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quinta-feira, 16 de março de 2023

Infraestrutura

Estudo da sociedade XDI, sediada na Austrália especializada em avaliar riscos climáticos à investidores e analistas financeiros sobre questões do aquecimento global e áreas construídas, nos avisa que regiões econômicas estratégicas da China e EUA são as mais expostas às consequências das mudanças do clima, no entanto, a Índia figura entre os primeiros e, regiões do Brasil e Argentina se destacam entre as 50 mais expostas. A metodologia XDI considera 8 fatores de risco, como, inundação de rios, inundações costeiras, calor extremo, incêndios florestais, movimento do solo devido à seca, vento e geada extremas e neve. A base dos modelos é cenário do, IPCC, Grupo Intergovernamental de Especialistas em Mudanças Climáticas, em aquecimento global superior a 3°C antes do final do século em relação à era pré-industrial, cenário, utilizado por bancos em suas avaliações de risco. Avalia que  80% dos 50 territórios mais expostos se espalham nestes três países sendo que as dez primeiras novas, província de Jiangsu (1), Shandong (2) e Hebei (3) alguns estados de importância econômica figurando entre os primeiros da lista, como Flórida (10), Califórnia (19) ou Texas (20), em universo que estudou 2.600 regiões. Na América do Sul, o maior risco climático são os estados de São Paulo (33), Santa Catarina (45) e Minas Gerais (47) e a província argentina de Buenos Aires (40). O principal risco se deve as inundações fluviais e pluviais e, no caso de Buenos Aires, há  exposição à elevação do nível do mar sendo que na Europa, o território mais exposto aos impactos das mudanças climáticas é a Baixa Saxônia (56).

Neste contexto, a Austrália do Sul inicia monitoramento remoto de saúde rural 24 horas por dia, 7 dias por semana, através de serviço gratuito à pacientes em risco, idosos residentes e pacientes com Covid, sendo financiado pela Rede Primária de Saúde do País SA, serviço que será prestado pela Rede Clínica Cardiovascular Integrada de Apoio Rural. O serviço gratuito, disponível à indivíduos a partir de 15 anos com indicação do médico de família, fornece ao paciente kit de monitoramento que mede em casa sinais vitais, incluindo pressão arterial, níveis de oxigênio, pulsação e temperatura.  Acompanha o kit um tablet  para inserir dados de saúde via site seguro, dados, revisados ​​por enfermeira que pode explicar sobre os próximos passos, via link de vídeo ao vivo a qualquer hora do dia, 7 dias por semana. O serviço é para pacientes com risco de hospitalização, incluindo infecções cardíacas e respiratórias; residentes de cuidados a idosos e pacientes com Covid em comorbidades crônicas. O Ministro da Saúde da Austrália do Sul, SA, informa que o fornecimento de monitoramento de saúde remoto 24 horas por dia reduzirá internações desnecessárias garantindo acesso a cuidados urgentes de alta qualidade nas casas dos pacientes apoiando médicos de família rurais por conta de 7 milhões de australianos, ou , 28% da população vivendo em áreas rurais e remotas e,  com base em dados do Instituto Australiano de Saúde e Bem-Estar, a população que vive em áreas remotas foi hospitalizada 2 vezes mais que as habitantes em grandes cidades, sendo que as visitas de Grupos de Prevenção foram menores entre pessoas em comunidades remotas que aquelas que vivem em áreas metropolitanas. A SA Health tenta reduzir internações hospitalares aproveitando telessaúde, sendo que em 2022, começou implantar serviço de atendimento virtual para idosos em parceria com o SA Ambulance Service nas residências, com  o SA Virtual Care Service oferecendo aos pacientes urgentes no local, avaliação personalizada por meio de link de vídeo e, durante o teste, o serviço reduziu admissões no pronto-socorro e chamadas de emergência à 70% dos pacientes.

