Veículos a hidrogênio têm potencial de melhor desempenho em climas frios, com a Toyota, por exemplo, elogiando desempenho dos veículos com célula de combustível em climas frios, se comparados aos EVs, dizendo que nem alcance ou desempenho são afetados em temperaturas frias enquanto veículos híbridos elétricos-ICE com autocarregamento usam motor de combustão interna. Os múltiplos usos deste vetor de energia auxiliarão os objetivos de descarbonização da economia mundial, já que as emissões de CO2 são nulas, inserida no conceito de produzir hidrogênio renovável por fotoeletrocatálise usando água e sol. A Repsol e a operadora espanhola de gás Enagás lideram o desenvolvimento do projeto de I&D espanhol, apoiado por centros de investigação especializados em hidrogénio.
O inicio remonta 2012 cuja tecnologia em desenvolvimento produzirá hidrogênio renovável com eficiência por fotoeletrocatálise e, até agora, o hidrogênio verde seria produzido a partir do biometano como matéria-prima e sobretudo eletrólise, envolvendo aproveitamento da energia elétrica eólica ou fotovoltaica levada ao eletrolisador onde a molécula de água é separada em hidrogênio e oxigênio. A fotoeletrocatálise simplifica o processo em uma única etapa porque “o dispositivo recebe diretamente radiação solar e com material fotoativo são geradas cargas elétricas que causam a separação”. O resultado é a produção mais barata de hidrogênio evitando perdas associadas ao transporte e transformação da energia elétrica, cujas aplicações permitem, utilizar como matéria-prima na indústria na fabricação de combustíveis sintéticos limpos e como reservatório de energia, estimando-se que o consumo de hidrogênio verde representará entre 10% e 20% do consumo mundial de energia. O roadmap do projeto mostra que em 2030 o gás gerado pela fotoeletrocatálise competirá em custos com oa produzidos por biometano e eletrólise, com o Instituto de Pesquisa Energética da Catalunha, o Instituto Eletroquímico da Universidade de Alicante, a Fundação Hidrogênica de Aragão e a empresa de engenharia Magrana, envolvidos no projeto. O plano prevê operação de planta teste em Puertollano, Ciudad Real, em 2024, com capacidade para produzir 100 kg de hidrogênio renovável/dia e, em 2028, uma planta será instalada no mesmo local com capacidade industrial de produção de até 10 toneladas/dia. Na agenda europeia, 37% dos 72 bilhões de euros em transferências diretas à Espanha do Next Generation EU Fund, são reservados à transição no modelo de energias renováveis.
Moral da Nota: localização geográfica e potencial proporcionado pelo número de horas de sol/ano abrem à Espanha a perspectiva de estabelecer-se no futuro como país exportador de hidrogénio verde, com o gás produzido tendo transporte assegurado pela infraestrutura de gás embora possa ser transformado em combustível sintético não poluente. Repsol e Enagás investiram oito milhões no projeto que conta com 40 patentes concedidas das 65 solicitadas, em mais de 30 países e, sob a égide dessas corporações foi criada a empresa a Sunrgyze para atrair investidores e, em 2030, o modelo de negócios dessa startup envolverá venda de licenças da tecnologia que está em desenvolvimento.