quinta-feira, 7 de março de 2019

Setor financeiro agrícola

O jornal malaio de língua inglesa The Star informa que o Estado de Penang, na Malásia, planeja blockchain para rastrear produtos agrícolas nas cadeias de fornecimento de alimentos. A principal vantagem está nos dados armazenados em rede descentralizada e inalterados. A tecnologia melhora segurança, reduz custos operacionais evitando intermediários. Usada em diversas aplicações no setor agrícola cujos consumidores por códigos de barras rastreariam a origem do produto, ou, seriam alertados pela indústria sobre surtos de doenças transmitidas por alimentos.
Tanto a França quanto a China consideram à nível estadual a tecnologia blockchain na agricultura. Na inauguração da 56ª edição da Feira Agrícola Internacional em Paris, o Presidente francês falou da necessidade em autenticar e monitorar produtos agrícolas, por preocupações crescentes sobre questões como o recente escândalo na Polônia da carne bovina. Pediu união com a indústria agrícola européia no combate a concorrência dos mercados chinês, russo e americano. Justificou a blockchain como ferramenta inovadora, permitindo a UE trabalhar de modo eficaz e transparente. No futuro, explicou, a política agrícola européia se baseará na proteção dos agricultores e consumidores contra alterações climáticas e riscos de mercado, buscando agricultura mais verde, além de utilizar tecnologia e inovação na resolução dos desafios do setor. O governo chinês por sua vez, publicou “Orientações sobre a Revitalização dos Serviços Rurais nos Serviços Financeiros,” diretriz buscando eficiência dos serviços financeiros na revitalização rural do país, fortalecendo a blockchain, “melhorando identificação, monitoramento, antecipando alertas e eliminando níveis de riscos ao crédito agrícola.” Tal diretriz foi em parceria com Banco Popular da China, a Comissão Reguladora do Setor Bancário, a Comissão Reguladora da China Securities, o Ministério das Finanças e o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais.
Moral da Nota: a blockchain impacta financiamento agrícola, simplificando coleta e compartilhamento de dados. A triagem de clientes baseada em blockchain melhora a avaliação do crédito agrícola, aumentando o número de empréstimos emitidos e diminuindo risco dos credores.
Em tempo: a blockchain na China tem escalado espaço nos serviços de proteção dos direitos autorais em seus meios de comunicação, sendo que o país lidera a aplicação em vários setores. Depositou em 2017 na World Intellectual Property Organization (WIPO), metade das 406 patentes ou 225, seguida pelos Estados Unidos com 91 e Austrália com 13.