Uma das críticas dos que duvidam da ciência climática é que os modelos climáticos superestimam a taxa de aquecimento global, afirmação, à tona diversas vezes e frequentemente baseada em exemplos únicos de incerteza ou dados escolhidos, no entanto, vários estudos voltaram e examinaram modelos climáticos individuais nos últimos anos e, em geral, descobriram que estão funcionando bem. Estudo divulgado leva o exercício à próximo nível, em que pesquisa analisa de modo abrangente modelos climáticos globais publicados entre 1970 e 2007, incluindo os usados nos 3 primeiros relatórios do IPCC. A maioria dos modelos está obsoleta, substituída por gerações mais avançadas e, no entanto, acertou projeções de quanto a Terra aqueceria nos anos seguintes à sua publicação respondendo emissões de gases efeito estufa, aí, 14 dos 17 modelos foram considerados precisos. O estudo destaca ponto importante, às vezes esquecido, sobre o modo como modelos climáticos funcionam e a quantidade de aquecimento que preveem é consequência direta das emissões de gases efeito estufa que assumem para o futuro, sendo que prever com precisão emissões de carbono é notoriamente difícil pois depende de fatores humanos incluindo crescimento populacional, mudanças econômicas e mudanças no cenário energético. O estudo sugere que modelos criticados no passado simulavam de modo preciso relação entre temperaturas e gases efeito estufa, apenas que suas suposições sobre futuras emissões de carbono não correspondiam emissões produzidas nos anos seguintes, quer dizer, se os cientistas voltassem e inserissem níveis exatos de emissões de gases efeito estufa que realmente ocorreram após a publicação dos modelos, suas previsões sobre o aquecimento futuro estariam corretas.
James Hansen, pesquisador da NASA, desenvolveu Modelo Climático e na década de 1980 testemunhou no Congresso dos EUA sobre a mudança climática catapultando a questão para os holofotes do público, no qual o modelo de Hansen de 1988 previu 50% a mais de aquecimento nas próximas décadas que realmente ocorreu, alimentando argumentos dos céticos que os cientistas estavam exagerando a questão do aquecimento global. O problema com o modelo de Hansen, segundo Hausfather e seus colegas, não era sua física, assumiu emissões mais altas de clorofluorcarbonetos e metano, ambos potentes gases efeito estufa, do que realmente ocorreram, Isso ocorre em parte, porque o modelo não considerou o impacto futuro do Protocolo de Montreal, acordo internacional para eliminar gradualmente o uso de clorofluorcarbonos em esforço de reverter o buraco na camada de ozônio. Além do que, existem processos físicos em escala fina na Terra que os modelos lutam para capturar como as nuvens, por exemplo, notoriamente difíceis de representar em modelos climáticos globais com a crença de cientistas que terão influência significativa no clima futuro, o mesmo valendo ao comportamento dos aerossóis, ou, partículas na atmosfera. O estudo sugere que conclusões tiradas por modelos sobre o aquecimento global têm sido amplamente precisas por décadas, e isso significa que há confiança que os modelos mais novos e aprimorados estão acertando no básico. Cientistas do British Antarctic Survey, por exemplo, usam IA no Polo Sul para estudar o aquecimento global usando como ferramentas, veículos, submarinos e drones, viajam ao Ártico e Antártica para obter informações e lutar contra o aquecimento global realizando testes que incluem estudos nas geleiras da Ilha James Ross. Uma das ferramentas que criaram é conhecida como IceNet e permite prever como o gelo do mar mudará aplicando a tecnologia de aprendizagem profunda e a ferramenta funciona de forma semelhante ao Google Maps obtendo dados sobre correntes oceânicas e clima, propondo rota de navegação com menos gelo. Conseguiram mostrar que as geleiras são afetadas pelo aquecimento global e, como exemplo, foi o caso da geleira conhecida como Thwaites.
Moral da Nota: o El Niño, Oscilação Sul ou ENSO, afeta o clima globalmente com impactos socioeconômicos importantes, reduzindo persistentemente o crescimento econômico, sendo que as economias nacionais são sensíveis ao El Niño mesmo quando o aquecimento é levado em consideração e o crescimento econômico global futuro pode diminuir pela intensificação antropogênica da variabilidade ENSO. Além disso, molda o clima extremo globalmente, causando impactos socioeconômicos, mas não se sabe se as economias se recuperam do ENSO e como mudanças antropogênicas no ENSO afetarão a economia global, sendo atribuídos US$ 4,1 trilhões e US$ 5,7 trilhões em perdas globais de renda aos eventos do El Niño de 1982–83 e 1997–98, respectivamente e, em cenário de emissões consistente com atuais promessas de mitigação, aumento da amplitude ENSO e teleconexões do aquecimento devem causar US$ 84 trilhões em perdas econômicas no século 21, efeitos, moldados pela variação na sequência de eventos El Niño e La Niña, destacando sensibilidade da economia à variabilidade climática independente do aquecimento e potencial à perdas futuras devido a intensificação antrópica da variabilidade.