sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Oracle e a World Bee Project

Pesquisa da Food Safety News indica que 76% do mel vendido nos EUA é falso, não contém pólen e ainda contém toxinas, daí, a necessidade blockchain na rastreabilidade de alimentos e no conhecimento da origem e transferência. Empresas utilizam ultra-filtração que remove o pólen do mel tornando-o  mais durável dificultando identificação do país de origem, daí, reguladores de alimentos não podem rastrear o mel falso da China ou Índia. A Wide Open Eats em artigo sobre indústria da lavagem de mel, identifica que o mel falso contém cloranfenicol um antibiótico proibido nos EUA. Na amostra 'Oracle OpenWorld Dubai', a Oracle demonstrou como o mel natural pode ser verificado por blockchain e em parceria com a World Bee Project (WBP) introduziu blockchain na cadeia de suprimentos garantindo origem de fontes ecológicas sustentáveis e desenvolvendo o rótulo "BeeMark" de garantia da autenticidade da origem. A parceria incluiu Simon Potts, consultor em polinização na UE e na Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU, para coletar informações Blockchain no peso das colmeias antes e depois da colheita.
A parceria identifica o mel falso garantindo que o mel vendido nas gôndolas de lojas e supermercados é natural e não contém agregados como açúcar. O rótulo “BeeMark” revisará a rastreabilidade do produto, incluindo informações de interesse como dados científicos e ecológicos. Incluirá informações através da blockchain para rastrear sustentabilidade do mel, segunda etapa de um projeto entre empresas para investigar o declínio da população de abelhas e encontrar soluções no manejo dessas populações. A Blockchain verificará ingredientes resolvendo o problema do mel contaminado na cadeia de suprimentos, garantindo segurança e autenticidade do produto in natura. A Oracle e a WBP trabalharam ainda no 'World Bee Project Hive Network', projeto na nuvem para entender as abelhas e coletar dados remotamente em rede de colmeias conectadas e incorporadas ao Oracle Cloud, incluindo IA, visualizando aos pesquisadores as relações entre abelhas e ambientes. A tecnologia IoT através da World Hive Network identifica quais colméias foram colhidas, inserindo as informações na plataforma Oracle Blockchain. A Oracle observa e coleta a qualidade do mel observando a saúde das abelhas, temperatura, quantidade de mel produzido, necessidades das abelhas no inverno e a partir daí, realiza o resto da colheita com processos de esmagamento, colheita do favo de mel, purificação ou fermentação. 
Moral da Nota: pesquisadores analisarão dados acústicos nas colmeias inteligentes, incluindo movimento de asas e extremidades, combinados com medições de temperatura, umidade e produção de mel, monitorando colônias de abelhas, detectando padrões, prevendo comportamentos e permitindo busca de soluções. A oracle analisa o tipo de pólen na localidade das colmeias onde o mel foi colhido, a "assinatura" do pólen na fonte e a verificação de manuseio, por exemplo, filtração ou diluição. Além disso pesquisará o  habitat em torno das colmeias ou quanto o agricultor reserva da terra para cultivar ao longo do ano plantas amigáveis ​​a polinizadores, analisando imagens aéreas da Terra e como ela é dividida.