O cultivo agroecológico no nordeste do Brasil contribui à segurança alimentar, apesar do algodão orgânico ter entre nós crescimento lento. Relatório da Textile Exchange avisa que o Brasil se coloca nas últimas posições com 0,04% da produção mundial entre os 19 países produtores de algodão orgânico, no entanto, houve ganho em escala de 335% na safra 2018/19. O plantio de algodão orgânico no Brasil ocorre predominantemente no Nordeste, inserido na agroecologia, sendo a Paraíba o estado com maior produção e desde 2015 desenvolve o Projeto Algodão Paraíba, parceria governo/Embrapa, apoiando núcleos de pequenos agricultores. Outro fato é que metade das empresas do segmento têxtil e de confecção encontra-se na região sudeste, sendo que na região central da cidade de São Paulo estima-se que bairros conhecidos tradicionalmente por formar o maior pólo produtivo de roupas do país, como Brás, Bom Retiro e Vila Maria, descartam mais de 60 toneladas de resíduos têxteis por dia. O algodão leva para se decompor de 10 a 20 anos e os tecidos sintéticos entre 100 e 300 anos com o poliéster podendo levar até 400 anos.
A economia circular na indústria da moda é alternativa na redução de resíduos e poluição, prolongando utilização das peças e regenerando sistemas naturais, no entanto, se apresentam como último recurso a reutilização, o reparo, a remanufatura e a reciclagem. O relatório “Fios da Moda” aponta que a reciclagem não é tarefa incentivada e descarte é sem custos aos produtores que pagam aos catadores entre R$ 0,30 e R$ 0,60 pelo quilo de resíduos têxteis recolhidos. A economia circular inclui a regeneração de terras agrícolas e florestais, diminuição de emissões de GEE, cuidados com o uso e poluição das águas e valorização do indivíduo nas etapas da cadeia produtiva. Iniciativa nesta direção é a Re-Roupa, cuja metodologia no reaproveitamento de tecidos e transformação de peças é aplicada em oficinas de criação coletiva e capacitação. O conceito de upciclyng prega a reutilização criativa de peças em vez do descarte, iniciativa praticada por novas marcas, sendo que o movimento Fashion Revolution conscientiza sobre impactos socioambientais do setor criando a Brasil Eco Fashion Week, semana dedicada à moda sustentável.
Moral da Nota: a Covalent utiliza a IBM Blockchain para rastrear o impacto do carbono de seus produtos de moda baseados em AirCarbon no IBM LinuxONE, criando um novo nível validado de mapeamento de impacto ambiental. Trabalhando com o parceiro de negócios IBM Cognition Foundry, provedor de serviços integrador de sistemas, a Covalent hospeda a solução IBM Blockchain no IBM LinuxONE, um servidor para cargas de trabalho de missão crítica. A Covalent é marca de produtos de moda lançada pela Newlight Technologies, usando tecnologia IBM Blockchain no IBM LinuxONE, permitindo que consumidores rastrearem a pegada de carbono e a cadeia de suprimentos dos acessórios de moda sustentáveis baseados no AirCarbon, incluindo tudo, desde óculos a bolsas. Produtos Covalent são trablhados com AirCarbon, biomaterial fundido feito por microrganismos e usado como alternativa à fibra, ao plástico e ao couro, sendo o AirCarbon certificado como carbono negativo pela Carbon Trust significando que reduz a quantidade de carbono no ar. Produtos em AirCarbon da Covalent fornecem padrão de rastreabilidade pela aplicação da tecnologia IBM Blockchain, sendo que em cada produto covalente há um número impresso de 12 digitos conhecido como "Data de carbono", que representa hora em que o AirCarbon foi usado para fazer aquele produto específico. Inserido no site Covalent o número permite rastrear etapas de execução da criação de cada item, sendo que a jornada da cadeia de suprimentos que deu vida a cada produto é armazenada em um livro-razão blockchain, do momento em que o AirCarbon foi formado e moldado em uma bolsa até a informação de quem verificou de modo independente sua impressão carbono digital e quando foi movido ao armazém.