segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Programabilidade

O JPMorgan lança pagamentos programáveis na plataforma blockchain institucional JPM Coin à usuários institucionais, com o chefe da plataforma Onyx compartilhando detalhes da nova funcionalidade através de relatório inicial da Bloomberg que permite funcionalidades de tesouraria programável em tempo real e novos modelos de negócios digitais na evolução do JPM Coin, descrevendo a recém-introduzida programabilidade à sua plataforma blockchain. A equipe da Onyx observa que a funcionalidade é objetivo à indústria de pagamentos e destacam como primeira do tipo oferecida por banco comercial global atendendo contas em blockchain no Sistema JPM Coin, permitindo usuários programarem pagamentos usando a interface "Se Isto, Então Aquilo", avisando que a empresa de tecnologia alemã Siemens AG é o primeiro cliente institucional utilizar a funcionalidade de pagamento programável, comprovando uso recentemente e, a FedEx e Cargill devem utilizar a solução antes do final de 2023. De acordo com a Onyx, usuários podem gerenciar funções automatizadas incluindo financiamento dinâmico, que permite especificação de regras para financiar conta bancária em caso de déficits, sendo que pagamentos com base em eventos são outro caso de uso onde usuários podem executar pagamentos com base em eventos, incluindo chamadas de margem, entrega de ativos, bens e serviços ou cumprimento de obrigações contratuais. A oferta como o catalisador para possibilitar funcionalidades dinâmicas e baseadas em eventos alimentadas pela blockchain, segundo o banco, mostra que "programabilidade tem sido objetivo-chave para moedas digitais e dinheiro tokenizado desde o início" e, no caso da Siemens AG, sua introdução aproveita "vantagens e recursos do mundo cripto" combinado contas bancárias em blockchain do JPMorgan "levando a empressa ao próximo nível de automação, não apenas para otimizar uso de capital de giro, mas, possibilitar modelos de negócios digitais em dados e apoiar escalabilidade de negócios na Siemens do lado da tesouraria."

A JPMorgan desenvolve infraestrutura para lançar token de depósito que permitirá liquidações entre bancos para clientes corporativos, sendo que  não estará disponível até que o banco receba luz verde dos reguladores nos EUA. Desenvolveu a maior parte da infraestrutura para executar o token, que será lançado para clientes corporativos acelerando pagamentos e liquidações, sendo que os tokens de depósito são emitidos em blockchain por instituição depositária para representar posição de depósito, solução que contrasta com stablecoins, que geralmente são emitidas por entidade privada não bancária. O produto difere do JPM Coin que permite clientes corporativos transferir dólares e euros através da instituição financeira e, com o novo token de depósito, transações com outros bancos são permitidas, adequado à diferentes formas de liquidação em blockchain, incluindo operações de valores tokenizados. O token de depósito tem similaridades com a JPM Coin em termos de cumprimento, permitindo transações realizadas através de processos de conhecimento do cliente e prevenção de fraudes e, em 2022, o token foi proposto em transação única como parte do Projeto Guardian, esforço colaborativo intersetorial liderado pela Autoridade Monetária de Singapura, MAS. O JPMorgan sinalizou que tokens de depósito oferecem mais estabilidade e confiabilidade em comparação à soluções semelhantes como stablecoins e moedas digitais de bancos centrais, CBDC, sendo que a iniciativa de depósito de tokens do JPMorgan não expande apenas soluções em blockchain, mas agrega mais competência a emissores de stablecoins sendo que a Pay Pal se uniu à carreira de liquidações mais rápidas, impulsionadas por tokens criptografados lançando sua stablecoin.

Moral da nota:  o JPMorgan Chase e o consultor Oliver Wyman analisam Blockchain no banco comercial em relatório esclarecendo que stablecoins e moedas digitais dos bancos centrais, CBDC, foram dominadas neste âmbito até agora, mas sinalizam vendas que ofereciam tokens de depósito no momento da estabilidade e fiabilidade. Os tokens de depósito são emitidos em blockchain por entidade depositária para representar direito de depósito, contrastando com stablecoins, comumente emitidas por entidade privada no banco e com o CBDC, sendo a diferença no emissor chave de venda "dado que os tokens de depósito são dinheiro bancário comercial encarnado em nova forma técnica, fornecidos cômodamente como parte do ecossistema bancário sujeitos à regulamentação e supervisão aplicáveis aos bancos comerciais". Nesse sentido, stablecoins não são boas comparadas à falta de normas às reservas e a falta de clareza sobre direitos de reembolso, além disso, existe risco de contágio em caso de retirada massiva de stablecoin, enquanto poderia esperar tokens de depósito como "extensões dos depósitos tradicionais" resistissem a essa tensão. Por fim, o banco alemão DekaBank planeja lançar plataforma de tokenização em 2024 associado com o Metaco, empresa de ativos digitais, na tokenização de bônus e ações. A próxima plataforma blockchain do DekaBank será desenvolvida em colaboração com o sistema de gerenciamento de ativos digitais Metaco Harmonize, planejando desenvolver a Harmonize como plataforma central à "oferta institucional de ativos digitais" de acordo com a Lei de Valores Eletrônicos da Alemanha agregando que “criptomoedas são negociáveis no mundo, regulamentadas em algumas e menos ou não regulamentadas em outras partes do mundo, sendo que as implicações que podem surgir devido essas disparidades são ambientais muito grandes e podem trazer riscos muito altos”. Por sua vez, o Grupo DWS, braço de gestão de ativos do Deutsche Bank, um dos principais provedores de serviços financeiros do mundo, informa que está investindo em empresas alemãs de criptomoedas, incluindo Deutsche Digital Assets e Tradias após algumas classificações, a Alemanha se converter na ecossistema cripto mais favorável do mundo em 2022, com base em fatores como perspectiva cripto favorável, regras fiscais criptográficas claras e comunicações regulatórias transparentes, sendo que a autoridade financeira alemã BaFin emitiu várias licenças para troca de criptomoedas, incluindo empresas como Coinbase e Bitpanda.