sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Moeda digital

90% do PIB global explora CBDC investindo recursos em pesquisas, casos de uso e, entre as principais economias, a China progrede implementando o yuan digital nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022. Primordial entender oportunidades e desafios de moeda digital de banco central ou CBDC, em andamento em 81 países, com cinco nações implementando totalmente a versão digital de sua moeda conforme o novo rastreador do Conselho Atlântico. O Caribe abriga cinco CBDCs atualmente em uso, com Bahamas, Saint Kitts e Nevis, Antígua e Barbuda, Santa Lúcia e Granada implementando seus sistemas de caixa digital, com o Reserve Bank of India estudando os primeiros passos à eventual CBDC e em estágio piloto 14 outros países incluindo Coréia do Sul e Suécia, segundo o tracker. stabelecido em 1961, o Atlantic Council é organização apartidária promovendo a liderança da América em assuntos mundiais, sendo que o rastreador CBDC monitora 83 países e uniões monetárias.

Os quatro maiores bancos centrais, FED dos EUA, Banco Central Europeu, Banco do Japão e Banco da Inglaterra investigam CBDCs com os EUA mais atrasados ​​em termos de desenvolvimento. O FED investiga há vários anos e seu presidente Jerome Powell indicou que o desenvolvimento do dólar digital é "prioridade muito alta" no combate ao crime financeiro e o presidente do Fed Bank de Nova York, John Williams, acredita que o surgimento de criptomoedas levanta desafios aos bancos centrais. A China indicou que estrangeiros poderão usar o yuan digital nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, desde que compartilhem informações de passaporte com o banco central, enquanto senadores dos EUA incluindo a defensora do BTC, Bitcoin, Cynthia Lummis, pediu aos atletas americanos boicotarem o yuan digital. O Banco Popular da China informa que quase 21 milhões de pessoas já abriram uma carteira virtual buscando usar o yuan digital.

Moral da Nota: marcos regulatórios à stablecoin foram estabelecidos por pesquisadores do Fed e Yale, com Gary B. Gorton de Yale e Jeffery Zhang do Conselho de Governadores do Sistema da Reserva Federal como co-autores do relatório intitulado "Taming Wildcat Stablecoins". No artigo publicado na SSRN eLibrary, Gorton e Zhang, argumentam que "moedas produzidas de forma privada" como stablecoins "não são meio de troca eficaz porque nem sempre são aceitas e sujeitas a picos", no entanto, propõem soluções para abordar o que chamam "riscos sistêmicos criados por stablecoins". Após mergulho na história do dinheiro privado, desde a Era do Free Banking nos EUA, período de 1837 a 1864, concluem que formuladores de políticas têm duas opções em relação à regulamentação de stablecoins, ou, fazer stablecoins equivalente a dinheiro público ou introduzir uma CBDC envolvendo taxação de stablecoins privados até que desapareçam. Na primeira opção o governo exigiria que moedas estáveis ​​sejam emitidas via bancos segurados pelo FDIC, ou, estipular que moedas estáveis ​​sejam garantidas por títulos do Tesouro no Federal Reserve. Em paralelo surge o Grupo de Trabalho do Presidente Biden sobre Mercados Financeiros para discutir Stablecoins, com reguladores avaliando benefícios e riscos potenciais das CBDCs. Em paralelo ainda o presidente do FED, pediu regulamentação mais rígida de ativos como o Tether, USDT, (atrelado ao dollar) em depoimento na Câmara dos Representantes dizendo que criptomoedas não entrarão no universo dos pagamentos de curto prazo pela extrema volatilidade de seus preços. Por fim, pesquisadores do Fed estão mais abertos à ideia de CBDC, embora, seus pares na Ásia e Europa, não, com os EUA sem planos imediatos ao dólar digital potencial e, apesar da atitude hostil em relação ao Bitcoin, BTC, a China emerge como pioneira na emissão de moeda digital controlada centralmente.