segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Climate resilent summit

O governo americano lança o Quadro Nacional de Resiliência Climática, plano, que tentará difundir à outras comunidades ideias que funcionaram em algumas comunidades, dentre os exemplos, a adoção de novos códigos de construção à aumentar resiliência e ferramenta de dados aos funcionários aceder informação sobre impactos climáticos, sendo que a rodada de financiamento inclui US$ 167,7 milhões do Departamento de Energia para modernizar rede elétrica, US$ 12,7 milhões da NOAA, Administração Nacional Oceânica e Atmosférica para ajudar comunidades defenderem-se contra os perigos relacionados ao clima e US$ 16 milhões do Departamento do Trabalho para criar empregos de resiliência climática em comunidades carentes, além do financiamento de programas de resiliência à seca e risco de incêndios florestais, proteção de espécies ameaçadas pelas alterações climáticas e novos centros comunitários de resiliência climática no Arizona, Carolina do Norte, Califórnia, Maryland e  Michigan. Os americanos sofrem impactos devastadores das alterações climáticas e, nos primeiros 8 meses de 2023 ocorreram 23 desastres meteorológicos e climáticos de bilhões de dólares, mais que em qualquer outro ano registrado, cujos efeitos a longo prazo das alterações climáticas inclui aumento do nível do mar, temperaturas médias mais elevadas, alterações nos padrões de precipitação pluviométrica afetando toda a sociedade. O governo americano está focado, segundo ele próprio, em agenda climática de conservação e justiça ambiental mais ambiciosa da história, cumprindo compromisso de acolher a primeira Conferência da Casa Branca sobre Construção de Comunidades Resilientes ao Clima incluindo representantes de mais de 25 estados, territórios e nações tribais, sublinhando  compromisso da Administração com soluções que reduzirão as emissões de gases efeito estufa e gerirão ameaças climáticas reconhecendo importância de soluções adaptadas localmente e orientadas à comunidade.  A Conferência amplia a liderança dos profissionais de resiliência climática no país, os trabalhadores da construção, educadores,  agentes de resiliência municipais e estaduais, gestores de emergência e de recursos, líderes locais e tribais e os que se esforçam para ajudar suas comunidades a se adaptarem aos impactos climáticos e preparar-se à futuros riscos, oferecendo oportunidade à profissionais e altos funcionários da administração de mais de 15 departamentos e agências federais discutirem necessidades e oportunidades à futuros esforços de resiliência climática, incluindo maximização do impacto dos mais de US$ 50 bilhões à resiliência climática no programa Investing in America bem como o Plano de Emergência para Adaptação e Resiliência, PREPARE, que cria resiliência climática nos países em desenvolvimento. Em conjunto, Conferência e governo americano lançaram o Quadro Nacional de Resiliência Climática, visão à nação resiliente às alterações climáticas concebida para orientar e alinhar investimentos e atividades de resiliência climática por parte do governo federal e parceiros, identificando princípios comuns e ações específicas para expandir e acelerar o progresso em direção a 6 objetivos. Além disso, a Administração anunciou novas ações incluindo a atribuição ou disponibilização de mais de US$ 500 milhões em financiamento dedicado para ajudar construir nação resiliente às alterações climáticas e compromissos de entidades filantrópicas à expandir apoio financeiro à resiliência climática e alinhar investimentos com prioridades nacionais de resiliência climática além das medidas executivas para lançar o American Climate Corps, iniciativa de formação e serviços de força de trabalho que mobilizará mais de 20 mil jovens americanos para ajudar construir nação mais sustentável e resiliente e investimentos à combater calor extremo e inundações induzidas por tempestades, expandindo florestas urbanas, construindo resiliência comunitária à condições climáticas extremas fortalecendo sustentabilidade e segurança da rede elétrica nas comunidades rurais do Havaí e Porto Rico.

O Plano nacional de resiliência climática identifica 6 objetivos globais de resiliência climática do governo federal e fornece ações específicas a serem tomadas para alcançá-los, em ambiente que alterações climáticas tornam fenômenos meteorológicos extremos mais frequentes e graves “resultando em tragédias e realidades antes inimagináveis” de acordo com um novo quadro de resiliência climática. O governo associou o lançamento do plano a conferência de resiliência climática na Casa Branca em reunião com representantes de mais de 25 estados, territórios e nações tribais e ao anúncio do financiamento de resiliência climática distribuídos por diferentes agências afirmando que centra soluções adaptadas localmente e orientadas à comunidade e “ajudará orientar o investimento federal” pretendendo ir além da resposta tradicional a catástrofes, segundo Shana Udvardy, analista de resiliência climática da Union of Concerned Scientists. Os objetivos incluídos no documento são “incorporar resiliência climática no planejamento e gestão” com ações incluindo reforço das equipes que coordenam o trabalho inter agências, garantindo que comunidades acessem dados e ferramentas de projeção climática validados e estabelecendo metas para medir progresso da resiliência climática, à semelhança das metas de emissões de gases efeito estufa, “aumentar a resiliência do ambiente aos choques climáticos agudos como aos fatores de stress crônicos”  incluindo adoção de novos códigos de construção e energia e apoio a reformas no uso do solo e zoneamento para incentivar desenvolvimento denso em áreas de menor risco, “mobilizar capital, investimento e inovação à promover resiliência climática em grande escala” incluindo mobilização financeira governamental à apoiar bens e serviços que minimizem riscos climáticos e análise de como seguros podem ser alterados para promover  resiliência,  “equipar comunidades com informações e recursos para avaliar riscos climáticos e desenvolver soluções de resiliência mais adequadas” incluindo implantação de fontes de informação online para atualizar tomadores de decisão nos EUA e melhoria da qualidade dos modelos climáticos, “gerenciar terras e águas de modo sustentável à aumentar resiliência e, fornecer benefícios” incluindo erradicação de espécies invasoras, investigação de como funcionam soluções baseadas na natureza e continuação do apoio à criação e proteção de espaços verdes urbanos e, por fim, “ajudar comunidades a tornarem-se mais resilientes, seguras, saudáveis, equitativas e economicamente fortes” incluindo apoiar governos locais e no planejamento dos impactos da relocalização das comunidades, promovendo aquisições voluntárias como parte do plano de resiliência do governo local e construir força de trabalho com formação climática.

