segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Ameaça a Segurança

Avança incêndio na zona de exclusão de Chernobyl com ambientalistas afirmando que a época atual de incêndios é caracterizada por seca extrema devido altas temperaturas e falta de precipitação pluviométrica, envolvendo caminhões de bombeiros, tratores, caminhões-tanque, além de extintores e motosserras, com especialistas monitorando de modo intensivo radiação do ar além do monitoramento dosimétrico de radiação na saída da zona de exclusão, com a informação que, “apesar das condições difíceis a situação está sob controle e a radiação de fundo permanece nos limites normais, não há ameaça à população”. Além disso, climatologistas da Universidade de Ghent com colegas do Reino Unido e da Suíça, descobriram que metade da superfície terrestre atual pertence a zonas áridas que se expande a ritmo crescente, que, desertos, savanas e paisagens com falta de umidade representam 45% da superfície, avaliando que a autoexpansão de terras áridas acompanha o movimento das massas de ar nos últimos 40 anos, sendo que, o avanço mais ativo dos desertos é registrado na Austrália e Eurásia. O relatório informa ainda que dos 5,2 milhões kms² de terras úmidas que secaram nas últimas 4 décadas, mais de 40% foi decorrente a auto-expansão de terras áridas em que ondas de calor anormais nos últimos 2 anos reduziu a quantidade de vegetação e, com menos vegetação permanente para reter umidade no solo e, menos umidade evaporando das plantas ao ar, menos nuvens se formarão na área específica significando que choverá menos ao longo do ano, daí, a seca ocorre quando há queda significativa da precipitação gerando problemas como perda de colheita, secagem de riachos e poços,️ pastagens pobres enfraquecendo o gado além de incêndios florestais mais frequentes agravando a situação.

Antes, questão ambiental, mudança climática tornou-se ameaça crítica à segurança já que mais da metade da economia global depende cada vez mais de recursos naturais, mudança, que remodela a dinâmica geopolítica levando nações revisarem estratégias de sustentabilidade, com o UNFCCC definindo mudança climática como “mudança no clima atribuída direta ou indiretamente à atividade humana alterando composição da atmosfera global, além da variabilidade climática natural” sendo que Mudanças Climáticas repentinas podem levar a eventos catastróficos ameaçando sobrevivência humana, aumentando vulnerabilidade a ameaças de segurança não tradicionais como escassez de recursos e inundações repentinas. A escassez de recursos é meio pela qual mudanças climáticas ameaçam a segurança internacional, por exemplo, a economia da Índia, dependente da natureza, é vulnerável a riscos climáticos com um terço do PIB oriundo de setores dependentes da natureza enquanto crise climática pode custar ao país entre 6,4% e 10% da renda nacional até 2100, empurrando mais 50 milhões de pessoas à pobreza, já impactando regiões na África e reduzindo níveis de água nos rios Tigre e Eufrates, ocasionando mais tensão no Oriente Médio, Iraque, Síria e Turquia, além disso, aumentaram preços do cacau afetando Gana e Costa do Marfim que produzem dois terços da produção cujas ondas de calor intensas e secas frequentes impactaram colheitas elevando os preços globais. Ameaças de segurança não tradicionais alteram dinâmica ao longo do tempo interrompendo processos químicos e biológicos em que aumento das temperaturas globais, doenças e mudança nos padrões de precipitação tornam-se cada vez mais alarmantes, já que, perturbações induzidas pelo homem impulsionadas por demandas atuais criam problemas às gerações futuras, além da liberação de gases efeito estufa, GEE, que danificam camada de ozônio, contribuindo ao aquecimento global ressaltando necessidade de estratégias favoráveis ​​ao clima, pois mudanças climáticas representam desafios ambientais e econômicos.

Moral da Nota: pilar fundamental da economia paquistanesa, a agricultura, enfrenta vulnerabilidades graves decorrente mudanças climáticas, contribuindo com 24% do PIB, empregando metade da força de trabalho nacional e servindo como maior fonte de ganhos em moeda estrangeira, crucial ao Paquistão, considerando eventos climáticos frequentes e intensos como enchentes e secas, impactando produtividade de colheitas e segurança alimentar, além de mudanças nos padrões de precipitação e aumento das temperaturas, contribuindo às vulnerabilidades, ameaçando meios de subsistência e estabilidade econômica, considerando ainda que mudanças climáticas transcendem fronteiras nacionais, envolvendo questões de segurança internacional como disputas transfronteiriças por água e migração decorrente estresse ambiental e, à medida que o Paquistão lida com esses desafios, ressaltam implicações globais mais amplas das mudanças climáticas destacando necessidade de cooperação e estratégias internacionais. A NCCP, Política Nacional de Mudança Climática do Paquistão-2012, fornece estrutura crítica para lidar com desafios climáticos através de estratégias de adaptação e mitigação, destacando necessidade de ação abrangente como “mitigação” que envolve reduzir intensidade dos efeitos do aquecimento global através de medidas que mantenham mudança climática em limites toleráveis, enquanto “adaptação” envolve ajuste a impactos existentes da mudança climática em como economizar água das chuvas pesadas para uso futuro e implementação de técnicas de economia verde para reduzir erosão. Atualizada de 2021 se alinha com acordos como o de Paris além dos ODS, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, integrando iniciativas como o “Tsunami de 10 Bilhões de Árvores” e avanços em energia renovável, embora louváveis tais esforços, ações contínuas e expandidas são essenciais para abordar questões climáticas emergentes e garantir que o desenvolvimento nacional permaneça compatível com o clima enquanto o governo em exercício lança iniciativas climáticas incluindo campanha de plantio de árvores em larga escala para aumentar cobertura florestal, projetos de conservação de água para melhorar eficiência da irrigação e esforços para apoiar agricultura sustentável reduzindo emissões de carbono, já que os desafios são cada vez mais complexos sendo crucial que políticas nacionais e colaborações internacionais não apenas se fortaleçam mas traduzam medidas viáveis.