domingo, 26 de janeiro de 2025

Guerra Comercial

Ford e Toyota apostam em blockchain ao liderarem pedidos de patentes no segundo trimestre de 2024, entre elas, solicitaram pelo menos 43 patentes relacionadas, no geral, o número de solicitações no setor foi menor que no ano anterior, no entanto, dados da GlobalData Patent Analytics e Just Auto, indicam que tanto Ford como Toyota quebraram a tendência com a Ford aumentando pedidos de apenas 3 no primeiro trimestre à 14 no segundo, enquanto a Toyota passou de 25 patentes no 1º trimestre à 29 no segundo. As patentes solicitadas pela Ford, Toyota e outras empresas do setor automotivo nos últimos meses respondem a preocupações do setor, com a Ford, por exemplo, solicitando patente que proporcionaria providência imutável à propriedade de veículos e, conforme o aplicativo, o sistema da Ford “gerenciaria dados de propriedade de um veículo incluindo alterações na propriedade, via contratos inteligentes executados em resposta a dados de eventos em tempo real”.  Blockchain como livro-razão imutável registra mudanças de propriedade de veículos à medida que ocorram, com este sistema, seria trivial utilizar contratos inteligentes para trocar tanto mercadoria física em si, veículo, como ativos associados à propriedade, título, em ação única executada de modo autônomo, enquanto isso, patente registrada pela Toyota indica que a empresa explora desenvolvimento de sistema interno blockchain para gerenciar tokens não fungíveis, NFTs, relacionados aos veículos, sistema que garantiria aos veículos armazenados, como os mantidos pelos revendedores até serem vendidos, fossem refletidos com precisão no livro-razão blockchain. Toyota e Ford mostram sinais de ajuste nas respectivas estratégias para se concentrarem em tecnologias de “assistência ao condutor” em vez de veículos autônomos, sendo que em reunião recente no setor dos "carros sem condutor" revelou que, embora empresas envolvidas continuem optimistas, o teor geral da tecnologia é que a comunidade não resolveu problemas que impedem abertura de capital dos robotáxis, com a mudança à blockchain mais madura proporcionando a Ford e Toyota vantagem competitiva no futuro, inclusive no setor de veículos autônomos, enquanto um dos principais fatores que ambas as indústrias exploram é o impacto que a infraestrutura urbana blockchain teria na tecnologia de veículos sem condutor. 

No lado dos concorrentes, Nissan e Honda são parceiras em novo software de elétricos, além da colaboração da Mitsubishi, na busca para conduzir pesquisas conjuntas sobre tecnologias de plataforma software de próxima geração, além de sistema focado em elétricos, sendo que as empresas concordaram cooperar em áreas como baterias, eixos elétricos e complementação de veículos, lembrando que Nissan e Honda possuem acordo desde março 2024, também com a Mitsubishi Motors, da qual a Nissan detém 34%, para discutir estrutura de colaboração na eletrificação de veículos. Pretendem conduzir pesquisa básica em tecnologias à plataforma software de próxima geração em um ano, sendo que ambas empresas são, respectivamente, a3ª e 2ª maiores montadoras do Japão, depois da Toyota, com a iniciativa das fabricantes ocorrendo no no momento em que as empresas precisam aumentar vendas de veículos elétricos, ambas perdem participação no mercado-chave, a China, onde fizeram investimentos, ao combinar vendas globais de 7,4 milhões de veículos em 2023 enfrentando rivais como Tesla e BYD e, conforme o CEO da Honda, a cooperação em software beneficia as 2 empresas já que a capacidade de processar dados e o número de engenheiros trabalhando na área aumentam competitividade, sendo que a parceria analisa se as baterias EV de íons lítio fabricadas pela LH Battery Company, joint venture entre Honda e LG, pode ser fornecido à Nissan na América do Norte a partir de 2028, na busca por padronizar especificações dos eixos elétricos usados em futura geração de veículos movidos a bateria. A Hyundai, com a visão de longo prazo de futuro livre de carbono, revelou o Initium, inovador conceito SUV movido a hidrogênio, ao contrário dos veículos elétricos convencionais, propõe tecnologia de células de combustível que deve revolucionar o mercado e dar impulso ao hidrogênio como fonte de energia sustentável na indústria automobilística. Espera-se que o Initium tenha alcance notável de até 404 milhas por recarga de hidrogênio, excedendo modelos elétricos e apresentando alternativa interessante para quem procura maior alcance sem longas pausas para carregamento, com o sistema incluindo bateria recarregável que funciona como reserva, recurso que pode ser carregado em casa, ideal para situações de emergência, além de estrutura robusta, que representa segurança e solidez do hidrogênio como fonte de energia, sendo um aspecto curioso é que o design inclui padrões de luzes LED em forma de “H” como assinatura distintiva, ao mesmo tempo estética e representativa do ADN da marca. A Hyundai reafirma compromisso com sustentabilidade, alocando US$ 4 bilhões para investigação e desenvolvimento de infraestruturas de hidrogênio, projeto parte de ecossistema de hidrogênio que a marca sul-coreana implementa em múltiplas aplicações, desde automóveis a transportes pesados ​​e energia doméstica, visão apoiada pela sub marca HTWO, que concentra inovação em hidrogênio da empresa, no entanto, uma das dificuldades com o hidrogênio é a infraestrutura de carregamento limitada com a Hyundai superando este obstáculo desenvolvendo planejador de rotas dedicado que integra estações de hidrogênio disponíveis em tempo real, facilitando viagens longas sem o risco de ficar desabastecido. O hidrogênio enfrenta desafios em comparação com veículos elétricos em termos de infraestrutura como de adoção global, sendo que nos EUA existem 59 estações de hidrogênio, principalmente na Califórnia, no entanto, a Hyundai está confiante que o Initium, com modelos como o Nexo, liderarão o setor, considerando que a marca vai competir com a Toyota que com o Mirai um dos poucos fabricantes que investe neste tipo de tecnologia.

Moral da Nota: cidades poluidoras reveladas na COP29 enquanto ativistas se irritam com o lobby dos combustíveis fósseis em que o Big Oil comprometendo US$ 500 milhões à energia sustentável e ativistas dizendo que lobistas tomaram o controle das negociações climáticas, com dados indicando que cidades na Ásia e EUA emitem a maior parte dos gases que retêm o calor e alimentam mudanças climáticas, com o Climate Trace dizendo que 7 estados ou províncias emitiram mais de 1 bilhão de toneladas métricas de gases efeito estufa, todos na China, exceto o estado americano do Texas, que ocupa o 6º lugar, com liderança de Xangai produzindo 256 milhões de toneladas métricas. O sucesso da cúpula climática se atrela a capacidade dos países concordarem com meta financeira para que os países mais ricos, credores de desenvolvimento e setor privado entreguem pelo menos US$ 1 trilhão/ano para ajudar países em desenvolvimento lidar com mudanças climáticas, sendo que relatório de painel independente de especialistas na cúpula disse que os países precisam investir mais de US$ 6 trilhões por ano até 2030 ou correm o risco de ter que pagar mais no futuro. Importantes ativistas e cientistas climáticos alertam que o “processo climático global foi capturado e não é mais adequado ao propósito” em carta assinada pelo ex-secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, a ex-chefe do clima da ONU Christina Figueres e cientistas climáticos pedia “revisão urgente” das negociações climáticas.