sábado, 18 de abril de 2020

Blockchain, Esporte e Política

A tecnologia da contabilidade distribuída chega aos esportes através de aplicativos blockchain na emissão de bilhetes, merchandising e interações entre público e equipes esportivas. Na 16ª edição da Eurocopa, adiada para 2021, a realizar em 12 cidades no continente europeu com progressão das 24 melhores equipes, a emissão de bilhetes envolve mais de 28 milhões de solicitações de ingressos em 200 países. A UEFA investe em aplicativo móvel blockchain para fornecer ingressos aos torcedores, entregando 1 milhão através do aplicativo Euro 2021. Dentre os benefícios do sistema de emissão de bilhetes no aplicativo, está a impossibilidade de duplicidade ou falsificação, pois os torcedores quando chegarem ao estádio, simplesmente ativam o Wi-Fi nos respectivos smartphones que ativará códigos QR dos ingressos permitindo a entrada no estádio eliminando desperdício de papel. O principal benefício é a facilidade de distribuição entre grande número de países, impulsionando indústria blockchain como tendência à outros prestadores de serviços.
Outra aplicação blockchain está no incentivo e facilitação do ato de votar em assuntos do clube através da plataforma ‘Socios’. A plataforma de engajamento de torcedores utilizando blockchain, ‘Socios’, dá o tom à sua adoção no mundo esportivo. Permite organizações e equipes esportivas lançarem seus próprios tokens para atividades na plataforma, com usuários participando na votação de decisões do clube, bem como utilização de tokens para acessar conteúdos e recordações. Os maiores clubes de futebol do mundo como Barcelona, Juventus, Paris-Saint Germain, Galatasaray, Atlético de Madri e A.S. Roma, caminham nesta direção. Através da Chiliz, fintech que criou a ‘Socios’, que se associou à agência de marketing Lagardere Sports and Entertainment esperando integrar equipes e organizações na plataforma por meio da Lagardere.
Moral da Nota: o exemplo acima, adiado por questões de pandemia, sem falar da blockchain na olimpiada também adiada, deve servir de base prática a outra atividade entre nós bastante em evidência. Supondo plataforma de contabilidade distribuída talvez de nome ‘Voto’, englobando todos os partidos políticos com seus respectivos militantes votando através de smartphone em convenções, escolhendo candidatos, buscando consenso partidário em horas de disputa, de custo operacional e transparência comprovados, certamente colocaria a administração do sistema político partidário atual, pesado e caro, na história.