O aumento do calor no planeta se agrava por desequilíbrio na atmosfera, sendo que novo estudo demonstra que à medida que o clima aquece, a estrutura das nuvens muda de modo que aumenta o aquecimento global, com investigadores chineses mostrando que a cobertura de nuvens diminui mais durante o dia que à noite significando que o efeito de resfriamento diminui durante o dia, enquanto o aquecimento aumenta a noite, em consequência, piora o processo de aquecimento. Esclarecem que é importante entender que as nuvens são mais que fenômeno climático, refletem luz solar de volta ao espaço resfriando o planeta, ao mesmo tempo, à noite funcionam como “cobertor ao planeta”, retendo calor, resultando que a superfície da Terra permanece quente com as nuvens desempenhando de fato papel importante no clima da Terra, no estudo, cientistas usaram observações de satélite e dados que fornecem modelos e cenários climáticos complexos abrangendo dados de 1970 a 2014 incluindo projeções adicionais, com o autor principal do estudo, Hao Luo, afirmando que a nível mundial a nebulosidade diminui durante o dia e persiste a noite, o que leva a queda no efeito de dispersão da luz refletida durante o dia, ao mesmo tempo, o efeito estufa de ondas longas aumenta à noite.
EUA e México vivem disputa fronteiriça sobre água, decorrente tratado de 80 anos onde concordaram compartilhar a água do Rio Colorado e Rio Grande, no entanto, como a água é mais procurada e está mais escassa que nunca, a partilha não tem decorrido conforme planejado. O tratado assinado em 1944 estipula que o México envie 1,75 milhão de acres-pés de água aos EUA a cada 5 anos a partir do Rio Grande e os EUA enviem 1,5 milhão de acres-pés de água ao México a partir do Rio Colorado a cada ano, no entanto, os níveis de água estão mais baixos e o México “enviou 30% da entrega esperada, quantidade mais baixa neste momento que qualquer ciclo de 4 ou 5 anos desde 1992” e deverá depositar a água nos reservatórios Falcon e Amistad, ambos com níveis de água historicamente baixos em Junho de 2024. As alterações climáticas causam escassez de água tornando quase impossível ao México cumprir sua parte no acordo decorrente ao fato que 90% do país passa por seca, como resultado de temperaturas extremas e chuvas abaixo da média, com o ex-chefe de água e consultor da Comissão de Qualidade Ambiental do Texas em Rio Grande dizendo que “não vê meio pelo qual água suficiente possa ser fornecida agora a tempo de salvar a produção agrícola deste ano”, concluindo que “a água terá que vir da Natureza este ano, o que é um lugar ruim para se estar.” Vale dizer que o México caminha rapidamente ao “dia 0”, quando a água secará completamente, com o investigador da Universidade de Michigan esclarecendo que “há tratados concebidos para um clima estável, mas agora estão sendo aplicados em clima instável”, enquanto o país argumenta que as condições atuais tornam a manutenção do tratado é difícil, se não impossível. O Texas em particular, abriga fazendas de açúcar e frutas cítricas que lutam contra a falta de água, por outro lado, agricultores no México protestam contra o envio de água aos EUA, pois sofrem com a escassez enquanto a IBWC, Comissão Internacional de Fronteiras e Água que supervisiona o tratado entre os dois países pretende fazer alterações para ter em conta as circunstâncias atuais. O Texas conhece bem as condições climáticas extremas, grandes incêndios florestais, tempestades intensas, inundações generalizadas, Tornados e tempestade tropical, em fevereiro e março, o maior incêndio florestal da história do Texas queimou mais de 1 milhão de acres, matando gado, destruindo colheitas e destruindo infra-estrutura no Panhandle, a nordeste de Amarillo, em maio, tempestades consecutivas inundaram o sudeste do estado, transbordando rios e riachos, inundando comunidades próximas além de tornados que atingiram o norte e uma tempestade de vento conhecida como derecho atingiu Houston com ventos de 160 kms por hora causando apagões e danos materiais. Cientistas climáticos e acadêmicos dizem que, à medida que as emissões de gases efeito estufa, que retêm calor, aumentam as temperaturas, é provável que o clima severo no estado piore acrescentando que verá lacuna crescente entre partes úmidas do estado e partes secas, à medida que as mudanças climáticas alterem padrões de precipitação e aqueçam os oceanos, com John Nielsen-Gammon, climatologista estadual, dizendo que o Texas experimentou aumento geral de longo prazo nas chuvas e torna-se mais intenso e errático já que as chuvas extremas no norte e leste este ano foram incomuns. Por fim, cientistas preveem que o La Niña, padrão climático que faz com que as temperaturas da superfície do oceano esfrie e diminui a velocidade do vento, permitirá que mais tempestades tropicais se desenvolvam em 2024 no Atlântico esperando ventos e temperaturas oceânicas mais altas que a média impulsionem das 17 a 25 tempestades previstas, incluindo pelo menos 4 grandes furacões, enquanto a seca contínua no oeste do estado fazendo com que níveis de água em 2 grandes reservatórios do Rio Grande, Amistad e Falcon, despencassem 27% e 14% de capacidade respectivamente.
