O Banco Central escolheu Visa, Santander e mais 11 empresas à fase seguinte do projeto moeda digital, Real Digital, inserido em medidas de conformidade tributária para monitorar transações decorrente ao fato que carteiras digitais crescem no Brasil, enquanto fintechs como Binance e Mercado Bitcoin expandem serviços. Em conjunto com a CVM, divulgou os nomes dos projetos e empresas nesta fase de testes e, das 42 propostas de casos de uso enviadas, 13 foram escolhidas visando testar infraestrutura de como os serviços financeiros funcionarão na plataforma Drex Pilot implementados por contratos inteligentes gerenciados por terceiros. O desenvolvimento dos projetos começa com os participantes se reunindo para descobrir melhores modos de governar, implementar e testar soluções de privacidade nos serviços em que o Drex Pilot, agora com 16 empresas trabalhando no desenvolvimento e teste da plataforma, posteriormente virão o Brazilian Credit Bank, Banco Inter, Unibanco, Itaú e Bradesco além de Microsoft e Google. Temas da fase incluem crédito garantido em CDBs, Certificados de Depósitos Bancários, otimização do mercado de câmbio e financiamento de operações de comércio internacional, com o Banco Inter por exemplo, assumindo o trade finance, enquanto XP e Visa focam otimização do mercado de câmbio com transações de agronegócio e negócios imobiliários colocados à prova nesta fase. A regulamentação cripto no Brasil tem se mantido estável considerando que em junho de 2023 o governo publicou lei de Marco Legal dos Ativos Virtuais, determinando o Banco Central responder por garantir que empresas de criptomoedas a sigam além de manter olhar sobre conformidade fiscal, que em junho, a autoridade fiscal do Brasil pediu que exchanges cripto estrangeiras esclarecessem operações no país considerando que os brasileiros possuíam mais de US$ 246 bilhões em criptoativos em 2023, aumento acentuado em relação a 2022 e até mesmo ao otimista ano de 2021. Carteiras digitais estão se tornando mais populares e relatórios mostram que metade dos consumidores brasileiros usam carteiras digitais nas transações, tendência surpreendente entre gerações mais velhas em que 31% dos baby boomers relataram usá-las para compras online superando gerações mais jovens em alguns casos com Binance e Mercado Bitcoin expandindo graças à demanda por soluções de pagamento relacionadas a criptomoedas.
Considerando inovação, a Tether adquiriu 10% do capital da argentina AdecoAgro além de investir na Satellogic, outra empresa argentina, sendo que teria comprado 10,048 milhões de ações a preços entre US$ 9,45 e US$ 11,66 por ação, equivalendo a mais de US$ 100 milhões considerando que a AdecoAgro tem valor de mercado superior a US$ 1,1 bilhão, devido portfólio de ativos como terras agrícolas e instalações industriais. O emissor da USDT, principal stablecoin do mundo, ao anunciar a aquisição dos 10% do capital da empresa argentina que está por trás de marcas como Las Tres Niñas, Molinos Alfa, Apóstoles, Angelitas, Monte Happy e Rice 54, além de investimentos de US$ 630 mil na plataforma IA aplicada ao setor agrícola, DeepAgro, e na startup agro web 3.0, Agrotoken, além dos 10% da AdecoAgro. Segundo a Bloomberg Online, o Tether expandiu-se à setores fora do ecossistema cripto sem perder foco na blockchain, entretanto, a AdecoAgro publicou lucros 140 milhões de dólares no 2º trimestre de 2024 com perspectivas optimistas no 2º semestre de 2024 e aumento homólogo de 3%, por sua vez, investiu US$ 30 milhões na Satellogic, outra empresa portenha. A AdecoAgro possui valor de mercado superior a US$ 1,1 bilhão, devido portfólio de ativos incluindo terras e instalações industriais onde produz 2,5 milhões de toneladas de açúcar, arroz, leite, milho, trigo, girassol, soja, bioeletricidade, entre outros, considerando que, em 2024, confirmou acordo de colaboração com o Banco Galicia ao incluir desenvolvimento de produtos financeiros e estratégias comerciais para oferecer opções de crédito a produtores argentinos, além disso, afirmou que a ideia é utilizar ativos agrícolas como garantia digital em processo simples, transparente e sem atritos. Já a mexicana Bitso, diz que a Argentina prefere stablecoins, o Brasil combina Bitcoin e altcoins discriminado no relatório “Panorama Cripto na América Latina” correspondente ao 1º semestre de 2024, no qual mostra que stablecoins na Argentina são 2ª criptomoeda com maior presença nas carteiras, enquanto no Brasil altcoins superam presença de Ethereum, segundo o relatório. Considerando que tendência na Argentina é influenciada pelas condições macroeconômicas caracterizadas por inflação elevada e desvalorização persistente do peso argentino que reflete adaptação da inclinação histórica no refugio ao dólar norte-americano como mecanismo de proteção contra desvalorização da moeda local, transferiu essa prática ao campo cripto considerando que 2% das participações locais são denominadas em pesos argentinos, sublinhando perda de confiança na moeda nacional. Dados indicam que na Argentina o mapa de compra cripto começa com o USDT com 31%, seguido pelo USDC com 30% e o 3º lugar o Bitcoin com 12%, segue em 4º lugar PEPE com 7%, XRP com 3% e o token ETH com o mesmo percentual, enquanto o Brasil se destaca pela composição particular de portfólios de criptomoedas marcados pela presença Bitcoin e interesse altcoin com o Bitcoin no último semestre representando 60% da carteira média dos usuários e crescimento de 2% em relação ao semestre anterior.
Moral da Nota: pesquisa concentrada em proteger máquinas contra ataques físicos e cibernéticos e mantendo capacidades de aprendizado descentralizado, pode ter resolvido um dos maiores desafios no campo IA usando método de treinamento descentralizado em blockchain, embora em estágios iniciais, as implicações podem variar de revolucionar exploração do espaço sideral a representar ameaça existencial à humanidade. Em ambiente simulado, pesquisadores belgas desenvolveram modo de coordenar aprendizado entre agentes IA individuais e autônomos através da blockchain para facilitar e proteger comunicações dos agentes, criando "enxame" descentralizado de modelos de aprendizado cujos resultados do treinamento individual para cada agente no enxame foram usados para desenvolver modelo IA maior e, como os dados foram manipulados via blockchain, o sistema se beneficiou da inteligência coletiva do enxame sem acessar dados dos agentes individuais. Aprendizado de máquina, ML, conceito relacionado à IA, vem em modos diversos como chatbot típico, ChatGPT da OpenAI ou o Claude da Anthropic, por exemplo, é desenvolvido em técnicas e pré-treinado usando paradigma denominado "aprendizado não supervisionado" e ajustado com outro chamado "aprendizado por reforço a partir do feedback humano", o desafio na abordagem é que, normalmente, requer que dados de treinamento do sistema sejam isolados em banco centralizado tornando impraticável à aplicativos que exigem aprendizado autônomo contínuo ou onde privacidade é importante, sendo que a pesquisa usou paradigma de aprendizado chamado "aprendizado federado descentralizado" e, ao fazer isso, descobriram que podiam coordenar modelos com sucesso, mantendo a descentralização dos dados. A pesquisa permanece experimental e foi conduzida apenas através de simulações, podendo chegar em breve momento em que enxames de robôs podem ser coordenados de modo descentralizado, podendo um dia permitir que equipes de agentes IA de diferentes empresas ou países trabalhem juntos para treinar um agente maior sem sacrificar privacidade de dados.