Moral da Nota: a Califórnia aprova roteiro à neutralidade de carbono até 2045, significando que o estado removerá da atmosfera tantas emissões de carbono quantas emitir. Por votação unânime foi aprovado plano para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, mudando práticas nos setores de energia, transporte e agricultura, embora os críticos dizem que não vai longe o suficiente à combater  Alterações Climáticas, pretendendo alcançar neutralidade de carbono até 2045 e, fazê-lo em parte, reduzindo a procura de combustíveis fósseis em 86% dentro desse prazo, meta de neutralidade de carbono já estabelecida com o governador assinando legislação tornando-a obrigatória no início de 2023. O caminho percorrido pelo plano até à aprovação pelo Conselho de Recursos Aéreos da Califórnia não foi isento de críticas e, capturar grandes quantidades de carbono e armazená-lo no subsolo é um dos elementos mais controversos da proposta, com os críticos dizendo que isso dá aos maiores emissores do estado motivos para não fazerem o suficiente para mitigar alterações climáticas. Ativistas, residentes e especialistas aproveitaram a oportunidade para opinar sobre o plano antes da votação do conselho e, muitos disseram, que a versão mais recente, embora não seja perfeita, era melhoria em relação aos rascunhos anteriores, comprometendo o Estado a fazer mais para reduzir emissões que provocam o aquecimento do planeta. O plano não compromete o estado a tomar quaisquer medidas específicas, mas estabelece amplo roteiro sobre como atingir os objetivos, como por exemplo, sua implementação depende da capacidade do estado de abandonar combustíveis fósseis e de recursos renováveis para obter energia, apela ao estado para reduzir procura de combustíveis líquidos de petróleo em 94% até 2045 e quadruplicar a capacidade solar e eólica ao longo do mesmo período, com novos edifícios residenciais e comerciais alimentados por aparelhos elétricos antes da próxima década, redução drástica da dependência do petróleo e gás surgindo em momento que os funcionários públicos continuam debater sobre como evitar apagões quando ondas de calor recorde obrigam os californianos a ligar o ar condicionado e, por fim, a presidente do Conselho de Recursos Aéreos da Califórnia elogiou a versão mais recente do plano como a mais ambiciosa até o momento que passou por mudanças após comentários públicos no início de 2023, quer dizer “em última análise, alcançar a  neutralidade de carbono requer implantação de todas as ferramentas disponíveis para reduzir as emissões e armazenar carbono”, concluiu. As autoridades esperam que o abandono dos carros e caminhões movidos a gás reduza as emissões de gases efeito estufa e, ao mesmo tempo, limite o impacto na saúde pública dos produtos químicos que libertam sendo que as metas do plano incluem fazer com que 20% da demanda de combustível de aviação venha de fontes elétricas ou hidrogênio até 2045 e garantir que os veículos médios vendidos tenham emissão zero até 2040, sendo que o conselho já aprovou política para proibir venda de carros novos movidos exclusivamente a gasolina no estado a partir de 2035. O plano refere-se à captura de carbono como  “ferramenta necessária” no estado juntamente com estratégias para mitigar mudanças climáticas, apela ao estado capturar 100 milhões de toneladas métricas de CO2 equivalente e armazená-lo no subsolo até 2045, sendo que a advogada do grupo de justiça ambiental Communities for a Better Environment, classificou o plano como “enorme passo em frente” para mitigar as alterações climáticas e proteger a saúde pública, mas criticou as metas de captura de carbono argumentando que abrem caminho para que as refinarias continuem poluir à medida que o Estado reduz as emissões, sendo que um dos objetivos a alcançar é a redução de 66% nas emissões de metano do setor agrícola até 2045 com o gado como fonte significativa de libertação de metano, gás que aquece o planeta, e a implementação do plano significaria menor dependência do setor agrícola aos combustíveis fósseis como fonte de energia.