Prêmio de Ciências Econômicas é o nome oficial do Nobel de Economia, único dos seis prêmios que não foi criado por Alfred Nobel e adotado em 1968 por doação à Fundação Nobel pelo Banco Nacional da Suécia. Foi outorgado 49 vezes a 79 pessoas, apenas uma mulher, a americana Elinor Ostrom que em 2009 dividiu com Oliver Williamson, por sua análise sobre política econômica das propriedades comuns.
No corrente ano a Real Academia Sueca de Ciências anunciou a atribuição do Prêmio aos norte-americanos William D. Nordhaus e Paul M. Romer, por integrarem alterações climáticas e inovação na análise macroeconômica, considerado "um momento histórico." A Academia nos informa que "projetaram métodos que abordam algumas das questões mais fundamentais e de maior pressão" além de "os desenvolveram para relacionar algumas das perguntas mais básicas e prementes." Esclarece "como criar crescimento econômico sustentado e sustentável a longo prazo" sendo que "os contributos de Paul Romer e de William Nordhaus são metodológicos oferecendo perspectivas sobre causas e consequências da inovação e clima." Conclui afirmando que não dão "respostas conclusivas" e que "suas descobertas levam-nos a estar mais perto de responder a questão sobre como podemos atingir um crescimento econômico global sustentado e sustentável."
Nordhaus, segundo a Academia, demonstra como a atividade econômica se relaciona com a química e física básicas no provocar alterações climáticas. Professor da Universidade de Yale, foi "o primeiro a criar um modelo quantitativo para descrever a interação global entre a economia e o clima," hoje amplamente utilizado para verificar as consequências das políticas climáticas. O Nobel defende que a forma mais eficiente em atacar problemas das emissões de gases poluentes é um esquema global de impostos sobre o carbono, aplicado de forma uniforme em todos os países. Quanto a Paul Romer, ex economista-chefe do Banco Mundial e membro da Stern School of Business da Universidade de Nova Iorque, suas pesquisas mostram que “a acumulação de ideias sustenta o crescimento econômico no longo prazo. Demonstrou como forças econômicas estão por trás da vontade das empresas em gerar novas ideias e inovações.” Construiu as bases do que se conhece como “a teoria do crescimento endógeno,” que “gerou grande quantidade de novas pesquisas em regulamentações e políticas que fomentam ideias novas e a prosperidade em longo prazo.” Esta teoria, acabou por conduzir a "novas pesquisas na área da regulação e de políticas que encorajam novas ideias e prosperidade a longo prazo."
Moral da Nota: "muitas pessoas pensam que proteger o ambiente vai custar tanto e ser tão difícil que apenas querem ignorar o problema. Podemos conseguir progressos substanciais na proteção do meio ambiente sem renunciar à possibilidade de sustentar o crescimento." (Paul Romer, Prêmio Nobel de Economia)