A filosofia tem a capacidade de expandir o pensamento crítico e criativo, sendo que argumentos filosóficos podem emergir casos imaginativos extremos e mergulho em hipóteses frequentemente estimulantes levando ao pensamento criativo com abordagem lógica e metódica. Estudar o instrumentalismo, ideia filosófica de que a ciência não descobre verdades fundamentais sobre o mundo apenas fornece ferramentas que ajudam navegá-lo, permite fluidez na pesquisa e procura por ferramentas úteis onde quer que possam ser encontradas.
A lógica formal é utilizada na transição de um cientista de graduação em laboratório ao cientista computacional e conforme aprende linguagens de codificação envolvendo elementos como operadores lógicos e raciocínio, conhece a inferência ou o processo de chegar a conclusões a partir de evidências e raciocínio. Ler, estudar e avaliar argumentos filosóficos como premissas e conclusões, moldam capacidade de examinar evidências e conclusões em relatórios de pesquisa. Entre indução e dedução, considerando no primeiro caso o exemplo 'esses sapos são todos deste lago e são todos verdes, portanto, todos os sapos no lago são verdes', ao passo que no segundo caso 'todos os sapos neste lago são verdes e este sapo é deste lago, portanto, este sapo é verde', não se avalia metodicamente os argumentos. A filosofia trouxe grandes questões a familiaridade ficando mais acessível perguntá-las na vida cotidiana, como exemplo, a discussão sobre randomização mendeliana, um método de pesquisa genética que identifica fatores de risco modificáveis às doenças, pode levar a discutir como fatores socioeconômicos precisam ser contabilizados estatísticamente. O desafio encontra-se na idéia da motivação e objetivos na pesquisa e quais oportunidades buscar, em vez de ser movido apenas pela curiosidade científica a motivação vem do desejo de desenvolver positivamente os diversos setores do conhecimento.
Moral da Nota: a convergência entre filosofia e ciência pode ser vista no experimento da Nave de Teseu, experimento de pensamento questionando se um objeto que teve todos os seus componentes substituídos permanece fundamentalmente o mesmo. A filosofia além de métodos e dados impulsiona examinar interna e externamente valores e ética por trás da ciência, sendo que pesquisadores são humanos e a subjetividade e valores influenciam inevitavelmente o trabalho. Escolhas diárias de cientistas podem levar a impactos éticos como escolhas de cores em figuras publicadas, genotipagem apenas de populações de ascendência européia, pesquisa em grupos vulneráveis sem oferecer proteção e ajuda ou mesmo questões que escolhemos seguir.