O presidente de Serra Leoa, Julius Maada Bio, declarou "emergência nacional" o consumo de drogas, decorrente aumento na taxa de mortalidade dos jovens e, em discurso sobre o estado nação, afirmou que o país "enfrenta ameaça existencial devido o impacto devastador das drogas e abuso de substâncias, em particular, a droga sintética 'kush'" . Apontou que "o 'kush', que não conhece fronteiras, classe, etnia, gênero ou religião, toma rumo devastador" nas comunidades, famílias roubando o futuro do país, sinalizou que a declaração do estado de emergência nacional sobre drogas e abuso no consumo de substâncias permite ampliar o alcance à força laboral e adotar abordagem focado no aumento da epidemia. Anunciou grupo de trabalho sobre o assunto que envolve todos os setores da sociedade, supervisionado por equipe de assessor presidencial que implementaria estratégia ao que chamou de "futuro livre de drogas" sustentada na prevenção, cuidados e tratamentos em centros de assistência capacitados, desenvolvimento de serviços sociais de atenção integral e programas de reintegração, na aplicação da lei visando desmantelar cadeia de abastecimento da droga e, por último, trabalho nas comunidades.
O 'kush' é mistura de opióides, cannabis, desinfetante e, dependendo dos lugares, ossos humanos triturados desenterrados de tumbas, na crença que mais de mil tumbas foram saqueadas com esse propósito, no entanto, médico do Hospital Psiquiátrico Docente de Serra Leoa viu como a receita foi modificada com o tempo "tratando-se de fenômeno em mudança, antes, se acrescentava formol, agora acrescenta restos humanos", sendo que o novo ingrediente foi adicionado porque contém açúcar e “tem potencial de dar sensação de relaxamento especialmente quando tomado em altas concentrações ou inalado, indo diretamente ao cérebro”, a droga tem potência alarmante e efeitos destrutivos sendo que os consumidores afirmam que se tornaram viciados desde a primeira dose para que cheguem a espiral de dependência daquilo que é difícil liberar. Especialistas afirmam que o kush é droga sintética semelhante a canabis tão perigoso quanto heroína e cocaína e mata cerca de 12 de usuários por semana, em que a mistura de opioides, cannabis, desinfetante e ossos humanos triturados que foram desenterrado inalando a fumaça expirando lentamente e aguardando a euforia hipnótica que afasta os usuários da realidade por várias horas. Surgiu em Serra Leoa há 6 anos fabricada e distribuída por gangues, custa 5 leones, 20 centavos por baseado, embora muitos usuários gastem £ 8 por dia, uma fortuna em um país com renda média per capita inferior a £ 400 por ano. O tratamento, dura entre 3 e 6 semanas, com medicamentos antipsicóticos que ajudam livrar do vício, sendo que há uma única instalação deste tipo que oferece cuidados a pacientes kush na Serra Leoa, na verdade, há apenas 5 psiquiatras no país de 8,4 milhões, segundo a OMS, tornando impossível enfrentar a epidemia em espiral cuja taxa de desemprego juvenil é de 60 %, uma das mais elevadas do mundo, agravando a questão. Não existem dados oficiais sobre mortes relacionadas a droga, especialistas em saúde estimam 12 consumidores de kush morrendo semanalmente, cujos corpos são recuperados nas ruas e bairros, no entanto, não é apenas Serra Leoa que se debate com as consequências do kush, uma onda de dependência move-se pela África Ocidental, na Libéria e Guiné, com estimativas sugerindo que mais de um milhão de pessoas da região estão viciadas.
Moral da Nota: estimativas apontam que a Europa não estará à beira de uma crise de opiáceos, conforme investigação apresentada no 32.º Congresso Europeu de Psiquiatria, EPA 2024, cujas mortes por opioides prescritos não chegam nem perto a níveis relatados nos EUA. O professor de psiquiatria no Centro Médico da Universidade Radboud em Nijmegen, Holanda, observando tendências no uso e abuso médico de analgésicos opioides nas últimas 2 décadas, reconheceu que houve "ligeiro aumento" na prescrição de opiáceos na Europa em geral, aumento, no entanto, não se traduziu em mortalidade na maioria dos países e, em estudo retrospectivo publicado há 3 anos na European Psychiatry, relataram que em 15 dos 19 países europeus examinados não havia indicação de uma crise de opiáceos comparável à dos EUA com excepções ao Reino Unido, Escócia, Irlanda do Norte e Inglaterra/País de Gales e Irlanda, que registraram taxas elevadas de resultados adversos relacionados aos opiáceos. O presidente emérito de psiquiatria e psicoterapia da Universidade Semmelweis em Budapeste, disse na EPA 2024 que estava "preocupado" com o uso de certos opioides "não por causa da situação na Hungria, mas por causa do notícias que recebe de outros países da Europa" já que colega que trabalha no norte da Europa disse que o opioide semissintético oxicodona estava sendo usado para tratar pessoas com dores crônicas nas costas, no entanto, opioides nunca seriam considerados para esta condição na Hungria, além disso, o uso prévio de oxicodona pode desempenhar papel no uso indevido subsequente de benzodiazepínicos prescritos em ambiente ambulatorial, embora a dependência de uma droga ou comportamento possa aumentar risco de um paciente viciar em outra substância, efeito que não surge necessariamente “se você mudar de modo adequado, não havendo necessidade de pensar que o paciente acabará com outros problemas”. Por fim, surge a notícia que o Fentanil chega a Washington D.C. com incremento de morte em 12% por overdose no distrito de Columbia, alcançando o registro durante 2023 e registrando aumento em relação ao ano anterior, conforme relatório do escritório Médico Forense da cidade estudado em universo de 2.595 mortes relacionadas a opioides entre 2017 e 2023 e, desta forma, descobriu-se que em 2023 foram registrados 518 casos de overdose de opioides no Distrito, 43 casos por mês, cifra representando crescimento de 12% desde 2022 quando contabilizaram 461 casos e, segundo o relatório, o Fentanil foi o estupefaciente mais utilizado nas mortes por overdose de opioides em 2023, dito, 96% dos casos.