam respeito às mudanças climáticas, informando que quase 895 questões relacionadas à mudanças climáticas foram levantadas em Lok Sahba de 1999 a 2019. Os pesquisadores da Versity que conduziram o estudo, categorizaram as perguntas em três tipos, ou, impacto, mitigação e adaptação, descobrindo que 38,4% de 27,6% das perguntas sobre impactos climáticos se relacionavam a agricultura, algo lógico, pois 69% dos indianos vivem em áreas rurais agrícolas. Mudanças costeiras são tópico importante discutido sob impactos climáticos, pois Mumbai, Chennai e Calcutá estão em risco decorrente ao aumento do nível do mar. Avaliação de 2020, mostra que Jharkhand, Mizoram, Odisha, Chhattisgarh, Assam, Bihar, Arunachal Pradesh e Bengala Ocidental são estados mais vulneráveis à mudanças climáticas, revelando ainda que a vulnerabilidade socioeconômica e a injustiça climática não foram discutidas adequadamente, ressaltando que no estudo de 20 anos, apenas seis questões parlamentares mencionam grupos marginalizados.