Daniel Gibbs, MD, PhD, 73 anos, neurologista, diagnosticado com Doença de Alzheimer cujo primeiro sintoma ocorreu em 2006 quando começou a perder o olfato, na época, atribuiu ao envelhecimento normal, 6 anos depois fez teste de DNA buscando informar pesquisa genealógica da esposa e descobriu que tinha 2 cópias do alelo ε4 da apolipoproteína E, APOE, e, como neurologista praticante, sabia que a homozigose para APOE4 significava que tinha risco elevado de desenvolver Alzheimer. Após o diagnóstico, aposentou da Oregon Health & Science University, OHSU, mas, continua ensinar sobre doença por meio de escritos e palestras e, em conversa com o JAMA Medical News, quando seu livro sobre como viver com Alzheimer, A Tattoo on My Brain e recentemente a coleção de ensaios intitulada Dispatches From the Land of Alzheimer’s, em ritmo lento, sua capacidade cognitiva diminui, diz ele, pois não consegue se lembrar das 5 palavras que seu neurologista lhe disse minutos antes, entregou o talão de cheques à esposa, que às vezes refaz seus passos pela casa para ver se desligou as luzes e a água. Na conversa com o JAMA esclareceu conceitos equivocados sobre Alzheimer e o que está fazendo na esperança de evitar a doença e para ajudá-lo se preparar à entrevista, editada para maior clareza e extensão, as perguntas foram antecipadamente fornecidas e, em resumo, disse que MoCA significa Avaliação Cognitiva de Montreal, um dos seus testes de triagem favorito, no entanto, a questão é que depois de aplicá-lo algumas vezes, o paciente aprende as respostas, esclarecendo que a memória de curto prazo piora, mas não de modo alarmante, perde coisas com mais de frequência, lê menos livros porque a velocidade de leitura diminui e tem que voltar para reler páginas anteriores, mas, ainda gosta de ler, começando uma leitura leve, Uneasy Money de PG Wodehouse, divertido, fáceis e curtos, têm menos caracteres e, de modo geral, não reclama, a pontuação no MoCA na consulta semestral como neurologista foi de 22 em 30 nos últimos 2 anos.
Esclarece a concepção errônea que Alzheimer é distúrbio rapidamente progressivo, pensava que 8 anos pós diagnóstico você estaria morto e a razão pela qual isso não é verdade é que alargou-se a definição de doença de Alzheimer e demência de Alzheimer, com cientistas descobrindo que a patologia cerebral da doença de Alzheimer começa 20 anos muito antes do comprometimento cognitivo e, o primeiro estágio perceptível, comprometimento cognitivo leve, nem sequer costumava ser chamado de doença de Alzheimer. Descobrir 2 cópias do alelo APOE4 foi revelador e o fez concentrar em coisas que poderia fazer para retardar a progressão da doença, correr é ótimo, mas a maioria aos 70 anos pode não estar mais correndo, então apenas andando, sigo dieta mediterrânea chamada MIND, que contém nozes e frutas vermelhas adicionais em comparação com a dieta mediterrânea geral, procuro manter-me intelectual e socialmente ativo e parece que dormir menos de 7 horas e meia por noite aumenta o risco de Alzheimer, além de risco cardiovascular, porque o que faz mal ao coração faz mal ao cérebro, tomo 2 medicamentos e uma dieta em vegetais para manter lipídios baixos, ao passo que o álcool é controvérsia porque o pêndulo oscila no sentido de não recomendar álcool, devo dizer que não sigo essa recomendação porque tomar uma taça de vinho no jantar é, francamente, um dos meus poucos prazeres na vida, vou continuar, reconhecendo que pode não ser bom à progressão do Alzheimer. Escrever blogs tornou-se difícil, se eu ver um artigo de jornal e não anotar, nunca lembrarei que li aquilo, tenho postagens de blog filtradas na minha mente e preciso me ocupar com isso porque, no mínimo, quero ter um, espero, 2 postagens por mês, comecei a fazê-los semanalmente mas não tenho o suficiente para dizer neste momento, devemos ter cuidado com a apatia, mas não irei a um coquetel