A salinização do solo causa gigantesco impacto econômico consistindo ameaça à agricultura decorrente a crise climática e poluição. Na região que envolve o delta do Ebro na Espanha, à medida que o nível do mar avança, resultado do aquecimento global, áreas costeiras são cada vez mais inundadas com água salgada, penetrando nos solos e subsolos, colocando colheitas em risco. Além de fazendas nas regiões de Delta, ocorre em circunstâncias outras que não a elevação do nível do mar por conta de temperaturas mais altas causando mais evaporação e aumentando a concentração salina no solo. Outras causas por trás da salinização são a contaminação por fertilizantes ou proximidade de indústrias. Por outro lado ondas de calor e secas, mais frequentes consequente a atual crise climática, obrigam ao aumento da utilização de lençóis freáticos e obtenção de água doce para beber e irrigar campos salinizando mais aqinda o terreno agravando a situação.
A salinização já afeta 20% das terras cultivadas do planeta, sendo que as chuvas podem dissipar esses sais, no entanto, chove cada vez menos em países como a Espanha por exemplo. Estudo na Europa do final dos anos 1990 e início dos anos 2000, mostra a existência entre 30 e 70 milhões de hectares afetados pela salinização, ao passo que na Espanha, um milhão ou 20% da superfície para irrigação está comprometida pela salinização. Prevê-se que os hectares afetados no mundo aumentem em meio milhão a cada ano, estimativa 'otimista', pois é baseada na continuidade da situação atual que deve piorar. Calcula-se que os custos que a salinização acarreta na produção agrícola européia, sem contar infraestrutura e ambiente, atinge a casa dos 600 milhões de euros, cálculo considerando que os solos agrícolas salinos têm metade da produtividade dos não salinos. Pesquisa do Irta, Instituto de Pesquisa e Tecnologia Agroalimentar com metodologia 'pioneira no mundo' e publicada na revista 'Environmental Science & Technology', permite incluir o impacto da salinização do solo na análise do ciclo de vida da produção alimentar.
Moral da Nota: a principal consequência econômica da salinização é a perda de produtividade das lavouras, com danos à infraestrutura agrícola e ao ambiente. Lembrando que infra-estrutura se relaciona a rega e danos como perda de terras agrícolas por erosão, contaminação de aquíferos, pântanos e rios pelo excesso de sal além de efeitos na biodiversidade. No entanto, quanto mais sal a terra contém, menos produtiva é, portanto, o agricultor utilizará mais fertilizante contribuindo ainda mais à salinização. O solo agrícola, considerado recurso valioso e escasso no mundo em que a regeneração de um centímetro de terra naturalmente pode levar até mil anos, remete ao fato que salinização representa ameaça à capacidade alimentar da Terra à população em crescimento.