A ideia de economia social aparece na segunda metade do século XIX e se expande nas exposições universais francesas, quando em 1855 foi acolhido o conceito de 'economia caritativa' no espaço da economia doméstica. No livro 'Novo tratado de economia social' de 1830, Charles Dunoyer dá primasia a expressão 'economia social' em detrimento a 'economia política' expondo causas da influência sobre os homens no uso de suas forças com mais liberdade e potência. Já no 'Tratado de economia política' de 1834 de Villeneuve-Bargemont, baseado na Moral Cristã, associa conceitos de Economia Social e Economia Caritativa.
O fundador da economia política moderna, Léon Walras, em 'Quatro escolas de economia social' de 1890 basea-se em Conferências sobre a Escola Autoritária cujo domínio se dá pelo dogma religioso e a autoridade patronal, sobre a Escola da Liberdade com forte inspiração liberal, sobre a Escola Coletivista identificada a época com o Socialismo e por fim, sobre a Escola da Solidariedade baseada na Cooperação. Em 1842 Constantin Pecqueur publica a 'Nova teoria de economia social e política' refletindo sobre a organização das sociedades, com conceitos socialistas dominados por ideias de 'associação' e 'cooperativismo.' Em 1855 as exposições francesas acolhem a 'Economia Caritativa' no espaço dedicado à Economia Doméstica. Em 1867 é a vez da Economia Social a caminho do auge em 1889, com um pavilhão de 1.200 expositores até que em 1900 com 'Palácio da Economia Social' consegue 6.000 expositores de 40 países. A renovação do pensamento socialista passados quase trinta anos, Benoît Malon revê o conceito socialista com o 'Manual de economia social' de 1883. O conceito de Economia Social, segundo Edgard Milhaud, na revista 'Les Annales' criada em 1908 dedicada à Economia Coletiva, concebia como o conjunto da Economia Pública e da Economia Social.
Moral da Nota: o movimento "Espaço da Economia Social" com dez entidades mutualistas europeias, pretende ganhar espaço na política européia visando evoluir ou apresentar alternativas ao atual momento. Certamente terá espaço na quarta revolução com a economia digital encurtando distâncias ou alavancando áreas estagnadas pelo atual ecossistema predominante.