a menos que seja necessário, porque não consigo desligar as múltiplas conversas, tudo se mistura em cacofonia, não é realmente uma forma de apatia, mas um motivo para ser anti-social podendo parecer contrário o fato de ter dito que adoro conversar com grandes grupos, mas apenas um está me respondendo por vez, e isso funciona bem, com a apatia, o desconforto em situações sociais e parte é apenas mudança no cérebro, não é a mesma coisa, certamente parente próximo da depressão, comecei tomar antidepressivo e fez grande diferença, no entanto, a maioria dos medicamentos que tomo são para hiperlipidemia. O cheiro certamente aumenta o prazer da comida, então toda comida tem praticamente o mesmo gosto para mim agora, acabei de me adaptar a isso e coloquei muito tempero porque isso ativa os sensores de sabor o que pode enganar o cérebro fazendo-o pensar que você está sentindo algum cheiro, acho que as pessoas que perdem o olfato, por exemplo, com COVID-19, ficam mais preocupadas com isso, no entanto, minha mudança foi gradual. Tudo que é novo na medicina envolve equilíbrio entre risco e benefício e as drogas para a doença ainda não são boas para fazer o que queremos, no entanto, eliminam o amiloide, são ótimos nisso, até agora, mais de 35% de desaceleração na progressão do Alzheimer e, o que espero e creio que seja palpite razoável, que os efeitos secundários destes medicamentos sejam menos onerosos nas doenças pré-sintomáticas, Infelizmente, não podemos fazer tanto em relação à reserva cognitiva, algo que tenho por causa da minha educação e talvez meus genes, no entanto, ter reserva cognitiva mais elevada protege o cérebro sugerindo que, uma vez esgotada, a doença progride rapidamente e acaba no mesmo lugar que alguém com baixa reserva cognitiva, pelo menos esse é um modelo de como a reserva cognitiva pode funcionar, mas agora, estou vivendo um dia de cada vez e aproveitando a vida como posso.
Moral da Nota: modelos IA tornam-se ferramentas no diagnóstico médico, análise de imagens como raios-X em investigação do MIT revela que modelos nem sempre são equitativos no desempenho, mostram lacunas de precisão em diferentes grupos demográficos ao descobrirem em 2022 que os modelos IA podem prever com precisão a raça de um paciente a partir de radiografias de tórax, algo que nem radiologistas mais experientes conseguem fazer, no entanto, estudo recente revela que os modelos mais precisos na elaboração de previsões demográficas são também os com maiores “lacunas de equidade” no diagnóstico. A professora associada do MIT e autora do estudo, explica que os modelos podem utilizar “atalhos demográficos” para fazer avaliações diagnósticas significando que podem se basear em atributos demográficos em vez de características relevantes das imagens, levando a resultados incorretos à mulheres, negros e outros grupos, ao testar duas abordagens para melhorar a justiça dos modelos, ou, robustez do Subgrupo, método que recompensa modelos por melhorarem desempenho no subgrupo com pior desempenho e os penaliza se a taxa de erro for maior à determinado grupo, a outra são abordagens adversas de grupo em que modelos são treinados para remover informação demográfica das imagens sendo que em ambas estratégias tiveram desempenho bom quando testadas com dados semelhantes a seus dados de treinamento, contudo, quando aplicado a pacientes de outros hospitais, lacunas de equidade reapareceram, sugerindo que nem sempre é eficaz em novos conjuntos de dados. Destaca importância de avaliar modelos IA nos dados do próprio hospital antes de usá-los, crucial porque as garantias de justiça nos dados de formação nem sempre são transferidas à outras populações, com o estudo mostrando que hospitais devem ser cautelosos ao adotar modelos IA desenvolvidos em outras instituições enfatizando necessidade de treinar modelos com dados próprios sempre que possível.