Além de identidade e votação, a Blockchain transforma serviços governamentais como estrutura ao crescimento econômico, no entanto, fornecer transparência e responsabilidade resultam em redução na eficiência e eficácia e, com a tecnologia da contabilidade distribuída, alavancarão justiça e eficiência. A mudança da manutenção de registros em papel à bancos de dados de computador foi uma dessas premissas, não apenas melhorando a forma como o público interage com serviços governamentais mas avançando com implicações econômicas e sociais.
A Blockchain impactará na Identidade, base de interação com serviços públicos, atualmente com falhas na infraestrutura extensa e cara, com o Banco Mundial estimando que 1 bilhão de pessoas não possuem prova oficial de identidade, sendo fator a insegurança no sistema numérico de autenticação biométrica da Índia, conhecido como Aadhaar, por exemplo, vulnerável a fraudes, incluindo transferência de terras, obtenção de passaportes, empréstimos, votação e etc. A Blockchain mitiga pontos fracos acima com design descentralizado, tornando implantação e coordenação menos dispendiosa que projetos centralizados sendo a natureza sem confiança mais segura. Os contratos públicos foram 29% das despesas governamentais em países da OCDE em 2013, estimando que até um terço dos investimentos em projetos de construção com financiamento público são perdidos na corrupção e, com blockchain afetando aspectos do ciclo de aquisições, como grandes reformas na transparência e participação de partes interessadas. O projeto piloto dos sistemas de e-procurement em blockchain oferecem benefícios à transparência de procedimentos, manutenção de registros permanentes e divulgação honesta. Já a votação de sistemas em papel enfrentando problemas de custos, tempo e integridade a substituição pela urna eletrônica de registro direto, DRE, entre nós introduzida em 1996, pede aperfeiçoamento blockchain. A Universidade da Indonésia configurou sistema de verificação independente blockchain, garantindo resultados das eleições de abril de 2019 reportando 25 milhões de votos poucas horas após o fechamento das assembleias de voto e, em contraste, resultados oficiais só se tornaram públicos depois de semanas.
Moral da Nota: governos começam ver blockchain como infraestrutura essencial entendendo ser importante para desencadear atividade econômica, em última instância, adotados globalmente com China e UE como líderes. A China é pró-ativa em iniciativas blockchain, sendo que em dezembro de 2016 a tecnologia foi mencionada no 13º plano quinquenal nacional como tecnologia estratégica a par com inteligência artificial. Administrações locais realizaram projetos-piloto na tecnologia para aplicações que variam de iniciativas de cidades inteligentes à proteção ambiental e em outubro de 2019, testou Blockchain Service Network, BSN, descrita como "internet de blockchains" lançada oficialmente em abril de 2020. A BSN, está prestes a tornar-se o maior ecossistema blockchain do mundo e provavelmente constituirá base à coordenação entre empresas e setor público, no entanto, há temores que esteja potencialmente controlada e monitorada pelo governo, preocupações ignoradas por organizações que buscam acesso mais próximo e integração com empresas chinesas. A União Europeia apoia iniciativas blockchain de modo proativo semelhante às da China, embora em menor escala e ritmo mais lento, com o Observatório e Fórum Blockchain da UE emergindo em fevereiro de 2018 levando à formação da European Blockchain Partnership, EBP. Em 2019, o EPB criou a European Blockchain Services Infrastructure, EBSI, rede de nós distribuídos na UE com sete casos de uso específicos de desenvolvimento de serviços governamentais, promovendo cooperação público-privada sendo em paralelo formada a International Association for Trusted Blockchain Applications, INATBA, que reúne fornecedores e usuários de soluções blockchain com representantes de organizações governamentais e órgãos de definição de padrões de todo o mundo. Embora a abordagem européia esteja em menor escala e estágio inicial de progresso em relação ao BSN da China, há compromisso com abertura, transparência e inclusão significando que organizações internacionais se dispõe adotar estruturas desenvolvidas.