Moral da Nota: ativistas climáticos da ONG Force of Nature, sediada em Londres, dizem que o desespero relativo à questões climáticas e ambientais produz uma pandemia de “eco-ansiedade” em que mais de 70% das pessoas entre 15 e 25 anos “experimentam sentimento de desesperança” quando pensam em alterações climáticas, com o Museu Britânico de História Natural dizendo que a maioria dos jovens acredita que “a humanidade está condenada”, com inquérito de 2021 com 10 mil jovens entre 16 e 25 anos em 10 países, publicado na The Lancet, descobriu que mais de metade experimentava tristeza, ansiedade, raiva, impotência e culpa relacionadas ao clima e quase metade relatando que “sentimentos sobre alterações climáticas afetaram negativamente a vida quotidiana e seu funcionamento”. Estudo de 127 meios de comunicação realizado pelo Observatório dos Meios de Comunicação Social e Alterações Climáticas indica que o número de notícias sobre clima aumenta em percentagens de 2 dígitos ano pós ano, e que a linguagem usada para descrever questões climáticas torna-se mais fervorosa e fantástica, com frases específicas e falsificáveis como “aquecimento global” e “efeito estufa” substituída por jargões dramáticos como “catástrofe climática” e “emergência climática”, no entanto, conquistas de adaptação climática, como queda de mortes relacionadas ao clima recebem pouca atenção dos meios de comunicação nos EUA e estrangeiro. A história oferece perspectiva diferente, lembra-nos que ameaças de calamidades ainda não se concretizaram, em que o medo do fim dos tempos pode ser encontrado ao longo de grande parte da história humana, no entanto, uma das primeiras pessoas a dar-lhe ideia científica foi Thomas Malthus argumentando que as condições de vida na Inglaterra dos séculos XVIII e XIX demonstraram que havia insuficiente terra para cultivar alimentos à populações humanas em expansão, na crença que seres humanos eram instintivamente levados a aumentar seu número. Postulou que o único freio ao crescimento da população era a miséria causada pela fome e privação e desenvolveu fórmula prevendo crescimento exponencial da população comparando-a com suas previsões de crescimento linear do abastecimento de alimentos, com base nessas previsões, imaginou a fome, doenças e morte generalizada inevitáveis em que a explosão da abundância material na Revolução Industrial fizesse com que suas ideias perdessem apoio inicial, no entanto, foram revividos por William Vogt em meados do século XX substituindo o foco Malthusiano no abastecimento alimentar pelo conceito de recursos naturais limitados, mudança que lançou bases à histeria da superpopulação da década de 1960. A histeria climática de hoje sofre falhas, uma vez que ativistas ansiosos e membros da Geração Z, cheios de culpa, ignoram como os avanços tecnológicos e novas soluções continuam ultrapassar as restrições do passado, cujo recurso final é a mente humana, que transforma limitações em oportunidades de crescimento e prosperidade.