O C5ISR, Centro de Comando, Controle, Comunicações, Computador, Cibernético, Inteligência, Vigilância e Reconhecimento, do Exército americano desenvolve capacidade de gerenciamento de dados em nível tático através da Blockchain, parte do programa Information Trust, com ecologia testada entre várias de protótipo no NetmodX, Network Modernization Experiment na Base Conjunta McGuire-Dix-Lakehurst, New Jersey. Em essência, segundo o engenheiro de computação do C5ISR, Humza Shahid, o programa fornece “forma matemática e verificável de examinar dados, do sensor ao atirador e do produtor ao consumidor”. Na guerra moderna, exércitos são mais vulneráveis a ataques cibernéticos que físicos, sendo que a infraestrutura digital requer reforço adicional considerando que ataques a linhas de apoio ou comunicação podem causar ruptura. O sequestrar do controle de uma rede, permitem manipular transmissões de dados antes que cheguem ao usuário final, cuja intenção é negar tal possibilidade migrando à blockchain segura, eliminando ataques de “homem no meio” dando aos comandantes confiança nas informações em decisões críticas. Enquanto executava o NetModX, funcionários do programa trabalhavam na tecnologia de confiança da informação, com foco no aprimoramento dos aplicativos de autenticação. Shahid acrescentou que fizeram isso “para validar quem se espera que o usuário seja, sem olhar apenas ao seu login”. O Exército também melhorou a integridade dos dados à medida que cruzavam a rede através de aplicativos de aprendizado de máquina, detectando anomalias nos dados transmitidos, se concentrando na proveniência e “no ambiente tático em forma de ondas de rádio com conectividade limitada, olhando blockchain para fornecer imutabilidade ou rastreabilidade”.
Já a USAF olha blockchain como sistema de gerenciamento de batalha através da Raytheon BBN Technologies, explicando em comunicado ter ganho contrato de US$ 495.039 intitulado “Caracterizando a aplicabilidade e relevância da Distributed Ledger Technology, DLT, no Air C2”, CARDIAC, do Laboratório de Pesquisa da Força Aérea, AFRL. O contrato significa que cientistas e pesquisadores da Raytheon considerarão como blockchain e contabilidade distribuída beneficiam a capacidade do comandante de manter os olhos nos céus e a segurança dos pilotos, no entanto, poucas informações existem sobre a extensão do projeto e se ele passará ao estágio de desenvolvimento. A blockchain, segundo o coronel Neil Barnas, pode ser trunfo ao C2 da USAF, acrescentando que distribuir sistemas de outro modo centralizados os torna menos vulneráveis a ataque inimigo, explicando que “se tem um único sistema de comando e controle para governar todos os demais, na verdade, acaba de criar um alvo.” Em relação a modernização do C2 foi solicitado US$ 435 milhões ao "Sistema Avançado de Gerenciamento de Batalha" que liga a USAF a capacidade de combate da Força Espacial, justificando que “ferramentas avançadas e letais” auxiliam aviadores “prevalecer na luta de ponta”.
Moral da Nota: o sistema inserido na C5ISR armazena dados sobre interações do usuário observáveis eletronicamente e utilizados para aumentar segurança cibernética. No conceito que o Departamento de Defesa utiliza abordagem blockchain reforçando proteção de segurança cibernética, o relatório explora o potencial de um livro-razão distribuído como parte da estratégia de modernização digital em grande escala e como parte do roteiro de mudança até 2023. Em 2019, a Tezos tornou-se a primeira blockchain usada para fins operacionais por entidade pública, com o exército francês utilizando para validar despesas judiciais através de contrato inteligente, especificamente, divisão de crimes cibernéticos do exército francês, CN3, em programa que permitiu ao CN3 adquirir pagamentos de criptomoedas de fundos alocados pela Europol para pagar os custos operacionais e garantir que esses fundos permaneçam rastreáveis e auditáveis, com a Tezos registrando cada custo criando contrato inteligente na blockchain para a tarefa. Por fim, a Raytheon já investiu antes em blockchain através de acordo com a Forcepoin, divisão da empresa que a viu ganhar patente blockchain descrevendo sistema de monitoramento e gerenciamento do comportamento do usuário.