O setor blockchain 2020 cresceu em relação aos mercados financeiros com preço do Bitcoin, BTC, dando suporte sendo que o espaço blockchain empresarial foi bem-vindo em redes públicas, código-fonte aberto e outros elementos não vistos ou definidos por redes privadas fechadas. A “tokenização” é processo que permite ativos financeiros como faturas, serem enviados a participantes da rede garantindo as partes receberem mesmas informações ao mesmo tempo, registrado em livro razão blockchain, garantindo confiança e transparência entre partes. Dentre as tendências do blockchain empresarial, a tokenização impulsiona Internet de valor ou “The Internet of Value”, termo cunhado por Don Tapscott autor e fundador do The Blockchain Research Institute. Em 2016 Tapscott previu em palestra que organizações moveriam ativos digitais, incluindo dinheiro, música, arte e etc através de redes blockchain semelhante ao modo como criptomoedas são transferidas, dizendo explicitamente que "uma vez lá, é imutável. Você não pode hackear. Isso cria as condições de prosperidade à bilhões de pessoas”. A Interwork Alliance ou IWA desenvolve padrões para compreender conceitos do modelo de token, sendo que o IWA é focado em casos de uso de sustentabilidade e financiamento comercial. Descobrir um padrão global para tokenizar créditos de carbono também é prioridade atual da aliança.
A reputação de redes fechadas, privadas e caras, alavancadas por empresas como Walmart foi confrontada em 2020 com blockchain corporativo provando que blockchains públicos como Ethereum oferecem escolha melhor à alguns usuários corporativos. Soluções de privacidade e segurança em redes públicas blockchain como Ethereum são atraentes via provas de conhecimento zero, garantindo que dados nas redes públicas sejam transparentes e seguros quando necessário. Em dezembro de 2019 a Ernst & Young explicou como blockchains públicos tornarão obsoletos os blockchains privados, embora blockchains privados sejam alavancados, mais empresas usam blockchains públicos com benefícios não fornecidos por redes privadas. The Baseline Protocol, conjunto de técnicas em mensagens ponto a ponto, criptografia de conhecimento zero e blockchain, coordenam fluxos de trabalho complexos e confidenciais além de utilizar blockchain como middleware demonstrando como a rede Ethereum pode ser usada resistente à violação. O protocolo de linha de base, rede principal Ethereum, ou rede blockchain usada como referência à sistemas tradicionais de registro é caso de uso demonstrado pela Coke One North America para otimização da cadeia de suprimentos. Quanto ao "DeFi empresarial", estão previstas operações de serviços financeiros com ativos tokenizados e moedas estáveis garantidas por ativos fiduciários tornando a movimentação financeira fácil e menos custosa. Protocolos DeFi provaram potencial de habilitar valores mobiliários digitais programáveis e autônomos, no entanto, regulamentos e padrões devem ser estabelecidos para avançar.
Moral da Nota: o relatório Tendências Blockchain de 2020 da Deloitte avisa que iniciativas blockchain em testes clínicos e cadeias de suprimentos farmacêuticas estão em andamento, embora poucos tenham alcançado a produção, prevê-se onda de soluções em operação assim que as questões regulatórias forem clarificadas. A Ernst & Young Canada compartilhou caso de uso conduzido com a Canadian Blood Services, organização sem fins lucrativos, para tokenizar doações de sangue. Rastrear dados gerados quando doações de sangue são retiradas e movidas pela cadeia de abastecimento, a EY Canadá aproveita a rede blockchain Ethereum apoiada pela plataforma EY OpsChain que rastreia doações da Canadian Blood Services em sete pontos, criando trilha de auditoria aprimorada à produtos de sangue. Esses exemplos são os primeiros casos de uso de tokenização, tendência que continuará nas empresas garantindo ampla adoção da tokenização. A pandemia acelerou a tendência de adoção Blockchain com a OMS lançando plataforma blockchain para detectar transportadores COVID-19 e pontos de acesso, rastreando dados de saúde dos usuários. Relatório da PwC com o OpenNodes, IBM e Ernst & Young mostra que o rastreamento de ativos e rastreabilidade são casos de uso mais importantes à tecnologia de razão distribuída. O Food Trust Network, lançada em 2018 pela IBM, ilustra como varejistas como o Walmart rastreiam alimentos até a origem aproveitando rede privada blockchain suprida por Hyperledger Fabric. As maiores transportadoras de contêineres do mundo se juntaram à plataforma blockchain da IBM e Maersk TradeLens, transformando digitalmente cadeias de suprimentos, utilizando conhecimentos de embarque eletrônicos, compartilhando digitalmente informações de embarque permitidos entre entidades da cadeia de suprimentos. A Coke One North America aproveita o Protocolo de Linha de Base para enviar faturas tokenizadas à participantes da cadeia de suprimentos além de tokenizar faturas, no entanto, acordos relativos ao compartilhamento de dados devem ser estabelecidos mostrando que faturas e transações financeiras sejam válidas e devem ser processadas para pagamento.