O diretor de criptografia da Visa avalia que enxerga à futuro que haverá diversificadas tecnologias blockchain a seu alcance, referindo-se aos primórdios da Internet, traça paralelos com blockchain, que, segundo ele, passa em sua história pelo “momento da banda larga”, onde avança como tecnologia. A Visa, de acordo com a postagem, tornou-se uma das primeiras redes de pagamento testar liquidações de stablecoins USDC na rede Ethereum, com a Cryptocom atuando como órgão emissor e, em 2023, o programa de liquidação foi ampliado via rede Solana, auxiliando no envio e recebimento de pagamentos das contas do tesouro Visa além da vantagem dos usuários levarem recursos rapidamente à seus comerciantes. Afirma que, no futuro, a rede Visa envolverá mais do que múltiplas moedas e vias de liquidação bancária, introduzindo várias redes blockchain, stablecoins e CBDCs e/ou depósitos tokenizados desde que os atuais sistemas legados de liquidação fiduciária coexistam com as novas tecnologias que funcionam 24 horas por dia, 7 dias por semana, com a Visa buscando ser ponte para seus clientes, independente da localização geográfica, das moedas que utilizam ou das redes de liquidação. A movimentação transfronteiriça de dinheiro está no radar da Visa e a utilização blockchain para esse fim, com a empresa afirmando que avançou na simplificação dos processos com sua plataforma Visa Direct atingindo 7 bilhões de endpoints, incluindo 3 bilhões de cartões, 2 bilhões de contas e 1,5 bilhão de carteiras digitais e, em breve, as redes blockchain farão parte deste setor. Usuários nas economias emergentes, enxergam as carteiras como 1º ponto de entrada na economia digital e o Visa Direct seria solução para permitir clientes opção de enviar fundos através de redes blockchain em stablecoins para carteiras de próxima geração. Afirma ainda que, a cada caso de uso, a complexidade blockchain aumenta, com bancos buscando o melhor modo de atender clientes nesse sentido, sob pena de ficarem para trás, enquanto usuários exploram NFTs, bancos centrais fazem experiências com CBDCs e, visando auxiliar clientes, a Visa realiza pesquisas sobre isso, explorando quais blockchains têm potencial de melhorar métodos de pagamento em tempo real para minimizar atrito ao usuário final, sendo que compartilha o aprendizado com outras instituições que trabalham usando a ferramenta Visa Consulting and Analytics. Na conclusão a Visa diz que só o tempo dirá qual papel que a blockchain desempenhará nos próximos 10 anos, no entanto, embora em fases iniciais de desenvolvimento, as instituições financeiras devem ter estratégia em vigor para acompanhar.
Notícia na BlockchainNews informa que a Visa anunciou expansão de capacidade de liquidação de stablecoin incorporando blockchain Solana com programas piloto ao lado dos adquirentes comerciais Worldpay e Nuvei. Buscando modernizar a movimentação monetária transfronteiriça, alavanca stablecoins como o USDC da Circle já conduzindo pilotos ao vivo, transferindo milhões de USDC entre parceiros via redes blockchain Solana e Ethereum para liquidar pagamentos denominados em moeda fiduciária autorizados pela VisaNet, melhorando velocidade da liquidação transfronteiriça e fornecendo opção moderna à clientes enviarem ou receberem fundos do tesouro da Visa. Em 2021, iniciou programa piloto com a Cryptocom, tornando-a uma das primeiras testar liquidação de stablecoins no lado da emissão aproveitando USDC e blockchain Ethereum para receber pagamentos da Cryptocom por volume internacional no programa de cartão ativo na Austrália, antes, titulares do cartão Visa da Cryptocom enfrentavam processo de conversão de moeda que demorava dias além de dispendiosas transferências bancárias para compras transfronteiriças, agora, a Cryptocom envia USDC diretamente à conta Circle gerenciada pelo tesouro da Visa, reduzindo tempo e complexidade. A operação de tesouraria da Visa continua testando recebimento de fundos on-chain de parceiros emissores, sendo que as opções de liquidação permitem que envie fundos on-chain à adquirentes como Worldpay e Nuvei, que atendem ampla gama de setores, incluindo blockchain e criptoeconomia, como provedores de acesso, jogos e mercados NFT. A Visa adicionou suporte à Solana pelo desempenho da blockchain, com tempos de bloqueio de 400 milissegundos e média de 400 transações por segundo, TPS, com picos à mais de 2 mil TPS tornando a Visa uma das primeiras empresas utilizar Solana à pagamentos em tempo real entre clientes. O trabalho da Visa com a Worldpay e a Nuvei representa avanço no potencial inovador das moedas digitais focada em cenário mais digital, avançando com novas parcerias, inserida na vanguarda da moeda digital e inovação blockchain. A mudança da Visa é sinal crescente que instituições financeiras tradicionais estão adotando stablecoins, com o PayPal anunciando lançamento de stablecoin denominada em dólares americanos, conforme relatado pela BlockchainNews, com objetivo de transformar pagamentos em ambientes web3 e digitalmente nativos, além da Tether, emissora da maior stablecoin, USDT, na 22ª posição em participações do Tesouro dos EUA, ultrapassando países como México, Austrália e Espanha, com a Tether Holdings Limited divulgando parecer de garantia do 2º trimestre de 2023, revelando que suas reservas excedentes aumentaram em US$ 850 milhões, atingindo US$ 3,3 bilhões, além de lucros operacionais de abril a junho de 2023 ultrapassarem US$ 1 bilhão, aumento de 30% trimestre após trimestre.
Moral da Nota: a Circle lança a stablecoin USDC no Mercado Pago Chile planejando levar a 2 milhões de usuários no país e, como maior FinTech da América Latina, o Mercado Pago, segmento do Mercado Livre, lança suporte para USDC nos principais mercados começando pelo Chile. USDC é stablecoin, o que significa que seu valor está atrelado ao dólar americano, uma das stablecoins mais adotadas, cujo lançamento na plataforma no Chile representa maior utilidade tanto às criptomoedas quanto ao dólar americano no Chile, com sites de viagens e conscientização do consumidor explicando que o dólar americano não é aceito como forma de pagamento com tanta frequência no Chile como em outros países latino-americanos. O Mercado Livre anunciou intenção de aceitar criptomoedas como meio de pagamento em 2021, desde então, avançou na direção da integração do USDC à usuários no Chile e, no início de 2023, fez parceria com a Paxos para integrar o stablecoin USDP à usuários no México. Recentemente a Circle anúnciou que a Coinbase assumiria participação acionária na fintech após dissolução do órgão de governo do Centro, dando à Circle responsabilidades adicionais à medida que o USDC for lançado em plataformas blockchain no futuro. Por fim, nova parceria entre Bitso e Despegar permite que membros do programa de recompensas da agência de viagens na Argentina convertam pontos em ativos digitais, parte de campanha visando aproximar usuários do ecossistema de criptomoedas. O “Passaporte Despegar” permitirá que integrantes do programa troquem pontos por criptomoedas, creditados automaticamente nas carteiras digitais da Bitso, conforme destaque da Forbes, sendo que na etapa inicial, usuários escolherão entre Bitcoin e Ethereum e resgatar entre 100 e 5 mil pontos por dia ressaltando que o valor dos pontos é na cotação oficial do dólar, enquanto criptomoedas como Bitcoin e Ethereum sofrem oscilações mais pronunciadas, com a Argentina tornando-se o 2º país a permitir estas trocas, depois de colaboração implementada no México.