terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Layer um

A ZetaChain, rede de camada 1 como Bitcoin e Ethereum, é um protocolo criado em 2021 projetado à fornecer interoperabilidade padronizada entre redes, permite que cadeias não baseadas em contratos inteligentes interajam com o ecossistema mais amplo de finanças descentralizadas, DeFi, como resultado, desenvolvedores podem implementar contratos inteligentes em redes que não executam a tecnologia, como Bitcoin e Dogecoin. Um contrato inteligente é contrato digital armazenado na blockchain executado automaticamente quando condições predeterminadas são atendidas, no entanto, no ecossistema cripto, a capacidade dos contratos se comunicarem entre blockchains tem sido ponto fraco. A ZetaChain busca resolver a questão permitindo desenvolvedores construírem aplicativos descentralizados, DApps, omnichain, nos quais os ativos e dados podem ser acessados ​​de uma única plataforma, independente da blockchain que foram criados ou armazenados, e sem necessidade de pontes ou tokens de envolvimento. Afirma ter visto mais de 27 mil contratos DApp implantados na plataforma por vários aplicativos de terceiros, incluindo DeFI entre cadeias, tokens não-fungíveis, identidade Web3 e protocolos de jogos, enquanto mais de 13 milhões de transações foram realizadas em sua testnet por mais de 1,7 milhão de usuários, segundo afirma o protocolo. A plataforma reuniu contribuidores principais no espaço cripto desde sua criação, incluindo Ankur Nandwani, ex-Coinbase, Brave e 0x, Panruo Wu, contribuinte inicial à THORchain e Brandon Truong ex-BuzzFeed, Udacity e Yada, além de vários ex-funcionários da Cosmos, Ignite, ConsenSys e outros projetos blockchain fazendo parte da equipe central, esclarecendo que "os contratos inteligentes entre cadeias compatíveis com a Ethereum Virtual Machine, EVM, aliviam esses problemas, permitindo que desenvolvedores de aplicativos descentralizados construam serviços que sejam mais rápidos, seguros e fáceis de usar".

Security Tokens são considerados a próxima grande tendência do mercado de criptoativos, com potencial para se tornar carro chefe da indústria e, buscando compreensão, definimos securities como ativos negociáveis, obrigações, débitos, ações e garantias, daí, um security é como ter algo ou parte sem necessidade de possuí-lo fisicamente. O ouro por exemplo, é um security significando que possuímos quantidades desse metal sem necessidade de comprar quilates ou de guardá-lo em cofre. Investir em securities é ação comum realizada por companhias e governos visando arrecadar valores de investidores, que por sua vez, recebem dividendos, taxas geradas por juros, parte do lucro da companhia ou do projeto. Quando o processo é realizado através da blockchain, utilizando tokens, o security passa a ser chamado de Security Token, logo, o termo é usado para definir securities criptográficos comprados por investidores que geram dividendos, dividem lucros e pagam juros para esses investidores no futuro. A principal vantagem de utilizar Security Tokens é a liquidez com os securities "baseados em papel", como ações e imóveis, que possuem problemas nesse aspecto e com a tecnologia utilizada pelos tokens e blockchain os dividendos podem ser pagos de forma simples, através de Smart Contracts tornando o processo ágil e automatizado de modo que o mercado tradicional não consegue. O preço das Security Tokens não está ligado à especulação única como o caso de outros criptoativos, o Bitcoin, por exemplo, os tokens são apoiados pela seguridade que a companhia responsável pela emissão oferece e, para garantir segurança, diversos testes são realizados. Daí, emerge a STO, Security Token Offerings, e a ICO, Initial Coin Offerings, com semelhanças quando se trata do modo como os ativos são entregues ao investidor, entretanto, as STOs precisam ser compatíveis com regulamentações mais rígidas que as ICOs. A diferença entre ICO e STO é que as STOs são respaldadas por ativos em acordo com a governança regulatória de órgãos responsáveis, por sua vez, a maioria das ICOs driblam estruturas legais e não precisam de registro ou do cumprimento de normas regulatórias sendo que as moedas das ICOs estão posicionadas como Utility Tokens, dando ao usuário acesso a plataformas nativas ou aplicativos descentralizados e, por ser um Utility Token, está focado no uso e não no investimento. A barreira para que empresas possam lançar ICO é menor que STO, não havendo necessidade de realizar todos os processos iniciais para estar em conformidade com a governança regulatória dos órgãos responsáveis, além disso, as empresas podem vender suas moedas junto ao público em geral para arrecadar fundos. A STO possui dificuldade maior para ser lançada porque o objetivo é oferecer contrato de investimento que esteja na lei de valores mobiliários e a empresa que quiser lançar STO precisa realizar o trabalho inicial para que as normas relevantes sejam cumpridas e só podem arrecadar fundos com investidores que sejam credenciados e cumpram requisitos necessários.

Moral da Nota: Hyperledger trata-se de projeto que busca melhorar tecnologias blockchain de várias indústrias, colaboração hospedada pela The Linux Foundation incluindo IBM, SUP, Intel, J.P.Morgan e Deutsche Borse, Airbus e Daimler, startups blockchain e de criptomoeda, tratando-se de hub ao desenvolvimento blockchain aberto à indústrias e empresas. Os desenvolvedores Hyperledger veem blockchain como tecnologia influente para compará-lo com tecnologias da web e utilizam no desenvolvimento de sistemas operacionais blockchain à mercados, micro-moedas, comunidades digitais e compartilhamento de dados, planejando educar o público e promover blockchain atraindo desenvolvedores e empresas. Por fim, vale dizer que a ZetaChain levantou US$ 27 milhões em rodada de capital para permitir interoperabilidade independente de cadeia com participações da Blockchain.com, Sky9 Capital, Jane Street Capital, VistaLabs, Human Capital, Vy Capital, CMT Digital e outros investidores, buscando apoiar a plataforma agnóstica de cadeia.