Moral da Nota: metaverso e realidade aumentada podem contribuir à saúde, com médicos testando eficácia de métodos cirúrgicos antes de tentar em pacientes reais e, como extensão da telessaúde, profissionais médicos usam realidade virtual para acessar pacientes e examiná-los virtualmente. O metaverso atua como catalisador à tecnologias como blockchain, IoT e gêmeos digitais detendo poder de transformar a saúde e compartilhar conhecimento, como exemplo, neurocirurgiões da Johns Hopkins realizaram as primeiras cirurgias de realidade aumentada em pacientes vivos. O metaverso melhora desempenho cirúrgico geral em 230% em comparação com métodos tradicionais, conforme estudo de validação clínica da Escola de Medicina David Geffen da UCLA, reduzindo ocorrência de erros diagnóstico via simulações e visualizações repetidas melhorando esforços de reabilitação cognitiva. Outros casos de uso de realidade virtual no setor de saúde incluem gerenciamento de pacientes e dores, prevenção de doenças, planejamento cirúrgico, treinamento imersivo, telessaúde, cirurgias remotas e simulações médicas. A George Washington University adotou ferramenta de realidade virtual para neurocirurgia, onde cirurgiões examinam virtualmente o cérebro e o corpo de um paciente antes da cirurgia resolvendo a falta de disponibilidade de laboratórios de treinamento presencial, reduzindo custos de viagens para conferências, equipamentos cirúrgicos e criando experiência imersiva de aprendizado prático. A telessaúde torna acessíveis cuidados de saúde de qualidade e a realidade virtual melhora a qualidade das consultas remotas enquanto a adoção de gêmeos digitais no espaço da tecnologia médica permitirá aprendizado profundo aprimorado e informações sobre pacientes, analisando grandes volumes de dados e representando-os visualmente para obter soluções mais precisas e direcionadas.

                                                     

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Infraestrutura

Além de identidade e votação, a Blockchain transforma serviços governamentais como estrutura ao crescimento econômico, no entanto, fornecer transparência e responsabilidade resultam em redução na eficiência e eficácia e, com a tecnologia da contabilidade distribuída, alavancarão justiça e eficiência. A mudança da manutenção de registros em papel à bancos de dados de computador foi uma dessas premissas,  não apenas melhorando a forma como o público interage com serviços governamentais mas avançando com implicações econômicas e sociais.

A Blockchain impactará na Identidade, base de interação com serviços públicos, atualmente com falhas na infraestrutura extensa e cara, com o Banco Mundial estimando que 1 bilhão de pessoas não possuem prova oficial de identidade, sendo fator a insegurança no sistema numérico de autenticação biométrica da Índia, conhecido como Aadhaar, por exemplo, vulnerável a fraudes, incluindo transferência de terras, obtenção de passaportes, empréstimos, votação e etc. A Blockchain mitiga pontos fracos acima com design descentralizado, tornando implantação e coordenação menos dispendiosa que projetos centralizados sendo a natureza sem confiança mais segura. Os contratos públicos foram 29% das despesas governamentais em países da OCDE em 2013, estimando que até um terço dos investimentos em projetos de construção com financiamento público são perdidos na corrupção e, com blockchain afetando aspectos do ciclo de aquisições, como grandes reformas na transparência e participação de partes interessadas. O projeto piloto dos sistemas de e-procurement em blockchain oferecem benefícios à transparência de procedimentos, manutenção de registros permanentes e divulgação honesta. Já a votação de sistemas em papel enfrentando problemas de custos, tempo e integridade a substituição pela urna eletrônica de registro direto, DRE, entre nós introduzida em 1996, pede aperfeiçoamento blockchain. A Universidade da Indonésia configurou sistema de verificação independente blockchain, garantindo resultados das eleições de abril de 2019 reportando 25 milhões de votos poucas horas após o fechamento das assembleias de voto e, em contraste, resultados oficiais só se tornaram públicos depois de semanas.

Moral da Nota: governos começam ver blockchain como infraestrutura essencial entendendo ser importante para desencadear atividade econômica, em última instância, adotados globalmente com China e UE como líderes. A China é pró-ativa em iniciativas blockchain, sendo que em dezembro de 2016 a tecnologia foi mencionada no 13º plano quinquenal nacional como tecnologia estratégica a par com inteligência artificial. Administrações locais realizaram projetos-piloto na tecnologia para aplicações que variam de iniciativas de cidades inteligentes à proteção ambiental e em outubro de 2019, testou Blockchain Service Network, BSN, descrita como "internet de blockchains" lançada oficialmente em abril de 2020. A BSN, está prestes a tornar-se o maior ecossistema blockchain do mundo e provavelmente constituirá base à coordenação entre empresas e setor público, no entanto, há temores que esteja potencialmente controlada e monitorada pelo governo, preocupações ignoradas por organizações que buscam acesso mais próximo e integração com empresas chinesas. A União Europeia apoia iniciativas blockchain de modo proativo semelhante às da China, embora em menor escala e ritmo mais lento, com o Observatório e Fórum Blockchain da UE emergindo em fevereiro de 2018 levando à formação da European Blockchain Partnership, EBP. Em 2019, o EPB criou a European Blockchain Services Infrastructure, EBSI, rede de nós distribuídos na UE com sete casos de uso específicos de desenvolvimento de serviços governamentais, promovendo cooperação público-privada sendo em paralelo formada a International Association for Trusted Blockchain Applications, INATBA, que reúne fornecedores e usuários de soluções blockchain com representantes de organizações governamentais e órgãos de definição de padrões de todo o mundo. Embora a abordagem européia esteja em menor escala e estágio inicial de progresso em relação ao BSN da China, há compromisso com abertura, transparência e inclusão significando que organizações internacionais se dispõe adotar estruturas desenvolvidas.


