O banco Pactual de investimentos, BTG, possui 100% das ações da corretora pró-cripto Orama por USD$ 99 milhões, parte da estratégia em expandir as plataformas digitais do banco oferecendo mais oportunidades de investimento. A aquisição é sujeita à aprovação de autoridades, incluindo o banco central, com o sócio de plataformas digitais do BTG eslcarecendo que "proporcionará aos clientes da Orama acesso à plataforma completa do BTG”, já que a Orama fundada em 2011, teria US$ 3,6 bilhões em ativos sob custódia atendendo 360 mil clientes e foco na distribuição de fundos de investimento, produtos de renda fixa e investimentos em criptomoedas. A subsidiária de gestão de patrimônio da Orama, Orama Singular, lançou em 2022 fundo gerido ativamente focado em ativos digitais chamado Block3, oferecendo investimento multimercado na indústria cripto, proporcionando exposição a ativos incluindo Bitcoin, BTC, tokens, derivativos e outros. O fundo de ativos digitais da Orama registrou tendência positiva em 2023, subindo mais de 30%, dados da Bloomberg, não estando esclarecido se a compra da Orama pelo Pactual resulta em novos produtos relacionados a criptomoedas e, além de adquirir a Orama, o Banco atuou em empresas relacionadas a criptomoedas anunciando em 2023 planos de lançar o BTG Dol, moeda estável atrelada ao dólar norte-americano na proporção de 1/1, utilizando serviços de custódia do banco, sendo que lançou anteriormente aplicativo de negociação cripto que permite clientes investir diretamente em criptomoedas.
Em 2014 a Orama distribuiu produtos de renda fixa e em 2018 incorporou produtos de renda variável e previdência, possuindo 370 funcionários e 300 assessores de investimentos registrados na Ancord, Associação Nacional das Corretoras de Valores, presente no Rio de Janeiro e São Paulo e, entre os principais acionistas estão a Rede D’Or que incorporou os 25% adquiridos pela SulAmérica em 2019 e a Globo Ventures que compradora de 25% em 2017. O CEO da Orama avalia que “com o acordo, clientes Orama terão acesso a produtos e serviços de qualidade, com selo de solidez e credibilidade do BTG e, na outra ponta, além da gestora, controladores focarão no ‘investment as a service’, soluções que atendem varejistas e empresas e que oferecem investimentos aos clientes", Ainda em relação ao BTG, a stablecoin atrelada ao dólar tem como objetivo auxiliar clientes na iteração entre sistema financeiro tradicional e economia digital, na proporção de 1:1, com serviços de custódia do banco informando que a stablecoin permitiria detentores “dolarizar” parte da riqueza além de clientes interagir com sistema financeiro tradicional e economia digital. O head de ativos digitais do BTG avaliou que “inovam no uso da tecnologia financeira em benefício dos clientes e, ao adquirir o BTG Dol, o investidor acessa forma mais fácil, segura e inteligente de investir em dólar”.
Moral da Nota: a stablecoin BTG Dol é baseada na Mynt, plataforma de tecnologia criptográfica do BTG que permite usuários investir em criptomoedas como o Bitcoin, “já com 22 criptomoedas na plataforma, demonstrando que o Banco confia na tecnologia e continuará com o oferecendo produtos e serviços digitais.” De acordo com o The Rio Times, o lançamento da Mynt tornou o Pactual 1ª instituição financeira brasileira permitir que clientes “participem diretamente” dos mercados de criptoativos e, “com o apoio BTG, possui diferenciais em segurança e credibilidade em investimento que os clientes ainda não estão acostumados”, lembrando que o banco lançou token de segurança respaldado por imóveis, ReitBZ, em 2019, depois de examinar ativos digitais e fundo criptográfico após lançar seu Fundo de Investimento Multimercado Bitcoin 20. A Gemini, bolsa de criptomoedas, fez parceria com o BTG para fornecer custódia a alguns fundos relacionados a ativos digitais do banco, ao passo que o Fundo de Investimento Multimercado Bitcoin 20 do BTG Pactual teria se tornado um dos primeiros fundos Bitcoin lançados no Brasil em 2021, com custódia e outros serviços prestados pelas subsidiárias da Gemini, Gemini Custody e Gemini Fund Solutions. Por fim, Bancos brasileiros adotam serviços amigáveis às criptomoedas, com o Banco do Brasil permitindo clientes pagar impostos com cripto como o Bitcoin iniciativa com a Bitfy, empresa de criptografia.