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sábado, 19 de setembro de 2020

Ártico, economia e Clima

O governo russo estabelece estratégia de 15 anos “fundamentos da política estatal no Ártico até 2035”, rico em energia, buscando atrair e desenvolver infraestrutura em ambiente vulnerável. Aumentar a qualidade de vida da população local acelerando o desenvolvimento econômico com infraestrutura e tecnologia, através de investimento privado em energia é o foco do governo. Moscou planeja projetos de energia usando a rota do Mar do Norte para exportar petróleo e gás à mercados estrangeiros, cada vez mais livre de gelo. Com vastas regiões dentro do círculo Polar Ártico onde será construída a maior parte da nova infraestrutura, foi adaptada ao permafrost nas  duras condições da região. No entanto, a Rússia é um dos países mais vulneráveis ​​ao aquecimento global com inundações e incêndios florestais além do derretimento dos permafrost ou terras eternamente geladas e o consequente vazamento de gás metano. Soluções científicas e de engenharia buscam "evitar danos à infraestrutura pelas mudanças climáticas globais" que ocorrem mais rapidamente nas latitudes do norte. O governo russo delineou planos de comunicação por fibra óptica subaquática ao longo da rota do Mar do Norte, com novas passagens fronteiriças, incentivando cooperação com vizinhos e equipando o serviço de fronteira com modernos porta-aviões da classe gelo.

Na conferência do Valdai Discussion Club, o presidente russo demonstrou interesse em concectar portos da costa ártica russa a portos no Oceano Índico, parte do principal projeto da Passagem Latitudinal do Norte visando aumentar remessas pelas águas do Ártico russo. Ásia e Oriente Médio foram destaque na conferência 'Desenvolvimento da Infraestrutura', parte essencial das negociações, sendo que mais de 700 kms de ferrovias serão construídos. Ministérios do governo afirmaram que a Passagem Latitudinal Norte será concluída em 2024 e até 2025, volumes de mercadorias na nova ferrovia aumentarão os embarques na rota do Mar do Norte em 8 milhões de toneladas. Uma linha ferroviária de 170 quilômetros se conectará a linha para Bovanenkovo, centro de gás natural da região, com a Passagem Latitudinal Norte incluindo construção de uma ponte de 17 quilômetros sobre o rio Ob entre Salekhard e Labytnangi e uma linha ferroviária à Novy Urengoy na Sibéria Ocidental. Os investimentos estimados em mais US$ 3,5 bilhões, grande parte, serão cobertos por empresas privadas.

Moral da Nota: parlamentares russos apoiaram a leitura em segunda rodada da legislação que promove incentivos fiscais em projetos de energia no Ártico à investidores. O projeto Ártico está focado na rota entre Ártico, Sibéria e Ásia, com linha ferroviária e porto marítimo na costa norte da península de Yamal conectando portos da Rota do Mar do Norte à portos dos oceanos Pacífico e Índico, através de meios de transporte da Sibéria Oriental e centro da Eurásia.


domingo, 5 de janeiro de 2020

Clima e Economia

O governador do Banco de Inglaterra, escolhido para suceder Michael Bloomberg como enviado especial da ONU para o clima, alerta que a crise climática é "tragédia que se avizinha" com "acontecimentos meteorológicos extremos" e em breve, "demasiado tarde para agir". "Há risco que passemos mais uma década com ações louváveis, mas insuficientes, e que ultrapassemos rapidamente o limite de 1,5 ºC". Ativos de empresas, segundo ele, perderão valor se persistirem em investimentos na energia fṍssil, que deverão ser desescalonadas, além do impacto econômico das catástrofes climáticas.
Em consequência, o Canal do Panamá nos 20 anos da transferência enfrenta desafio nas alterações climáticas. A Autoridade do Canal fala que em 2019 as chuvas ficaram 27% abaixo da média e a temperatura do lago Gatún, principal afluente do canal, subiu 1,5ºC na última década provocando perda de água por evaporação. O canal dispõe de 3 bilhões de mts³ de água doce, abaixo dos 5,25 bilhões necessários para operar de modo sustentável, criando incerteza nas empresas de navegação ao passo que o Canal de Suez, reduziu as portagens em 60% e tem custos operacionais mais baixos. Além da questão climática o canal enfrenta queda do comércio, duas décadas após a transferência da administração americana ao Panamá. O administrador da via falou a France-Presse que “alterações climáticas são amplamente evidentes no Canal do Panamá”. Por sua vez o degelo no Polo Norte abrirá rotas de concorrência, pois o canal ampliado em 2016 é utilizado no comércio Ásia/Costa leste dos EUA. Há pouco tempo recebia 5% do comércio mundial, caindo para 3,5% apesar do recorde de faturamento e carga em 2019. 
Moral da Nota: considernado a miragem cada vez mais perto, a chefe do Governo estadual de Nova Gales do Sul, declarou estado de emergência decorrente os incêndios florestais na Austrália. Destina-se a facilitar deslocamentos forçados consequente às condições ambientais. Na Costa Sul de Nova Gales do Sul, 50 mil casas estão sem eletricidade e 382 casas foram destruídas pelo fogo. Ventos fortes, temperaturas abrasadoras e baixa humidade estão previstos com os termômetros nos 41ºC na costa sul. As  autoridades estão utilizando navios e helicópteros militares nas operações de resgate.