Pesquisa Deloitte intitulada "Financial Services Industry Outlooks 2020, sugere que instituições financeiras apostarão na blockchain em 2021. Resultados preliminares indicam que 27% das instituições entrevistadas planejam “ligeiro aumento nos gastos” à tecnologia blockchain e razão distribuída, 14% preparam grande aumento, 33% não esperam nenhuma mudança e 27% procuram cortar ligeiramente suas despesas. A pesquisa associou blockchain a variedade de tecnologias emergentes, embora não seja a mais popular no geral, parece polarizadora com porcentagem de instituições esperando grande aumento nos gastos sendo a segunda mais alta da amostra e computação em nuvem ligeiramente à frente, com 15%. A automação de processos robóticos parece ter deixado as instituições expressivamente decepcionadas, com 35% esperando reduzir seus gastos e inteligência artificial em terceiro lugar com 26% dos entrevistados esperando reduzir investimento. Já as instituições financeiras podem estar procurando aumentar investimento em privacidade de dados e cibersegurança, campos mais afins à soluções blockchain.
O chefe da equipe blockchain de serviços financeiros da Deloitte, disse que 2021 será “um ano de ruptura para tecnologias de blockchain e contabilidade digital” acrescentando que “as pessoas ficarão surpresas com a velocidade e o impacto percebidos neste espaço no próximo ano”. A Pesquisa Global Blockchain 2020 da Deloitte realizada em fevereiro/março 2020, mostra que 39% dos 1.488 executivos e profissionais de 14 países disseram que já incorporaram blockchain à produção das empresas, aumento de 16% em relação ao último ano, subindo para 41% considerando empresas com mais de US$ 100 milhões em receita. As entrevistas foram com executivos do Brasil, Canadá, África do Sul, Alemanha, Hong Kong, Irlanda, Israel, México, Cingapura, China, Suíça, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e EUA com “pelo menos um amplo entendimento blockchain, ativos digitais e tecnologia de contabilidade distribuída.” A pesquisa revela que as empresas priorizam cada vez mais blockchain e o potencial dos ativos digitais no futuro, com o detalhe, que os números altos podem se relacionar a práticas de contratação decorrente 82% dos entrevistados dizerem que vão contratar funcionários "com experiência em blockchain" nos próximos 12 meses, no entanto, 83% disseram que perderia vantagem competitiva se não começasse adotar blockchain.
Moral da Nota: o relatório informa que "quase 89% disseram acreditar que os ativos digitais serão muito ou um pouco importantes para seus setores nos próximos três anos" e "uma maioria absoluta, 53%, relata que ativos digitais serão muito importantes." Observar que nem todas as respostas à inovação blockchain foram positivas já que a pesquisa mostra que 54% dos entrevistados acreditam que "blockchain é exagerada", aumento em comparação aos 43% que disseram o mesmo em 2019 e 39% em 2018. Vale lembrar que alguns países aceitaram a blockchain mais que outros, sendo que 31% dos entrevistados nos EUA disseram que já possuíam a tecnologia em produção, número quase o dobro, 59%, na China. Daí que ativos digitais são cada vez mais populares na Ásia, com 94% na China dizendo que "fortemente" ou "um pouco" acreditam que ativos digitais servirão como alternativa ou substituto à moeda fiduciária nos próximos 5 a 10 anos. A pesquisa Deloitte foi realizada nos estágios iniciais da pandemia e pesquisa semelhante em abril mostra que o interesse pela blockchain na China diminuiu significativamente, com 70% dos entrevistados permanecendo otimistas sobre seu potencial.