sábado, 5 de fevereiro de 2022

Infraestrutura sustentável

Análises e dados da OCDE abrangem setores e questões, muitos dos quais questionados no contexto da pandemia, envolvendo poluição do ar e água, agricultura e economia circular enfocando dimensões do meio ambiente, saúde ambiental e sustentabilidade mostrando medidas de recuperação com impactos positivos no ambiente aumentando de modo significativo, tanto em número como em orçamento. Gastos com medidas ambientalmente positivas representam 21% do total dos gastos de recuperação da pandemia de 17%, com medidas ambientalmente negativas e mistas representando 10%, além do apoio contínuo aos combustíveis fósseis provavelmente ultrapassando gastos pontuais de recuperação verde nos próximos dois anos, prejudicando esforços para cumprir metas climáticas de Paris, com desenvolvimento de habilidades e inovação insuficientemente tratados nos planos de recuperação verde, embora essenciais para alcançar transição rápida e justa às emissões líquidas zero. O relatório apresenta tendências agregadas de financiamento climático fornecido e mobilizado por países desenvolvidos à países em desenvolvimento no período de 2013/19, com tendências apresentadas por fonte de financiamento, tema e setor climático, geografia e instrumento financeiro, rastreando rumo ao desenvolvimento sustentável com indicadores fornecendo mensagens sobre as principais tendências ambientais em áreas como mudanças climáticas, biodiversidade, recursos hídricos, qualidade do ar, economia circular e recursos oceânicos. 

No entanto, diretrizes do G20 em Roma ao futuro do turismo identificam questões e oportunidades para repensar e reformular a política de turismo, respondendo impactos da pandemia e apresentando diretrizes para ação informadas pela necessidade de restaurar confiança e permitir a recuperação, aprender com a experiência da pandemia e priorizar agenda de desenvolvimento sustentável na orientação do turismo futuro, focada em áreas de política inter-relacionadas como mobilidade segura, gestão de crises, resiliência, inclusão, transformação verde, transição digital, investimento e infraestrutura, endossadas no comunicado de Roma da reunião de Ministros do Turismo do G20 2021. Clima e ambiente são prioridades urgentes à governos nos últimos anos com compromissos internacionais no Acordo de Paris, metas de Biodiversidade de Aichi sob a Convenção sobre Biodiversidade, CDB, e Metas de Desenvolvimento Sustentável, ODS, estimulando a OCDE priorizar objetivos verdes em processos de formulação de políticas. Países identificaram o processo orçamentário como desempenhando papel fundamental garantindo que as prioridades ao meio ambiente e mudanças climáticas façam parte do processo de formulação de políticas, daí, surgimento na OCDE de práticas de "orçamento verde" em que países usam o orçamento verde como ferramenta de formulação de políticas orçamentárias fornecendo compreensão de políticas dos impactos ambientais e climáticos nas escolhas orçamentárias, reunindo evidências sistemáticas e coordenadas à tomada de decisão informada para cumprir compromissos nacionais e internacionais.

Moral da Nota: a ação climática urbana é essencial às metas de emissões líquidas zero, representando mais de 50% da população global, 80% do PIB global, dois terços do consumo global de energia e mais de 70% das emissões globais anuais de carbono. Prevê-se que até 2050 mais de 70% da população mundial viverá em cidades, resultando crescimento da demanda por infraestrutura energética urbana, com cidades inteligentes representando oportunidade de redução no consumo de energia na demanda de serviço, melhorando estabilidade da rede e qualidade de vida. Sistemas de energia da próxima geração aproveitam big data e tecnologias digitais coletando e analisando dados em tempo real, além de gerenciar serviços urbanos mais eficientes, sendo que tais soluções transformam o cenário energético criando novas sinergias para reduzir emissões, melhorando eficiência e aumentando resiliência. Governos regionais estão em ampla gama de oportunidades, desafios e soluções de políticas auxiliando governos municipais capturar o valor significativo em sistemas de energia digital eficientes e inteligentes, independente de seu contexto único.