quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Clima e Ambiente

O New York Times publicou  na seção “Clima e Meio Ambiente”  lembrando leitores dos “surpreendentes custos ambientais” da mineração cripto,   incluindo referências a pesquisas afirmando que a mineração Bitcoin por si só empurra o aquecimento global acima dos níveis do Acordo de Paris, críticas que argumentam que as moedas digitais são supérfluas e perdulárias ignorando impacto de meios de troca preferidos, com o historiador Stuart Schrader, argumentando a supremacia do dólar americano e  "privilégio exorbitante" como moeda de reserva global. Estudos recentes concluíram que o Departamento de Defesa "é o maior usuário institucional de petróleo do mundo e, o maior produtor de gases de efeito estufa, GEE," e estudos anteriores apontam que os militares dos EUA rivalizam com mais de 140 países em termos de impacto ambiental cumulativo, daí, relatório de 2019 do Pentágono descobrir que 79 bases militares americanas no mundo correm o risco de inundações decorrente aumento do nível do oceano, risco propagado pela atividade militar, apesar do consumo do dólar e de recursos das Forças Armadas. As moedas digitais são comprovadamente escassas e  programáveis e atuam como ferramenta de coordenação poderosa e, para esse fim, a blockchain se move em direção a modelos sustentáveis ​​em uníssono com, o Bitcoin, alimentando fontes alternativas de energia e a Ethereum fazendo transição ao modelo de consenso de Prova de Participação, PoS, com eficiência energética e a Ripple defendendo mecanismos sustentáveis, parecendo cada vez mais claro que as moedas fiduciárias estão presas em passado de poluição enquanto blockchain  lidera a carga de sustentabilidade. A blockchain pode provar ter sido a tecnologia primária que conduziu a espécie humana na direção à sustentabilidade de longo prazo, tendência que prevalece no espaço com empresas e redes comemorando pegadas de carbono negativa, NFTs de compensação de carbono e doações à causas ecológicas, parte de esforço para transformar dinheiro. Daí, a Algorand promete blockchain carbono-negativo enquanto outras cadeias ponderam transições do modelo do proof of stake, PoS, em esforço para tornar-se verde e aumentar rendimento e eficiência, com objetivo carbono-negativo através de parceria com a ClimateTrade, a fintech focada na compensação de carbono em que a  ClimateTrade ajuda construir “oráculo de sustentabilidade”,  o primeiro de seu tipo, que analisa a quantidade de energia usada para produzir grupos de blocos chamados de “epochs” enquanto a rede usa contrato inteligente para comprar créditos de carbono como Ativos Padrão Algorand, bloqueados em um "tesouro verde". A preocupação com o impacto ambiental dos NFTs pronunciada pelos artista leva a projetos ambiciosos, como o evento de arrecadação de fundos ao Dia Mundial da Arte de Hic et Nunc na cadeia de provas de aposta, PoS, Tezos, quando o Myshli Studio de Danil Krivoruchko anuncia a venda de 1000 "Ksoids", criaturas colecionáveis ​​geradas por algoritmos e vendidas a 0,04 ETH com pacotes de 10 disponíveis e, segundo o Myshli Studio em comunicado, US$20 dos rendimentos serão doados para Orangutan Outreach, organização que preservar habitats dos macacos, bem como quantia não especificada doada aos organizadores da mudança climática 350org.

