Análises e dados da OCDE abrangem setores e questões, muitos dos quais questionados no contexto da pandemia, envolvendo poluição do ar e água, agricultura e economia circular enfocando dimensões do meio ambiente, saúde ambiental e sustentabilidade mostrando medidas de recuperação com impactos positivos no ambiente aumentando de modo significativo, tanto em número como em orçamento. Gastos com medidas ambientalmente positivas representam 21% do total dos gastos de recuperação da pandemia de 17%, com medidas ambientalmente negativas e mistas representando 10%, além do apoio contínuo aos combustíveis fósseis provavelmente ultrapassando gastos pontuais de recuperação verde nos próximos dois anos, prejudicando esforços para cumprir metas climáticas de Paris, com desenvolvimento de habilidades e inovação insuficientemente tratados nos planos de recuperação verde, embora essenciais para alcançar transição rápida e justa às emissões líquidas zero. O relatório apresenta tendências agregadas de financiamento climático fornecido e mobilizado por países desenvolvidos à países em desenvolvimento no período de 2013/19, com tendências apresentadas por fonte de financiamento, tema e setor climático, geografia e instrumento financeiro, rastreando rumo ao desenvolvimento sustentável com indicadores fornecendo mensagens sobre as principais tendências ambientais em áreas como mudanças climáticas, biodiversidade, recursos hídricos, qualidade do ar, economia circular e recursos oceânicos.
No entanto, diretrizes do G20 em Roma ao futuro do turismo identificam questões e oportunidades para repensar e reformular a política de turismo, respondendo impactos da pandemia e apresentando diretrizes para ação informadas pela necessidade de restaurar confiança e permitir a recuperação, aprender com a experiência da pandemia e priorizar agenda de desenvolvimento sustentável na orientação do turismo futuro, focada em áreas de política inter-relacionadas como mobilidade segura, gestão de crises, resiliência, inclusão, transformação verde, transição digital, investimento e infraestrutura, endossadas no comunicado de Roma da reunião de Ministros do Turismo do G20 2021. Clima e ambiente são prioridades urgentes à governos nos últimos anos com compromissos internacionais no Acordo de Paris, metas de Biodiversidade de Aichi sob a Convenção sobre Biodiversidade, CDB, e Metas de Desenvolvimento Sustentável, ODS, estimulando a OCDE priorizar objetivos verdes em processos de formulação de políticas. Países identificaram o processo orçamentário como desempenhando papel fundamental garantindo que as prioridades ao meio ambiente e mudanças climáticas façam parte do processo de formulação de políticas, daí, surgimento na OCDE de práticas de "orçamento verde" em que países usam o orçamento verde como ferramenta de formulação de políticas orçamentárias fornecendo compreensão de políticas dos impactos ambientais e climáticos nas escolhas orçamentárias, reunindo evidências sistemáticas e coordenadas à tomada de decisão informada para cumprir compromissos nacionais e internacionais.
Moral da Nota: a ação climática urbana é essencial às metas de emissões líquidas zero, representando mais de 50% da população global, 80% do PIB global, dois terços do consumo global de energia e mais de 70% das emissões globais anuais de carbono. Prevê-se que até 2050 mais de 70% da população mundial viverá em cidades, resultando crescimento da demanda por infraestrutura energética urbana, com cidades inteligentes representando oportunidade de redução no consumo de energia na demanda de serviço, melhorando estabilidade da rede e qualidade de vida. Sistemas de energia da próxima geração aproveitam big data e tecnologias digitais coletando e analisando dados em tempo real, além de gerenciar serviços urbanos mais eficientes, sendo que tais soluções transformam o cenário energético criando novas sinergias para reduzir emissões, melhorando eficiência e aumentando resiliência. Governos regionais estão em ampla gama de oportunidades, desafios e soluções de políticas auxiliando governos municipais capturar o valor significativo em sistemas de energia digital eficientes e inteligentes, independente de seu contexto único.