Proposta política na Argentina busca implementar blockchain na concessão de planos sociais pelo Estado, com destaque que evitariam intermediários, fazendo o dinheiro chegar aos beneficiários. Nesse sentido, não é a primeira vez que na Argentina a tecnologia é proposta no aparelho estatal, já que meses atrás, senadores promoveram aplicação da tecnologia em licitações públicas na cidade de Mendoza.
Emergiu em Buenos Aires o EthLatam, evento dedicado a criptomoedas e soluções de tecnologia Ethereum e, como parte do evento, o governo de Buenos Aires apresentou planos para lançar solução de autenticação de identidade e operações governamentais na tecnologia Ethereum camada 2. O secretário de Inovação e Transformação Digital foi encarregado de apresentar o TangoID, plataforma de identidade digital auto-soberana com lançamento planejado para janeiro de 2023. A solução será fornecida pela Starknet, Validity-Rollup descentralizado e sem permissão conhecido como "ZK-Rollup', que funciona como rede L2 sobre a Ethereum, permitindo que qualquer Dapp alcance escala à operações sem comprometer capacidade de composição e segurança. O whitepaper do projeto informa que busca credenciais no mesmo local, "via identidade única em procedimentos e serviços, independente da jurisdição ou local de residência para apresentá-la perante organizações públicas ou privadas”. Procura eliminar a necessidade de apresentação de documentação antes de cada transação “através de credencial verificável, autorizada pela entidade emissora que comprove o cumprimento de condição pela pessoa sigular”, por fim, torna os indivíduos “garantidores sociais de suas credenciais através de ecossistema aberto, confiável, seguro e transparente, montado em arquitetura descentralizada” que se autorregula através da própria plataforma de segurança e medidas de consenso da instituição. A solução tecnológica será baseada na arquitetura proposta em modelo desenvolvido pela fundação "Trust Over IP", organizado em níveis, cada um com dimensão de governança e dimensão tecnológica focando na solução de problema específico, Nível 1, identificadores descentralizados (DIDs), Nível 2,: carteiras digitais e agentes, Nível 3, Troca e verificação de credenciais verificáveis. A rede também é interoperável e funcionará em blockchains abertos sem permissão de modo multi-cadeia, no mesmo sentido com informações privadas armazenadas nos dispositivos do usuário fora da cadeia. Finalmente, em Mendoza a tecnologia é incorporada através de aplicação na Administração Tributária, ATM, garantindo que a papelada eletrônica e procedimentos administrativos sejam incorruptíveis evitando fraude, além buscar aplicar blockchain em licitações públicas garantindo descentralização, transparência e rastreabilidade.
Moral da Nota: 5G, criptomoedas e carteiras digitais são as principais categorias de consumo que atravessam a sociedade argentina, dito por pesquisa da Trendsity que investigou os trending topics que a sociedade portenha enfrenta atualmente em nova era digital. A empresa argentina Trendsity, quantificou através de seu medidor "tendências e preocupações dos cidadãos na Argentina". O método de pesquisa foi criado em 2017 operando desde então e, por parte da tecnologia 5G, a pesquisa mostra que 60% dos argentinos consideram que permite pessoas que não têm acesso à conectividade a obtenham, 83% dos indivíduos afirmaram que a 5G não é "homogênea" e funciona para reduzir a falta de conectividade que os vários grupos sociais na Argentina possuem. No entanto, 7 em cada 10 pessoas garantiram que a tecnologia é benéfica no desenvolvimento econômico e industrial da nação e que “9 em cada 10 argentinos estão familiarizados com 5G além de, conhecimento consolidado, faltando aprofundá-lo e vinculá-lo a projetos específicos que a tornem visíveis ao progresso”. Em relação às criptomoedas o estudo mostra que 85% da população argentina está ciente, embora metade diga que só ouviu falar e, desses 85%, 75% consideram investir ou mesmo economizar. Por fim, carteiras digitais tiveram percentual territorial de 73% dos quais 63% são induzidos no tema para enviar/receber dinheiro, 43% as utilizam em substituição à formas monetárias tradicionais, banco, cartões ou dinheiro e, 39% na cobrança de serviços e/ou vendas.