Já o mercado de crédito de carbono descentralizado construído em Cambridge apoia o reflorestamento para atingir a meta climática de Glasgow sendo que as soluções baseadas na natureza, particularmente florestas, têm papel a desempenhar na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e,  agora, com data definida, aumenta a pressão de governos e público para lançar programa de soluções baseadas na natureza, NbS, executadas para sequestrar gigatoneladas de carbono anualmente e proteger biodiversidade, no entanto, projetos atuais do NbS são prejudicados pelo subfinanciamento crônico e, à medida que esses desafios sobre como financiar e verificar o progresso em direção ao objetivo são contemplados, a blockchain pode ser a resposta. O centro de Cambridge para construir mercado descentralizado à créditos de carbono e apoiar esforços de reflorestamento pode ser o progresso que o mundo  precisa reunindo cientistas da computação e da conservação para fazer o trabalho, construído na blockchain Proof of Stake auto-atualizável com eficiência energética Tezos, usará combinação IA e detecção de satélite para construir mercado descentralizado de créditos de carbono verificáveis. Sediado no Departamento de Ciência e Tecnologia da Computação e no Conservation Research Institute, tem como objetivos principais, apoiar estudantes e pesquisadores nas áreas relevantes da ciência da computação, ciências ambientais e economia e criar mercado descentralizado onde compradores de créditos de carbono possam financiar com confiança e diretamente projetos confiáveis baseados na natureza. Construirá mercado descentralizado na blockchain Tezos porque opera de forma sustentável, conforme visão do Centro de apoio a futuro sustentável através  da tecnologia, cujo objetivo é aumentar o número de projetos reais de conservação e restauração baseados na natureza, canalizando fundos por meio de instrumentos baseados no mercado. O Centro apoiará 12 alunos de doutorado e bolsistas de pós-doutorado e investimentos para prototipar um mercado NbS confiável e escalável. Os pesquisadores financiados pelo Centro virão dos Departamentos de Ciência e Tecnologia da Computação, Zoologia e Ciências Vegetais, bem como do Centro de Formação Doutoral em Inteligência Artificial para o estudo do Risco Ambiental.

Moral da Nota: a realidade é que relatório revela que Índia e China estão entre os maiores emissores de CO2 sendo que em 2023 foram liberadas na atmosfera 36,8 bilhões de toneladas métricas de CO2, o dobro da quantidade de há 4 décadas, aumento atribuído a elevação dos níveis de poluição provenientes destes países, com os responsáveis globais nas negociações internacionais sobre o clima inseridos na realidade das emissões que continuam aumentar apesar das metas ambiciosas. O Global Carbon Project, estimado coletivo de cientistas internacionais, revelou que número alarmante surgindo quando líderes mundiais se reuniram para discutir estratégias destinadas a reduzir emissões em 43% até 2030, com Pierre Friedlingstein, da Universidade de Exeter, um dos autores do estudo, expressando perspectiva que “parece inevitável que ultrapassaremos a meta de 1,5 ºC do Acordo de Paris” e, com a trajetória atual, mesmo manutenção do limiar de 2 ºC  torna-se cada vez mais precária, necessitando  cortes nas emissões de combustíveis fósseis. O presidente do IPCC fez eco destas preocupações, sublinhando que o objetivo de limitar aquecimento a 1,5º C está no limite da viabilidade, dependendo de reduções massivas de emissões, “claramente não estamos na direção certa”, com dados mostrando que o equivalente a 2,57 milhões de libras de CO2 foi bombeado à atmosfera a cada segundo devido combustão de combustíveis fósseis e produção de cimento, nomeadamente, se China e Índia fossem excluídas dos cálculos, as emissões globais teriam diminuído. Os números revelam que emissões da China aumentaram 458 milhões de toneladas métricas em relação a 2022, enquanto as da Índia aumentaram 233 milhões de toneladas métricas, com aviação aumentando 145 milhões de toneladas métricas, em contraste, o mundo reduziu coletivamente as emissões de combustíveis fósseis em 419 milhões de toneladas métricas, com a Europa liderando com uma redução de 205 milhões de toneladas métricas, seguida pelos EUA com queda  de 154 milhões de toneladas métricas. A queda de 8% nas emissões europeia abrangeu carvão, petróleo, gás e cimento, enquanto os EUA registraram redução nas emissões de carvão, embora com  aumentos no petróleo e gás, sendo que o relatório sugere que o salto de 4% nas emissões da China reflete recuperação pós-pandemia vivida por outras regiões em 2022. As conclusões, baseadas em dados de nações e empresas servem como apelo à ação imediata, com a Diretora do Programa da ONU ao Meio Ambiente enfatizando necessidade de atingir "o mais rápido possível" zero emissões de combustíveis fósseis, com os países desenvolvidos atingindo esse marco até 2040 e os em desenvolvimento até 2050 ou 2060.