O preço do Bitcoin atingiu máximos e mínimos históricos dramáticos nos últimos anos, enquanto mercados são o reflexo das emoções, desejos, conhecimentos e recursos disponíveis às pessoas que os conformam, se movem pelo que se oferecem, pelo que se quer e pelo que se sabe e, no caso do Bitcoin, esses 3 fatores são variáveis e mutantes. A oferta Bitcoin é limitada e previível havendo 21 milhões de bitcoins em circulação emitidos em ritmo decrescente e fazendo com que seja escasso e deflacionário, aumentando seu valor potencial e, por outro lado, a demanda é flutuante dependendo de fatores externos e internos como adoção, inovação, regulamentação, competência, especulação, moda, medo, codificação, otimismo e pessimismo, emoções humanas que afetam percepção e comportamento dos compradores e vendedores. Daí, o conhecimento do Bitcoin ser limitado e diverso pois nem todos entendem o que é, como funciona, o que há de vantagens e riscos e, que espera do futuro, embora haja informação e desinformação, muitas opiniões e interpretações, intenções, manipulações, tudo, gerando incerteza que se traduz em volatilidade. O mercado Bitcoin é inesperado e volátil, a oportunidade de hoje pode ser ameaça e, se hoje parece uma aventura, uma certeza, amanhã pode ser dúvida, por isso, o usuário deve ser prudente, informado e responsável na hora de atuar no mercado Bitcoin, considerando que a volatilidade e a dúvida são fatores relacionados no contexto cripto enquanto a volatilidade se refere à frequência e magnitude das mudanças de preços em um mercado, a dúvida, refere-se a incerteza ou falta de confiança em um ativo ou no mercado. Criptomoedas são instáveis e de valor, explicado por vários motivos, como falta de normas que as regulamentam, o fácil que se pode alterar ou perder por problemas técnicos ou ataques informáticos influenciando o mercado dividido e perda de liquidez devido a fragmentação, fazendo com que preços mudem, além disso, há os que atuam conforme sentimentos e crenças sem ter em conta a realidade ou veracidade do que dizem as redes sociais. A dúvida no mercado cripto reflete a volatilidade de preços gerando incerteza e risco aos investidores que devem estar atentos às tendências e acontecimentos que podem afetar o valor das moedas digitais, daí, considerar fatores que influenciam o mercado como a regulamentação, a competência entre plataformas futuras, inovação tecnológica, confiança dos usuários, demanda e oferta e a especulação como relação entre volatilidade e dúvida bidirecional em que volatilidade pode gerar dúvida e a dúvida aumentar a volatilidade.
Os termos “emissão” e “inflação” são usados como sinônimos, na realidade, a emissão e a inflação são conceitos estritamente relacionados com significados diferentes, daí, emissão ser a criação de nova moeda por parte de banco central ou protocolo enquanto um banco central, por exemplo, pode emitir moeda por diversas razões, como financiar gastos, estimular economia ou controlar oferta, daí, emissão “variável” pode ter efeitos positivos ou negativos dependendo de como se faz e de como reage o mercado. Caso o banco central emita moeda para financiar déficit, pode aumentar a dívida pública e gerar desconfiança provocando fuga de capitais e depreciação da moeda, por outro lado, se o banco central emitir moeda para estimular demanda, pode impulsionar crescimento econômico e emprego gerando confiança e apreciando o dinheiro e, no caso do Bitcoin, a emissão de novas moedas é realizada de modo predefinido pelo protocolo. A inflação pode ter causas varias como emissão monetária, aumento da demanda, aumento dos custos de produção, expectativas inflacionárias ou choques externos, pode ter efeitos positivos ou negativos dependendo da magnitude, da duração e distribuição e, se for baixa e estável, favorece o crescimento econômico, emprego e investimento reduzindo o valor real da dívida, estimulando consumo e inovação, facilitando ajuste dos preços relativos e se for alta e volátil, prejudica o bem-estar social, eficiência econômica e estabilidade financeira. A emissão e inflação não são mesma coisa, mas relacionadas, considerando que emissão é a criação de moeda, enquanto inflação é o aumento generalizado dos preços de bens e serviços considerando que a emissão monetária pode ser causa da inflação mas não a única.
Moral da Nota: a Unicamp anunciou estudo para desenvolver “passaporte” digital de baterias tratando-se de sistema blockchain de rastreamento dos dispositivos que mapeará o ciclo de vida completo das baterias, da extração do minério utilizado na fabricação ao reuso, reciclagem e eventual descarte. Desenvolvido por 15 pesquisadores do Centro de Estudos de Energia e Petróleo, Cepetro, da Unicamp, o projeto previsto para durar 3 anos conta com financiamento da Total Energies integrando acordo de R$ 22,9 milhões firmado pela Unicamp e a empresa prevendo execução de 6 projetos nas áreas de energia solar e baterias. O sistema abrange a cadeia produtiva, da extração do minério, transporte de caminhão, trem ou navio, produção propriamente dita, realizada em geral, na China e entrega e uso do produto nos países de destino e “após a fabricação das células passam por vários donos, como importador e o fabricante de veículos ou eletrônicos, antes de chegar ao consumidor, sendo preciso saber quem vai cuidar da reciclagem, quem de fato é o dono da bateria entre o fabricante e o usuário final sendo preciso regulamentar”. A Unicamp informou ainda sobre a vida útil do dispositivo, como por exemplo sobre a forma de utilização ao longo do tempo, desenvolvendo modelos a fim de prever o estado de saúde das baterias e melhores estratégias ao carregamento e descarregamento, classificação, avaliação do nível de risco e otimizações à segundo uso e, de acordo com o coordenador do projeto, a plataforma será interessante à indústria de baterias, fabricantes de automóveis, governos e meio ambiente, uma vez que favorece reciclagem e traz transparência ao processo. O Brasil poderá seguir os passos da UE na regulamentação das baterias quando o Parlamento Europeu aprovou medidas para fortalecer regras de sustentabilidade na fabricação, uso e descarte de baterias, sejam portáteis, veículos elétricos ou industriais, estabelecendo exigências, metas e obrigações aos fabricantes com níveis mínimos obrigatórios de metais reciclados na composição de novas baterias, inicialmente terão 16% do cobalto reciclado, 6% do lítio e 6% de níquel além de documentação sobre conteúdo reciclado presente na composição com metas a ser cumpridas já em 2025 e 2027.